Tendo começado a ficar bastante popular há alguns anos (talvez devido à Guerra dos Tronos ter sido filmada em várias cidades do país), a ideia de visitar a Croácia já pairava na minha mente há alguns anos.

Não porque seja fã da série (de todo!), mas porque as fotos da água cristalina, os lagos de beleza sem igual, as cidades catitas e de aspeto medieval chamavam por mim.

A Croácia é dos países Balcãs que provavelmente atrai mais turistas e facilmente se percebe o motivo. É um país que, apesar da sua dimensão, tem muito para nos oferecer 😊 Facilmente nos apaixonamos pela Croácia!

O clima na Croácia, especialmente na zona costeira, é bastante simpático. Se não têm interesse em fazer praia, então os melhores meses para visitar a Croácia são abril, maio, setembro e outubro. As temperaturas já são bem agradáveis nesta altura do ano e as multidões ainda não chegaram em peso.

No entanto, a verdade é que uma das principais atrações turísticas da Croácia é a sua extensa costa banhada pelo mar Adriático e as suas ilhas, com água muito convidativa a banhos. Nesse caso, junho a setembro são os melhores meses para visitar a Croácia. Os dias são mais quentes e a temperatura da água bem mais elevada.

Por exemplo, eu visitei o país no início de junho e, apesar das altas temperaturas de noite e de dia, a água do mar ainda estava um pouco fria.

Apesar de não ser um país enorme, a Croácia tem bastantes pontos de interesse e, além disso, a maioria ainda dista bastante entre si. Desta forma, e para uma primeira visita a esta pérola do Adriático sugiro pelo menos 7 dias. No entanto, se conseguirem estender o vosso roteiro para 10 dias, tenho a certeza que não se irão arrepender 😉

Poderão disfrutar da viagem mais calmamente, visitar mais umas quantas praias e, quem sabe, até mais umas ilhas. Este roteiro pressupõe apenas 7 dias, tal como podem ver no mapa:

Uma vez que tinha apenas 7 dias, optei por não visitar Dubrovnik. No entanto, caso Dubrovnik seja dos locais que mais têm interesse em visitar na Croácia, sugiro que abdiquem do primeiro dia em Rijeka, Pula e Rovinj e que o aproveitem para ir a Dubrovnik depois de regressarem de Hvar e antes de voltarem para Zagreb!

A forma mais fácil de chegar à Croácia é de avião, aterrando num dos vários aeroportos internacionais do país: Zagreb | Pula | Split | Dubrovnik | Zadar.

No meu caso, acabei por chegar e partir via Zagreb, que fica “longe” de todos os outros pontos que visitei neste roteiro.

Caso compense em termos monetários (isto porque muitas vezes entregar o carro noutra localização que não a de recolha inicial do carro acaba por não compensar), sugiro que optem por aterrar num aeroporto (e.g. Zagreb) e partir de outro (e.g. Split ou Dubrovnik). Irão poupar algumas horas na estrada, que certamente podem ser usadas para visitar mais calmamente este país incrível.

O ideal será fazerem várias simulações de preços e horários, tendo em conta a vossa disponibilidade de datas!

Sem dúvida que a forma mais ágil de visitar a Croácia é de carro. Optei por alugar um carro com a OK Mobility! com ponto de recolha e entrega no aeroporto de Zagreb. Uma boa parte da zona costeira croata tem autoestradas em ótimas condições, facilitando o transporte de umas cidades para as outras.

💡 DICA EXTRA: A maioria das viagens nas autoestradas envolve o pagamento de portagens, mas o processo é bastante simples. Basta recolher o bilhete no pórtico de entrada e pagar mais à frente com cartão ou dinheiro.

No entanto, e para quem procura uma viagem mais low-cost (ou para quem viaja em época alta em que o preço dos carros pode estar proibitivo), é também relativamente fácil movimentarmo-nos de transportes na Croácia e a preços bem mais acessíveis. Uma das empresas que tem várias rotas entre vários pontos de interesse na Croácia é a Flixbus 😊

• Em 2023, a moeda oficial da Croácia vai passar a ser o Euro. No entanto, até lá a moeda oficial continua a ser o kuna e, por isso, recomendo a utilização do cartão Revolut para evitar pagar taxas adicionais por realizar pagamentos e levantamentos numa moeda diferente. De qualquer forma, em muitos locais na Croácia aceitam pagamentos em euros. No entanto, cuidado que dificilmente saímos em vantagem destes pagamentos em euros. Geralmente a taxa de câmbio não é tão favorável e o troco é dado habitualmente em kunas.
• Se tencionam fazer praia na Croácia, recomendo a utilização de sapatos próprios para água já que a maioria das praias croatas são com pedrinhas e não de areia.

Provavelmente se estão a ler este roteiro é porque tencionam visitar várias cidades na Croácia. A verdade é que os diferentes pontos de interesse no país distam ainda algumas horas uns dos outros, pelo que para poupar tempo em viagens, sugiro ir alternando entre alojamentos.

O valor dos alojamentos depende muito do tipo de alojamento que se escolhe, mas também da época do ano em que se visita. Por exemplo, apesar de eu ter visitado a Croácia no início de junho (já considerado época alta), consegui poupar algum dinheiro pois privilegiei alojamentos locais.

Ao longo deste artigo vou dar várias dicas de alojamentos, mas se se quiserem ir adiantando podem já ver algumas opções de alojamento.

É importante dar a nota que este roteiro não inclui o dia de chegada e de partida de Zagreb. Na realidade, pressupõe a chegada a Zagreb no dia anterior ao dia 1 do itinerário e a partida de Zagreb no dia seguinte ao dia 7 deste roteiro.

Este primeiro dia será passado a explorar a região da Istria e não inclui a viagem de carro desde Zagreb até Rijeka no dia anterior (2h). Apesar do roteiro ter início em Rijeka (boa opção para pernoitar na noite anterior), o primeiro dia apenas inclui uma visita a Rovinj e Pula.

Partindo de Rijeka, chegamos a Rovinj 1h30 depois! Rovinj é uma pequena cidade costeira e provavelmente uma das mais adoráveis da Croácia 🥰 Não é aquele ponto mais óbvio, mas vale muito a pena adicionar à vossa lista de locais a visitar na Croácia!

💡 DICA EXTRA: A zona do centro histórico é totalmente pedonal pelo que, se estão a viajar de carro, devem deixá-lo fora do centro histórico. Existem vários parques de estacionamento disponíveis.

Começamos o nosso passeio pela rua Carrera (uma das principais da cidade) enquanto admiramos as fachadas coloridas das casas. Desta rua ao porto de Rovinj são meia dúzia de metros!

Dali seguimos em direção a mais uma rua catita (Rua Grisia), passando ainda pelo Arco de Balbi. Esta foi sem dúvida a minha rua preferida na cidade.

Continuamos o roteiro em direção à Catedral de Santa Eufémia, onde é possível subir à torre sineira. Dali, regressamos ao ponto original passando em mais uma rua imperdível em Rovinj – Rua Bregovita.

💡 DICA EXTRA: Se tiverem algum tempo adicional, podem também optar por visitar a praia Monte (uma das mais próximas do centro histórico) ou ainda o parque florestal Punta Corrente.

Segue-se uma visita aquela que é provavelmente a cidade mais conhecida da região de Istria – Pula. À semelhança de Rovinj, Pula também é relativamente pequena e com apenas alguns pontos de interesse.

O ex-libris de Pula é a sua Arena, sendo esta provavelmente a parte mais interessante da cidade. Apesar de ser possível visitar o seu interior, na minha opinião, não compensa, pois, conseguimos ver o interior da arena bastante bem mesmo sem entrar.

Pula é uma cidade portuária e não sei se por esse motivo ou outro qualquer, não foi dos meus locais preferidos na Croácia.

De qualquer forma, para além da Arena, os principais pontos de interesse de Pula incluem:

• Porta de Hércules
• Arco de Sergii
• Forum (praça principal) e templo de Augusto
• Mosteiro de São Francisco
• Forte Kaštel
• Palácio Municipal

Começamos o segundo dia deste roteiro pela Croácia a visitar mais outra pequena cidade no Norte da Croácia – Rijeka. Para além da passagem obrigatória pela principal artéria da cidade (Korzo), não podem deixar de visitar estes outros pontos de interesse:

• Catedral de São Vito
• Túnel pedonal da Primeira Guerra Mundial (visita gratuita)
• Arco Romano
• Mercado Central
• Igreja dos Capuchinhos
• Teatro Nacional Croata Ivan Zajc

A cidade de Rijeka surpreendeu-me imenso pela positiva. Apesar da sua reduzida dimensão, as ruas estavam cheias de vida. Além disso, a arquitetura e as cores dos edifícios fizeram-me relembrar da minha passagem por Budapeste (que eu tanto amei!) 😊

Outro local imperdível em Rijeka é o castelo de Trsat, bem como o Santuário de Nossa Senhora de Trsat. A visita ao castelo é gratuita e dali conseguem uma das melhores vistas da cidade. Apesar de ser possível caminhar até ao castelo (a escadaria de 538 degraus que compõe o percurso é até um lugar de peregrinação), recomendo que utilizem carro ou transportes públicos para lá chegar.

📝 INFORMAÇÃO ÚTIL: Quer o autocarro nº 2 como nº8 demoram cerca de 20 minutos desde o centro de Rijeka até ao castelo de Trsat.

A minha escolha de alojamento em Rijeka foi o Teatro Suite & Rooms. Com uma localização excecional (perto do Teatro Nacional Croata Ivan Zajc), a atenção aos detalhes deste alojamento era absolutamente incrível.

Os apartamentos estão localizados num edifício histórico e são bastante espaçosos e confortáveis. A decoração do espaço é moderna e acolhedora. Além disso, o quarto tinha uma vista privilegiada sobre o famoso Teatro 😊

Por baixo do edifício, encontramos também um lounge bar que funciona todo o dia e onde podemos tomar o pequeno-almoço. O pequeno-almoço incluía um cappuccino extra cremoso, sumo de laranja natural e mini croissants folhados.

Apenas tive oportunidade de experimentar um restaurante em Rijeka – Mornar (€€). Com um espaço exterior bastante agradável para as noites do verão croata, optámos por experimentar um risotto de choco e um pratinho com vários peixes fritos. Estava tudo muito saboroso e as doses eram bastante generosas 😉 Apesar do atendimento ter deixado a desejar um bocadinho no início da refeição, acabou por ser simpático e, por isso, posso recomendar o restaurante com confiança!

Depois de um almoço mais frugal em Rijeka, seguimos para Zadar. Zadar é uma cidade bem maior do que todas as outras que visitámos até agora neste itinerário pela Croácia.

A melhor forma de explorar Zadar é deixarmo-nos perder nas suas antigas ruas. No entanto, há pontos que são de paragem obrigatória em Zadar, tais como:

• Catedral de Santa Anastácia
• Igreja de São Donato
• Órgão do Mar
• Fórum Romano

Mas a lista do que visitar em Zadar está longe de se esgotar aqui! Gostei tanto de Zadar que lhe dediquei um artigo inteiro no blog com as melhores dicas para visitarem esta cidade croata. Espreitem aqui o artigo para melhor planearem a vossa visita a Zadar.

A minha opção de alojamento em Zadar foi ligeiramente fora do centro histórico no Demar Residence. Localizado numa zona bem mais calma da cidade, o Demar Residence oferece um conjunto de apartamentos mais luxuosos.

Para além dos quartos espaçosos e com vistas maravilhosas sobre o centro histórico e o mar Adriático, encontramos também um espaço exterior com piscina!

O terceiro dia deste roteiro vai ser um dos mais memoráveis deste itinerário pela Croácia. Acordem cedo para garantirem que o aproveitam da melhor forma 😊

Split é provavelmente das cidades mais famosas da Croácia, a par de Zagreb, Dubrovnik ou Zadar. À semelhança de Zadar, também aqui as ruas da cidade nos fazem recuar no tempo.

Sugiro começar a visita a Split na sua promenade (riva), ainda antes de entrarem no verdadeiro centro histórico que fez da cidade Património Mundial da UNESCO.

Dali seguimos para praça Braće Radić (Praça da Fruta) e para o Peristilo (praça). Preparem-se para as multidões no Peristilo já que este é um dos principais pontos de interesse em Split.

No Peristilo irão encontrar outros pontos de interesse da cidade, tais como a Catedral de São Domnio, ou o Palácio de Diocleciano.

💡 DICA EXTRA: É possível subir ao topo da torre sineira da Catedral, de onde conseguimos uma das melhores vistas em Split. O bilhete custa cerca de 5€.

Saindo pela Porta de Ouro da cidade amuralhada, encontramos a estátua gigante de Grgur Ninski e a ainda a torre sineira e capela de Arnir.

O ponto seguinte no itinerário por Split é a Praça do Povo (Pjaca), onde é possível encontrar o edifício da Câmara Municipal. Por fim, recomendo também uma passagem pela rua Marmontova e pela Praça da República.

No entanto, apesar destes serem os principais pontos de interesse no centro histórico de Split, há ainda dois lugares adicionais que merecem ser destacados em Split. São eles:

• O miradouro do Monte Marjan, de onde conseguimos das melhores vistas sobre Split
• Forte Klis – especialmente mágico ao pôr do sol

💡 DICA EXTRA: Split está incrivelmente enquadrado pelas montanhas, fazendo de Split uma cidade muito fotogénica (ver foto!). Para esta perspetiva sobre Split, têm de caminhar até ao porto de Split, onde saem barcos para várias ilhas.

Por fim, há ainda que falar das praias de Split. Apesar da mais concorrida ser a praia Bacvice (dada a sua proximidade do centro histórico), existem muitas outras que podem ser exploradas:

• Trstenik
• Kaštelet
• Kašjuni
• Bene
• Ovčice

Confesso que não adorei o alojamento que escolhi em Split – Marana Rooms. No entanto, chegámos lá tão tarde e saímos tão cedo que serviu perfeitamente para o propósito de dormir umas horas. Além disso, o preço era bastante simpático para a localização central e este foi um dos fatores que nos levou a escolher este alojamento.

No entanto, existem outras opções bem interessantes para alojamento em Split:

• Borna and Frank Rooms | PLR Luxury Rooms: localização imbatível mesmo no coração do centro histórico de Split e preços acessíveis para quem procura apenas um local confortável para descansar
• Ziggy Star | Jupiter Luxury Hotel: opção ligeiramente mais cara, mas ainda muito central e com pequeno almoço incluído
• Heritage Hotel 19: alojamento mais luxuoso para quem procura uma estadia mais especial, com pequeno-almoço incluído e localização excelente

• Sexy Cow (€): para uma opção mais rápida e mais em conta na cidade, os wraps da Sexy Cow são bastante saborosos. No entanto, o espaço sentado neste restaurante é mais reduzido, o que pode fazer desta uma boa opção se querem almoçar on the go
• Trattoria Tavulin (€€): espaço exterior muito agradável, serviço cuidado e comida muito bem confecionada. Recomendo especialmente o risotto de camarão.

A tarde deste terceiro dia pela Croácia será dedicada inteiramente a uma tour até à Lagoa Azul. Recomendo comprar a tour no Get Your Guide! Esta foi a tour que escolhi e adorei, pelo que vos vou contar a minha experiência 🥰

O ponto de encontro era junto à promenade de Split e aí embarcámos num pequeno barco que levava cerca de 20 pessoas. Split ficou para trás e o barco fez a sua primeira paragem em Šolta, onde foi possível dar uns quantos mergulhos.

Após cerca de 30 minutos em Šolta, fomos em direção à Lagoa Azul. A cor da água é tão bonita como nas fotos! Este é mesmo um local que têm de visitar na Croácia. Vários mergulhos se seguiram até que era altura de rumar à próxima e última paragem – Trogir.

Trogir é uma pequena cidade, também considerada Património Mundial da UNESCO. Apenas tivemos 45 minutos para explorar o centro histórico, mas também a cidade é muito pequena e facilmente se visitam os principais pontos de interesse em pouco tempo.

Alguns dos pontos imperdíveis em Trogir são:

• Catedral de São Lourenço e torre sineira (é possível subir)
• Praça João Paulo II
• Castelo Kamerlengo
• Torre de São Marco
• Igreja de São Pedro
• Marina

De Trogir, regressámos à marina de Split com a mesma boa disposição dos guias que nos acompanhou a viagem toda 😊

Se forem viajar com um grupo de amigos, por exemplo, podem optar por alugar um barco e um capitão durante umas horas. No entanto, a forma mais económica de visitar a Lagoa Azul é através destas tours organizadas. Existem várias tours disponíveis e com diferentes durações, mas, na minha opinião, meio dia é suficiente para visitar a Lagoa Azul. Podem ver algumas das opções disponíveis aqui:

O 4º dia do roteiro pela Croácia vai ser inteiramente dedicado a explorar uma das ilhas que vale muito a pena visitar na Croácia – Hvar! Hvar ainda é uma ilha com uma dimensão considerável e 1 dia na ilha é insuficiente para ficar a conhecê-la bem 😞 No entanto, dá para ficar com um gostinho daquilo que é Hvar e ficar com vontade de voltar 🥰

Assim sendo, recomendo pelo menos dois dias na ilha para terem oportunidade de a explorar em maior detalhe. Contudo, se o tempo não esticar (como foi o meu caso!), acho que vale a pena ir lá nem que seja por 1 dia.

O lado mais visitado da ilha é o lado esquerdo, onde estão localizadas as cidades de Stari Grad e Hvar. Uma das formas mais cómodas e rápidas é ir de barco desde Split até Stari Grad com a empresa Jadrolinija. A viagem dura cerca de 2horas. 

Alternativamente, podem também apanhar um ferry em Drvenik (1h40 de carro de Split) até Sućuraj, que fica na outra ponta da ilha de Hvar. A viagem de carro é mais longa, mas a de ferry bem mais curta (30 minutos apenas).

O preço do bilhete do ferry depende da altura do ano em que viajam, da rota escolhida e se viajam a pé, com carro, bicicleta, etc. Por exemplo, em junho de 2022, paguei 58€/pax para viajar com carro de Split para Stari Grad.

No entanto, o preço sem carro fica bem mais em conta 😉 Sugiro que consultem os preços mais atualizados diretamente no site da Jadrolinija.

Os bilhetes devem ser comprados com antecedência diretamente no site da Jadrolinija.

Existem várias opções ao longo do dia, sendo que na época alta, existem mais ferries por dia. Novamente, também aqui recomendo que consultem os horários mais atualizados no site da Jadrolinija de acordo com a data da vossa viagem. No meu caso, optei por partir para Hvar no ferry das 8h30 e voltei no dia seguinte no das 7h45.

💡 DICA EXTRA: Devem garantir a chegada ao porto pelo menos 45 minutos antes da hora da partida.

Se quiserem verdadeiramente explorar a ilha, acho que faz todo o sentido levar carro, apesar de tal encarecer o preço da viagem de ferry. Irão ter muito mais flexibilidade para visitar os principais pontos de interesse da ilha (Stari Grad, centro histórico de Hvar, Jelsa e ainda as dezenas de praias).

Caso estejam a viajar sem carro ou não pretendam levar o carro para Hvar, existem algumas alternativas para visitar o centro histórico de Hvar:

• Apanhar o ferry da Jadrolinija de Split para Stari Grad e aí apanhar um autocarro (cujo horário está coordenado com o do ferry) em direção ao centro histórico de Hvar.
• Alugar carro em Hvar
• Escolher outra empresa com serviços de transporte entre Split e o centro histórico de Hvar (ver por exemplo esta empresa) 
• Ver uma das várias tours de viagens de 1 dia a Hvar disponíveis

Para além das maravilhosas praias espalhadas pela ilha (recomendo especialmente a praia Pokonji Dol e a praia mais “natural” Malo Zaraće), existem muitas outras coisas para visitar/fazer em Hvar:

• Stari Grad (verdadeiramente adorável!): Praça Škor | Igreja de São Estevão | Marina | Castelo
• Centro histórico de Hvar: Torre do Relógio | Praça e Catedral de São Estevão | Mosteiro Franciscano
• Forte Espanhol: vistas incríveis sobre o centro histórico de Hvar e sobre as ilhas Pakleni

• Rally de praias nas ilhas Pakleni
• Visitar a famosa discoteca Carpe Diem
• Beber um copo ao pôr do sol no afamado clube de praia Hula Hula

Sei que pode ser um bocadinho confuso na hora de escolher qual das dezenas de ilhas croatas visitar. Se não conseguem decidir e querem visitar mais do que uma ilha no pouco tempo reduzido que têm, sugiro que vejam uma das várias tours disponíveis que incluem visita a mais do que uma ilha:

É certo que provavelmente a experiência não será a mais autêntica, mas esta é uma ótima forma de maximizar o vosso tempo.

Fiquei hospedada nos Apartments Jakic, a poucos minutos a pé do centro histórico de Hvar. As instalações eram muito simples, mas o espaço estava cuidado e limpo. Além disso, foi uma verdadeira pechincha e, ainda a ajudar, tinha do quarto uma vista privilegiada sobre o Forte Espanhol.

No entanto, existem várias opções disponíveis um pouco para todos os gostos:

• Hotel Podstine | Hvar De Luxe Apartments | Pharia Hotel and Apartments: boa relação qualidade preço e com localização perto da praia, apesar de uma maior distância ao centro
• Heritage Hotel Dea Hvar | Amfora Hvar Grand Beach Resort | Riva Marian Hvar Hotel: alojamento de luxo com uma localização imbatível e próxima da praia e ainda pequeno-almoço incluído

• La Bocca (€€): restaurante italiano com bastantes opções disponíveis e a preços acessíveis. Provei uma pizza e a salada caprese e estava tudo muito bom. Além disso, espaço exterior muito agradável.
• Silk (€€): restaurante asiático com boa relação qualidade preço. No entanto, a esplanada é um pouco impessoal e não existe serviço de mesa.
• Hula Hula (€€€): os preços são exorbitantes, mas o ambiente é realmente animado.

Se estão a seguir este roteiro à risca, então este 5º dia pela Croácia é para madrugar. Se pernoitaram em Hvar, sugiro que apanhem o ferry das 7h45, chegando a Split antes das 10h. De Split a Lozovac (ponto onde iremos iniciar a visita ao Parque Nacional de Krka) é cerca de 1 hora de carro.

A entrada no Parque National de Krka pode ser comprada previamente online aqui. Tanto o horário de funcionamento do parque como o preço dos bilhetes varia consoante a altura do ano, pelo que recomendo que consultem a versão mais atualizada dos mesmos no site oficial do Parque. Em junho de 2022, a entrada custava cerca de 27€/pax.

Existem 5 entradas disponíveis no parque, contando estas com estacionamento gratuito. São elas:

• Lozavac: entrada maior e com mais lugares de estacionamento disponíveis. É esta a entrada que recomendo pois também é que está mais próxima da principal atração do Parque – cascasta Skradinski Buk
• Skradin: estacionamento mais limitado, mas aqui é possível apanhar um barco até à cascata principal (incluído no preço do bilhete)
• Puljane
• Cascata Roški
• Mosteiro de Krka

Os vários pontos de interesse do parque estão um bocado dispersos e, na minha opinião, a forma mais ágil de os visitar é de carro. Sugiro começarem pela cascata Skradinski Buk, estacionando o carro em Lozovac.

Quando compram os bilhetes, podem optar por incluir uma pequena viagem de autocarro que vos leva da zona da bilheteira em Lozovac até ao início do trilho para a cascata. Apesar do percurso ser curto, a verdade é que não acrescenta muito à visita ao parque e o preço para incluir o autocarro é mesmo muito baixo, pelo que recomendo esta opção 😊 Além disso, no regresso evitam uma subida!

O trilho em si (pressupõe a utilização de autocarro até ao seu início) tem cerca de 2km e é circular. Todo o percurso é verdadeiramente idílico, mas nada supera o momento em que observamos a dimensão e força da cascata!

💡 DICA EXTRA: Apesar de no passado ser possível tomar banho junto da cascata, tal deixou de ser possível recentemente! Desta forma, não vale a pena considerarem no vosso roteiro algum tempo para ir a banhos.

De Lozovac, a minha recomendação é que sigam viagem para o miradouro sobre a ilha onde se encontra o carismático Mosteiro de Visovac. O miradouro em questão é este e não é preciso ter o bilhete do Parque para o visitar.

💡 DICA EXTRA: É possível visitar a ilha através de excursões de barco que partem da cascata Skradinski. A viagem dura 2 horas e a paragem na ilha é de 30 minutos. Podem consultar mais informações aqui.

Por fim, a última paragem no Paque Nacional de Krka foi a cascata Roški. Ao contrário do miradouro anterior, aqui já é necessário apresentar o bilhete novamente. Claro que depois da cascata Skradinski, esta vai saber a pouco. Mas, se puderem, não deixem de visitar 😊

Existem alguns trilhos junto à cascata que podem ser percorridos, incluindo um que nos leva até à gruta de Oziđana pećina. No entanto, achei a gruta desinteressante, não valendo a pena o esforço de subir mais de 500 degraus para lá chegar. Mesmo assim, sugiro que subam alguns degraus em direção à gruta até um primeiro miradouro onde podem ver o correr da água que forma a cascata.

💡 DICA EXTRA: Esta cascata pode também ser visitada através de excursões de barco que partem desde a cascata Skradinski. A viagem dura 4 horas e inclui uma paragem na ilha de Visovac de 30 minutos e outra de 1h30 na cascata Roški.

Claro que existem mais locais interessantes para visitar no Parque Nacional de Krka, tais como a cascata Manojlovački e o Mosteiro de Krka. Para tal, sugiro que alarguem a vossa passagem por este parque para um dia inteiro.

Após a visita ao Parque Nacional de Krka, conduzam até ao Parque Nacional dos Lagos de Plitvice – ponto a explorar no dia seguinte. A viagem dura cerca de 2 horas. Chegados a Plitvice, aproveitem para descansar no alojamento já que o dia seguinte irá provavelmente ser um dos vossos dias preferidos desta viagem 😋

Fiquei alojada no Camping Plitvice, que fica a poucos minutos de carro de qualquer uma das entradas do Parque Nacional dos Lagos de Plitvice. Para além das mobile homes serem muito confortáveis, o pequeno-almoço era bem reconfortante para um dia de caminhada.

O Camping Plitvice é também uma excelente opção para quem viaja de (auto)caravana pois tem espaços dedicados para este tipo de viajantes. Se querem saber mais sobre esta minha estadia, podem espreitar aqui o meu artigo completo sobre os Lagos de Plitvice.

O Parque Nacional dos Lagos de Plitvice é um dos ex-libris da Croácia e, por isso mesmo, um local que é obrigatório visitar na Croácia.

O parque tem ainda uma dimensão considerável pelo que recomendo vivamente que lhe dediquem 1 dia inteiro. Vai ser um dia em cheio, com paisagens de cortar a respiração. Preparem-se para cascatas majestosas, lagos de um azul esverdeado difícil de esquecer, passadiços no meio da Natureza.

Se tivesse de escolher os meus locais preferidos na Croácia, certamente que os Lagos de Plitvice fariam parte da lista. Apesar de a visita aos lagos ser relativamente simples de organizar, convém sempre planeá-la para garantir que o dia é aproveitado ao máximo.

Assim, escrevi um post com um guia completo com tudo o que precisam de saber antes de visitarem os Lagos de Plitvice: onde estacionar, qual entrada escolher, qual o melhor percurso, onde ficar alojado, locais para refeições, etc. Cliquem aqui para ler mais sobre um dos sítios que têm MESMO de visitar na Croácia.

💡 DICA EXTRA: Na viagem de carro para Zagreb, se tiverem algum tempo disponível, sugiro uma pequena paragem na aldeia de Rastoke, localizada a poucos quilómetros dos Lagos de Plitvice. Esta aldeia parece saída de um verdadeiro conto de fadas, estando as suas casas construídas sobre cascatas.

A nossa passagem pela Croácia está a terminar e não podíamos ir embora sem visitar a sua capital – Zagreb. Apesar de muitos considerarem a cidade sem graça, eu achei-a cheia de vida e perfeita para uma despedida da Croácia.

💡 DICA EXTRA: Sugiro que entreguem o carro no dia anterior já que para este último dia em Zagreb não será necessário carro. Se têm de deixar o carro no aeroporto, podem facilmente voltar para o centro da cidade de autocarro. Existe uma opção de shuttle (Pleso prijevoz) até à estação de autocarros de Zagreb (a viagem dura cerca de 30 minutos). Alternativamente, existe o autocarro ZET 290 que vai até à praça Kvaternik e demora 1h15.

Na minha opinião, há alguns lugares que não podem falhar no vosso itinerário por Zagreb. São eles a praça Petar Preradović, o túnel Grič, a passagem “secreta” Oktogon, a igreja de são Marcos, a Catedral e a rua Tkalčićeva.

Não deixem também de subir à torre Lotrščak, de onde conseguem uma das melhores vistas da capital croata, incluindo a igreja de São Marcos.

No entanto, Zagreb tem ainda mais sítios para visitar. Fiquem a conhecer o itinerário ideal de 1 dia em Zagreb e ainda mais dicas sobre a cidade com este artigo exclusivamente sobre Zagreb.

Uma vez que já não tinha carro em Zagreb, optei por um alojamento com uma localização bastante central. Acabei por escolher o Smile&Love Republic Zagreb Center. Localizado no interior de um edifício antigo, os apartamentos eram confortáveis e estavam equipados com uma kitchenette.

O processo de check-in e check-out foi bastante simples apesar do alojamento não dispor de um serviço de receção. Além disso, e apesar de não ter serviço de pequeno-almoço, existe uma padaria da cadeia Mlinar mesmo em frente aos apartamentos.

Sabem o quanto eu adoro experimentar comida local nos países que visito. Por isso mesmo, visitar a Croácia significou experimentar alguma da sua comida típica:

• Risotto negro: a cor negra do risotto advém da tinta do choco e é ótimo
• Fritule: umas bolinhas fritas cobertas com açúcar e canela (muito semelhante às farturas)
• Pašticada: carne estufada durante várias horas e servida geralmente com um molho espesso à base de vinho tinto 
• Soparnik: uma espécie de tarte feita com acelgas. O sabor é um bocado estranho. 
• Rožata: uma espécie de pudim feito com um licor regional

Disclaimer: este post pode conter alguns links de afiliados, o que significa que eu ganho uma pequena comissão se comprarem através dos meus links. Isto não representa qualquer custo adicional para vocês e é uma forma de apoiarem o meu trabalho no blog😊