Tudo o que precisam de saber para planear uma viagem ao Sri lanka

40 Dicas práticas para planear uma viagem ao Sri Lanka em 2025

40 Dicas práticas para planear uma viagem ao Sri Lanka em 2025

Conteúdo deste artigo

Estão a planear uma viagem ao Sri Lanka e querem sentir-se totalmente preparados antes de partir?

Quando comecei a planear a minha viagem ao Sri Lanka, tinha uma data de separadores abertos no computador, um caderno cheio de notas e, mesmo assim, sentia que me estava a escapar alguma coisa.

Depois de passar 10 dias a explorar o Sri Lanka — das plantações de chá às praias — aprendi imenso. Algumas lições foram divertidas. Outras? Nem por isso. Como no primeiro dia em que caí num clássico scam com um tuk-tuk e acabei por pagar 30€ por um passeio aleatório pela cidade que nem sequer pedi.

Mas cada experiência ensinou-me algo que gostava de ter sabido antes de visitar.

Ao longo deste artigo, irão encontrar 40 dicas honestas, práticas e super úteis para viajar no Sri Lanka, desde vistos e dinheiro, até etiqueta cultural, segurança e as melhores formas de deslocação no país.

Se é a vossa primeira vez no Sri Lanka ou apenas querem aprender mais sobre o país, este é o vosso guia fácil e sem rodeios para planearem uma viagem tranquila e inesquecível.

Coisas a saber antes de viajar para o Sri Lanka

1. Peçam o vosso visto para o Sri Lanka online antes de viajar

A forma mais simples de entrar no Sri Lanka é pedindo a Autorização Eletrónica de Viagem (ETA) online. Demora apenas alguns minutos, custa 45€ e poupa-vos ficar na fila quando aterrarem.

Sim, também podem obter o visto à chegada. Mas depois de um voo longo, será que vos apetece mesmo tratar de papelada num aeroporto cheio? Acreditem — façam-no online e evitem o stress desnecessário.

💡 DICA EXTRA: Consultem sempre os requisitos de visto mais atualizados para a vossa nacionalidade antes de viajarem para o Sri Lanka.

2. Confirmem que o vosso passaporte é válido por pelo menos 6 meses

É fácil esquecer este detalhe, especialmente se deixam tudo para a última hora. Mas o passaporte tem de estar válido por, no mínimo, seis meses a contar da data de chegada ao Sri Lanka.

Verifiquem a data de validade logo que comecem a planear a viagem. Se estiver próxima, tratem da renovação com antecedência.

3. Planeiem a viagem tendo em conta as monções

O Sri Lanka tem duas estações de monções, o que torna o processo de criação de um roteiro um pouco mais complicado. O sudoeste (como Galle e Mirissa) tem chuvas fortes entre maio e setembro. O nordeste (como Trincomalee) costuma ter mais precipitação entre outubro e janeiro.

O que fazer em Mirissa Secret Beach
Secret Beach no Sul do Sri Lanka

Se querem sol, a melhor altura para visitar o sul e o oeste é entre dezembro e abril. Para a costa este, o ideal é entre maio e setembro.

Uma das coisas mais importantes a saber antes de visitar o Sri Lanka é que o tempo varia bastante consoante a região — e a altura do ano em que vão.

4. Duas semanas é o ideal, mas 10 dias chegam para descobrir o melhor do Sri Lanka

Se for a vossa primeira vez no Sri Lanka, diria que duas semanas é a duração ideal da viagem. Dá tempo suficiente para explorar praias, templos, plantações de chá e parques naturais sem andarem a correr.

Mas percebo — nem toda a gente consegue tirar tanto tempo de férias. Eu consegui ver os principais locais de interesse em apenas 10 dias e foi incrível. Se tiverem menos tempo, escrevi um roteiro completo de 10 dias no Sri Lanka para vos ajudar a aproveitar ao máximo.

O importante no Sri Lanka não é fazer tudo, mas sim as coisas certas — e divertirem-se enquanto o fazem.

5. Levem todos os medicamentos essenciais — não contem em encontrá-los lá

Encontrar coisas básicas como paracetamol é geralmente fácil. Mas se precisarem de algo específico — medicamentos com receita, tratamentos para alergias, contracetivos, etc. — levem convosco.

As farmácias no Sri Lanka nem sempre estão bem abastecidas, especialmente fora das grandes cidades. E a barreira linguística pode complicar ainda mais as coisas.

6. Evitem beber água da torneira — optem por água engarrafada ou filtrada

A água no Sri Lanka não é segura para beber diretamente da torneira. Eu só bebi água engarrafada durante a minha estadia. Não vale a pena estragar a viagem por causa de uma coisa tão simples.

E sim, isso inclui lavar os dentes. Sei que não é o mais prático, mas acreditem, usar água engarrafada até para essa rotina simples pode fazer uma grande diferença. É um hábito fácil que pode evitar dias inteiros de cama.

7. Levem um sarongue ou lenço para se cobrirem em locais religiosos

Vão visitar pelo menos um templo durante a viagem ao Sri Lanka — e muito provavelmente, vários. Faz parte da cultura e, honestamente, são sítios lindíssimos para abrandar e viver o momento.

Mas é obrigatório cobrir os ombros e joelhos ao entrar em locais religiosos. Um lenço ou sarongue na mochila do dia é a solução mais prática. Vão usá-lo mais vezes do que pensam.

Esta é daquelas dicas a saber antes de ir para o Sri Lanka que evita momentos constrangedores e mostra respeito pelas tradições locais.

8. Tirem os sapatos e o chapéu antes de entrar nos templos

Pode parecer estranho ao início, mas é a norma por lá. Vão ter de tirar os sapatos e até o chapéu ao entrar nos recintos dos templos — não é só dentro dos edifícios.

Dica: levem sapatos fáceis de calçar e descalçar, porque vão fazê-lo muitas vezes. E o chão pode aquecer bastante com o sol — por isso, levem meias se tiverem os pés sensíveis (ou se não quiserem tocar no chão descalços).

9. Não tirem selfies de costas voltadas para estátuas de Buda

Apesar de ver turistas a fazê-lo constantemente, é considerado extremamente desrespeitoso posar com as costas voltadas para uma estátua de Buda.

Admirem as estátuas, tirem fotos respeitosas e sigam caminho.

10. Evitem demonstrações públicas de afeto — a cultura é conservadora

Dar as mãos é aceite na maioria dos sítios, mas tudo o que vá além disso — beijos ou abraços, por exemplo — é melhor manter em privado. Mesmo que ninguém diga nada, as pessoas vão reparar. E pode deixar os locais desconfortáveis.

Se estão a viajar em casal, o melhor é manterem um comportamento discreto em espaços públicos. Praias, restaurantes, autocarros — a regra aplica-se a todo o lado.

Isto pode parecer estranho dependendo do país de onde vêm, mas é importante lembrar que visitar o Sri Lanka também implica respeitar a forma como a vida funciona lá.

11. Preparem-se para comida picante — mesmo que peçam sem picante

Comida do Sri Lanka? Maravilhosa. Mas não vou mentir — fiquei com a boca a arder mais do que uma vez. Pedia “sem picante” e, de repente, já tinha os lábios a arder.

Arroz com caril é o prato mais comum e é ótimo. Mas o que eles consideram “pouco picante”… não é bem o mesmo que eu. Se forem sensíveis ao picante, tenham este ponto em atenção!

13. O dinheiro manda — andem sempre com notas pequenas

A maioria das lojinhas, mercados e motoristas de tuk-tuk não aceita cartão — mesmo em cidades maiores. Tenham sempre dinheiro convosco!

Tentem trocar notas grandes sempre que possível, especialmente em supermercados ou bombas de gasolina, porque os vendedores mais pequenos muitas vezes não têm troco.

Este detalhe simples ajuda imenso no dia a dia de uma viagem pelo Sri Lanka.

A hand fans out colorful Sri Lankan banknotes in denominations of 10, 50, 100, 500, and 1,000 rupees, each note featuring detailed local imagery and native wildlife. Managing local currency like this is an essential part of planning a trip to Sri Lanka, especially for budgeting everyday expenses.

14. Existem caixas multibanco nas cidades, mas são raras em zonas remotas

Nas cidades maiores, encontram facilmente ATMs. Mas em vilas pequenas ou parques naturais — boa sorte. Levem dinheiro suficiente antes de se aventurarem para zonas mais isoladas.

A moeda local é a rupia do Sri Lanka (LKR). Neste momento, 1€ equivale a cerca de 319 LKR (1 USD = 296 LKR), mas confirmem a taxa antes de irem, pois pode variar.

Para poupar em taxas, usem o Revolut. Eu usei e funcionou lindamente. E aqui vai uma dica extra: usem caixas do Bank of Ceylon — não cobram taxas adicionais.

15. Não se vende álcool nos dias de lua cheia (Poya Days)

Algo que muitos viajantes não esperam são as restrições à venda de álcool nos Poya Days — feriados de lua cheia celebrados todos os meses. Estes dias são feriados públicos com base em tradições budistas e é proibida a venda e o consumo público de álcool.

Isto aplica-se a bares, restaurantes e até lojas, em todo o país — incluindo zonas de praia ou mesmo a capital.

Se gostam de beber algo durante a viagem, planeiem com antecedência. Comprem no dia anterior à lua cheia ou consultem o calendário local para evitarem surpresas. Mesmo assim, conseguem encontrar um rooftop ou uma praia agradável para relaxar — só que sem cerveja ou cocktail.

16. O Sri Lanka não é propriamente um destino de festa — mas sim de Natureza

Se estão à espera de festas na praia ou noites loucas, talvez seja melhor reajustar as expectativas. O Sri Lanka não é como a Tailândia ou Bali nesse sentido. Claro que existem bares e música aqui e ali — especialmente em sítios como Mirissa, Arugam Bay ou Unawatuna — mas o ambiente geral é muito mais tranquilo.

O que visitar em Ella Ponte dos Nove Arcos
Ponte dos Nove Arcos em Ella

Aqui o ritmo é mais de ioga ao nascer do sol, sessões de surf logo de manhã e jantares sossegados à beira-mar. É o tipo de sítio onde se vai para a cama cedo e se acorda com o nascer do sol. Passados uns dias, esse ritmo começa a saber mesmo bem.

17. Os comboios são cénicos, baratos e muito lentos — reservem com antecedência

Andar de comboio no Sri Lanka é uma experiência por si só — e que não devem perder.

Os percursos pela região montanhosa, especialmente de Kandy para Ella, estão entre os mais bonitos do mundo. Imaginem plantações de chá sem fim, colinas cobertas de nevoeiro e crianças a acenar junto às estações e apeadeiros.

Mas atenção — os comboios são lentos. Não se vão importar, porque as vistas compensam tudo. O que importa verdadeiramente é o lugar onde se sentam. Os comboios esgotam rápido, especialmente na época alta, e estar de pé durante horas não tem graça nenhuma.

Por isso, comprem os bilhetes com antecedência, de preferência online, sobretudo se quiserem um lugar reservado no famoso comboio azul.

🎫 Estão a planear fazer o icónico percurso de comboio? Não percam o meu artigo com todas as dicas para a viagem entre Ella e Kandy — vai tornar a experiência ainda melhor!

18. Há tuk-tuks por todo o lado — combinem o preço antes de entrar

Os tuk-tuks são um ícone do Sri Lanka. Rápidos, divertidos e omnipresentes. Para distâncias curtas, são muitas vezes a melhor opção — mas nunca entrem sem perguntar o preço antes. A maioria não tem taxímetro, por isso tudo se resume à negociação.

Comecem por perguntar a locais ou ao staff do vosso alojamento quanto é justo pagar por determinado trajeto. Depois de terem uma ideia, confirmem o valor com o motorista antes de arrancarem. Se vos disserem “no problem, just get in” — insistam num preço claro.

Não se trata de encontrar o preço mais baixo — é evitar serem enganados. Os tuk-tuks são ótimos para explorar praticamente qualquer cantinho no país. Saber como se deslocarem no Sri Lanka com confiança faz toda a diferença.

19. Descarreguem a app PickMe — é o “Uber” lá do sítio

Se negociar preços com tuk-tuks não é convosco, a PickMe vai ser a vossa melhor amiga. É a versão do Uber no Sri Lanka e funciona super bem em cidades como Colombo, Kandy e Galle. Podem pedir tuk-tuks, carros ou carrinhas e têm sempre um preço justo — sem negociações.

A app dá uma estimativa do valor da viagem, opções de pagamento (dinheiro ou cartão) e, às vezes, até condutores que falam inglês. É muito útil quando estão num sítio novo e querem evitar mal-entendidos. Além disso, é mais seguro, já que a viagem fica registada.

20. Preparem-se para um trânsito caótico e muitas buzinas. No fim de contas, até tem piada

O trânsito no Sri Lanka é… uma experiência. Imaginem autocarros a ultrapassar tuk-tuks que estão a ultrapassar bicicletas — tudo isto enquanto pessoas andam calmamente no meio da estrada. As estradas são uma confusão constante de veículos, buzinas e quase acidentes. E, de alguma forma, tudo funciona.

As buzinas não são agressivas — é mais um “olá, estou aqui”. Deem um ou dois dias e vão começar a entrar no ritmo. Eu passei de agarrada ao banco a rir-me da confusão em menos de 24 horas.

Pode parecer assustador ao início, mas é uma daquelas experiências inesquecíveis no Sri Lanka. Nenhuma lista de dicas sobre o país estaria completa sem este aviso — e também um incentivo a abraçarem o caos.

21. Fiquem em guesthouses locais para uma experiência mais autêntica

Se querem ter um contacto mais próximo com a cultura do país, esqueçam os hotéis de cadeias internacionais e optem por guesthouses geridas por famílias locais. Fiquei em algumas durante a viagem e foram dos lugares mais acolhedores onde já estive.

Os anfitriões costumam ir muito além do esperado — desde preparar refeições caseiras a ajudar com transportes ou simplesmente partilhar histórias pessoais. E só os pequenos-almoços já valem a pena: fruta fresca, hoppers, dhal, sambal de coco… tudo feito com carinho.

É também uma forma mais responsável de viajar. Estão a apoiar famílias locais em vez de grandes empresas, e em troca, têm uma estadia muito mais pessoal e memorável.

22. O inglês é bastante falado — mas aprender umas palavras em cingalês faz diferença

A maioria das pessoas que trabalha no turismo fala inglês suficiente para vos ajudar com direções, reservas ou uma conversa informal. Vão safar-se bem — mas isso não significa que não devam fazer um pequeno esforço.

SEE ALSO  Verona – O que visitar: roteiro de 1 dia (mapa incluído)

Aprender só algumas frases em cingalês (ou tâmil, dependendo da zona) já faz uma grande diferença. Um simples istuti (obrigada) ou kohomada (como estás?) arranca sorrisos — e às vezes até um serviço mais atencioso.

Mostra respeito e os locais valorizam mesmo esse gesto. Não precisam de ser fluentes — basta tentarem. É um pequeno gesto que vale muito numa viagem ao Sri Lanka.

23. A internet é barata e fiável — comprem um cartão SIM no aeroporto

Estar ligado à internet no Sri Lanka é fácil. Assim que aterrarem, procurem os balcões das operadoras móveis no aeroporto — vão ver contadores da Dialog e da Mobitel, duas das principais empresas do país.

Por poucos euros conseguem um cartão pré-pago com dados suficientes para toda a viagem. Se tiverem um telemóvel compatível com e-SIM, podem até tratar de tudo com a Airalo antes de aterrarem. Muito prático!

Ter bom acesso à internet facilita tudo — desde verificar horários de comboios a encontrar restaurantes ou usar a app PickMe.

24. Comecem os dias cedo para evitarem o calor — pode ser mesmo intenso

O Sri Lanka é quente e húmido — e a partir do meio-dia, pode ficar insuportável. Se estão a planear caminhadas, visitar templos ou explorar cidades, a melhor opção é sair de manhã cedo.

Cometi o erro de começar a visitar um sítio ao final da manhã… e arrependi-me logo. Transpirei imenso, procurava sombra desesperadamente e quase não tinha energia para aproveitar o que estava a ver.

Comecem o dia ao nascer do sol, façam uma pausa durante as horas mais quentes (idealmente com um coco fresco na mão), e voltem a sair ao final da tarde. Um hábito simples que vos vai poupar algum sofrimento — e manter a energia ao longo dos dias.

25. Seguro de viagem não é opcional — é essencial

O Sri Lanka é, no geral, seguro, mas imprevistos acontecem — desde acidentes de mota, bagagem perdida ou até problemas de estômago depois de uma refeição de rua. Ter um seguro de viagem dá-vos tranquilidade para aproveitarem a viagem sem stress com os “e se…”.

Uso sempre a Heymondo e recomendo bastante. A cobertura é fiável, acessível e inclui cancelamentos, emergências médicas e até roubo de equipamentos.

Se ainda estão na fase de planeamento, podem conseguir 5% de desconto na Heymondo se comprarem através do meu link. Um pequeno passo que vos pode poupar muito dinheiro — e dores de cabeça.

26. Levem repelente de insetos — os mosquitos estão por todo o lado

Os mosquitos no Sri Lanka não são só chatos — podem mesmo ser um problema. O risco de dengue é relativamente baixo nas zonas turísticas, mas existe, especialmente durante a época das chuvas.

Levem um bom repelente (com DEET ou uma alternativa natural) e reapliquem se estiverem a suar ou perto de água (e também a meio do dia!).

27. Usem sempre protetor solar — o sol é forte o ano inteiro

Mesmo em dias nublados, o índice UV no Sri Lanka é elevadíssimo.

Quer estejam a saltar de praia em praia no sul ou a visitar templos no interior, o protetor solar é obrigatório. Escolham um leve mas eficaz (SPF 30+, no mínimo), e não se esqueçam de reaplicar depois de suar ou nadar (ou a meio do dia).

O que fazer em Mirissa Secret Beach
Secret Beach no sul do Sri Lanka

É uma coisa simples de levar, mas pode ser a diferença entre aproveitar a viagem ou passar os dias seguintes a fugir do sol.

28. Não toquem em cães ou macacos — mesmo que pareçam simpáticos

Há muitos animais vadios no Sri Lanka — sobretudo cães. Podem parecer inofensivos ou até fofos, mas é melhor manter a distância.

Alguns cães são dóceis, mas outros podem estar doentes (raiva, nomeadamente). E os macacos são famosos por roubar comida e objetos pessoais — não brincam em serviço. Quando visitei o Lion Rock, tentaram roubar-me o gelado, por exemplo.

Além disso, por muito que queiram aquela foto para o Instagram, evitem selfies com animais. Para além de ser mais seguro assim, estão também a respeitar a vida animal.

29. Mantenham distância dos animais — incluindo elefantes — e evitem conduzir à noite

Ver elefantes em estado selvagem é uma das experiências mais incríveis no Sri Lanka. Mas é importante observá-los de forma responsável. Não se aproximem nem tentem alimentá-los — optem por safaris com guias especializados.

Coisas a saber sobre um safari no Parque Nacional de Minneriya
Elefantes no Parque Nacional de Minneriya

Se alugarem tuk-tuk, por exemplo, tenham cuidado redobrado à noite. A visibilidade é fraca, muitas estradas são mal iluminadas e os animais podem atravessar sem aviso. Depois de ouvir algumas histórias, decidi evitar conduzir de noite nas zonas mais rurais (como Sigiriya, por exemplo).

Estar atento e respeitar os animais faz parte de qualquer guia de viagem responsável — e vai tornar a vossa viagem ainda mais especial.

30. O Sri Lanka é seguro? Sim — mas estejam atentos e usem o bom senso

O Sri Lanka é seguro? Resposta curta: sim. Viajei pelo país e as pessoas foram simpáticas, prestáveis e curiosas — no bom sentido.

Dito isto, convém manter alguma atenção. Como em qualquer outro sítio, fiquem de olho nos vossos pertences, especialmente em locais cheios ou nos transportes públicos. Evitem andar sozinhos à noite e não ostentem equipamento caro.

Os únicos contratempos que tive foram menores — esquemas turísticos ou motoristas insistentes — nada de perigoso. Sigam o instinto, usem o bom senso, e vão ficar bem.

31. Evitem esquemas — especialmente envolvendo tuk-tuks ou “guias” em templos

Uma das coisas mais frustrantes que me aconteceu foi ser enganada logo no primeiro dia em Colombo. Um homem na rua convenceu-nos a entrar num tuk-tuk para uma visita rápida a um templo — mas o motorista tinha outros planos. Acabámos num mini tour pela cidade que não pedimos e pagámos 30€ por cerca de uma hora.

Roteiro de Kandy
Rua em Kandy

Quando estamos cansados e com jet lag, é fácil cair nestas armadilhas. Esquemas destes são comuns em zonas turísticas, especialmente junto a templos ou mercados.

Para os evitar, digam educadamente que não a “guias” não solicitados e usem apps como a PickMe em vez de apanharem tuk-tuks aleatoriamente na rua.

32. Evitem viajar durante o Ano Novo Cingalês e Tamil (meados de abril), a menos que seja planeado

As celebrações do Ano Novo no Sri Lanka decorrem em meados de abril e, apesar de serem uma bela experiência cultural, podem atrapalhar os vossos planos. Lojas e restaurantes fecham, os transportes são limitados e os comboios e autocarros esgotam rapidamente.

A menos que estejam a planear participar nas festividades, é melhor evitar viajar nesta altura. Os alojamentos também enchem rapidamente ou aumentam os preços devido ao turismo interno.

Se visitarem o país durante este período, reservem tudo com antecedência — e preparem-se para um ritmo mais lento. Não é um impedimento, mas convém saber de antemão.

33. Está sempre calor e a humidade é elevada — levem roupa leve e de secagem rápida

Quer estejam na costa, no interior ou nas zonas montanhosas, esperem calor e humidade. O clima tropical faz com que transpirem — muito.

SEE ALSO  Alugar um tuk-tuk no Sri Lanka em 2025: guia completo (+ oferta)

Tecidos leves e respiráveis são os vossos melhores aliados. Camisas de algodão ou linho, calças largas e roupa que seque depressa são ideais. Evitem jeans pesados ou roupa justa — vão colar-se ao corpo e reter o calor.

Levem também um impermeável leve para as chuvadas repentinas.

34. Algumas zonas do país são frias (como Nuwara Eliya)

Embora a maior parte do Sri Lanka seja quente, há exceções — especialmente na região montanhosa. Nuwara Eliya, também conhecida como “Pequena Inglaterra”, fica a maior altitude e é um local bastante mais frio, sobretudo de manhã cedo ou à noite.

Fiquei surpreendida com o frio que senti lá, especialmente de noite. Acabei por vestir todas as peças de manga comprida que tinha. Um casaco leve é, regra geral, suficiente, mas é daquelas coisas que se esquece facilmente quando estamos a fazer a mala para um destino tropical.

Se o vosso roteiro inclui locais como Haputale ou Nuwara Eliya, não deixem de levar umas camadas extra.

🎫 Estão a pensar incluir a região montanhosa no vosso itinerário? Espreitem o meu artigo sobre se Nuwara Eliya vale a pena — partilho todos os prós e contras!

35. Não esperem encontrar casas de banho ocidentais em todo o lado e levem lenços de papel

Vamos ser realistas: as casas de banho no Sri Lanka são uma incógnita. Nas cidades e alojamentos mais cuidados, encontram sanitas tal como estamos habituados. Mas fora disso — como em estações de autocarro, restaurantes locais ou zonas remotas — vão encontrar sanitas em que praticamente só existe um buraco no chão.

Não são necessariamente más, só diferentes. E preparem-se para a ausência de papel higiénico. É muito comum que não exista, por isso ter lenços de papel ou toalhitas na mochila faz toda a diferença.

Um pacote pequeno não ocupa espaço e pode salvar-vos de momentos bastante incómodos. A sério, vão agradecer a dica.

36. Sejam flexíveis — atrasos, mudanças de planos e serviço lento fazem parte da experiência

Uma das melhores dicas que posso dar sobre viajar no Sri Lanka? Aprendam a ir ao sabor do vento (o chamado go with the flow). Os comboios atrasam-se, os autocarros saltam paragens, o serviço nos restaurantes pode ser lento… e é assim mesmo. Nada funciona com horário rigoroso — e quanto mais cedo aceitarem isso, melhor será a viagem.

Confesso que me irrito facilmente quando as coisas não correm como planeado. Mas, honestamente, começo a perceber que os melhores momentos vêm muitas vezes dos imprevistos.

Ser flexível não é abdicar de estrutura — é deixar espaço para surpresas. E no Sri Lanka, essas surpresas tornam-se, muitas vezes, as melhores histórias.

37. Não abdiquem de Colombo — é caótica, mas cheia de vida

Muitos viajantes aterram em Colombo e saem logo dali — e percebo porquê. A capital é barulhenta, desorganizada e pode ser avassaladora à primeira vista. Mas se lhe derem uma oportunidade, pode surpreender-vos.

Há cor, comida de rua, templos, edifícios coloniais e mercados locais muito bons. Passei um dia inteiro a explorar a cidade a pé e diverti-me imenso — senti a cidade crua e real, completamente diferente das zonas de praia ou das montanhas.

Por isso, não a excluam por completo. Mesmo só 24 horas em Colombo já vos dá um cheirinho da energia do dia a dia no Sri Lanka. Não é uma cidade polida — mas é isso que a torna memorável.

🎫 Vão passar um dia na capital? Espreitem o meu roteiro de 1 dia em Colombo com os melhores sítios a visitar, comer, entre outras dicas.

38. Alugar um tuk-tuk é das melhores formas de explorar o país

Se estão com espírito de aventura, aluguem um tuk-tuk. É, sem dúvida, uma das formas mais divertidas e livres de explorar o Sri Lanka. Vão ao vosso ritmo, a passar por plantações de chá, parar em cascatas e acenar aos locais pelo caminho.

É necessário pedir uma carta de condução temporária (muitas das empresas de aluguer tratam disso) e a maioria das empresas dá uma pequena formação se for a vossa primeira vez com um tuk-tuk. Só têm de estar atentos — as estradas são, por vezes, uma verdadeira selva — mas isso faz parte da experiência.

Aluguei o meu com a Tuktuk Rental e adorei o serviço — foram profissionais, prestáveis e organizados durante todo o processo.

Se estão curiosos sobre como funciona, escrevi um guia completo sobre como alugar um tuk-tuk no Sri Lanka. Bónus: têm um desconto se usarem o código ATICKETTOTAKEOFF!

Conduzir um tuk-tuk no Sri Lanka foi hilariante, desafiante e, acima de tudo, inesquecível.

39. Os motoristas de autocarro são malucos — cuidado ao atravessar a estrada

Os autocarros no Sri Lanka não andam — voam. Avançam pela estrada como se estivessem numa corrida, desviam-se por entre o trânsito, apitam sem parar e mal travam para os passageiros.

A atravessar a estrada junto a uma paragem? Olhem bem para os dois lados antes de passar — mesmo que seja rua de sentido único. Se alugarem scooter ou tuk-tuk, deixem sempre bastante espaço aos autocarros. Eles não abrandam e não é nada agradável meterem-se no caminho deles.

É uma daquelas coisas que parece caos, mas habituam-se — só não baixem a guarda. Segurança em primeiro lugar, sempre.

40. A viagem de comboio de Kandy para Ella é mesmo tão incrível como dizem

Já devem ter ouvido falar da viagem de comboio entre Kandy e Ella — e venho confirmar: sim, é mesmo tão deslumbrante como dizem. Imaginem plantações de chá, colinas cobertas de nevoeiro, pontes de pedra antigas e vendedores locais à janela.

A viagem completa é longa (cerca de 6–7 horas), mas podem fazer só parte do percurso, que também vale imenso a pena. Eu não conseguia parar de tirar fotos — ou de pôr a cabeça à janela para absorver tudo.

Pensamentos finais sobre planear uma viagem ao Sri Lanka

Se chegaram até aqui — estão mais do que prontos para começar a planear uma viagem ao Sri Lanka com confiança.

Desde perceber como se deslocar até entender as normas culturais, saber o que esperar torna a viagem muito mais tranquila (e divertida).

Estas dicas são baseadas em experiências reais — as boas, as engraçadas e as ligeiramente caóticas. Espero que vos ajudem a evitar erros comuns e a aproveitar o melhor deste país incrível.

Têm alguma pergunta que não respondi? Ou já foram ao Sri Lanka e têm uma dica vossa? Deixem um comentário! Adoro ouvir histórias, responder a dúvidas e ajudar outros viajantes a tirarem o máximo da viagem!

Disclaimer: este post pode conter alguns links de afiliados, o que significa que eu ganho uma pequena comissão se comprarem através dos meus links. Isto não representa qualquer custo adicional para vocês e é uma forma de apoiarem o meu trabalho no blog😊

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SOBRE MIM

Olá, sou a Mariana e criei este projeto para te ajudar a planear a tua próxima viagem—seja uma escapadinha ou uma grande aventura. Com itinerários detalhados e repletos de dicas úteis, quero tornar a organização da tua viagem mais simples e ajudar-te a aproveitar cada momento ao máximo. O meu objetivo é inspirar-te a viajar mais e a colecionar memórias inesquecíveis em cada canto do mundo!

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