Passar um dia no Death Valley National Park vai ser uma experiência certamente memorável. Este parque nacional nos EUA é único e, apesar do seu nome ser até um pouco assustador (Vale da Morte), tem paisagens arrebatadoras.

Preparem-se para explorar estradas em terra batida, montanhas coloridas, o ponto mais baixo dos Estados Unidos, salinas na Badwater Basin ou dunas (Mesquite Flat Sand Dunes).

Apesar das condições meteorológicas que fazem deste local inóspito (especialmente nos meses mais quentes do ano), há qualquer coisa de surpreendente neste parque.

Fundado em 1994, o parque recebe cerca de 1 milhão de visitantes anualmente e fica localizado nos estados do Nevada e da Califórnia. É também um dos maiores parques nacionais dos Estados Unidos, com uma dimensão de 13.650 km².

O seu nome está relacionado com um grupo de pioneiros que se perdeu nesta região em meados do século XIX. Apesar de apenas um dos elementos do grupo ter falecido, todos acharam que iriam morrer ali e, assim se batizou este local de “Vale da Morte”.

Dadas as suas características e paisagens áridas, o parque já foi usado em filmagens de vários filmes, sendo o mais conhecido o Star Wars: A New Hope.

Embora existam imensas coisas para visitar no parque, é possível visitar os highlights do Death Valley em apenas um dia. Assim, ao longo deste artigo, para além de um itinerário de 1 dia no Death Valley, irão também encontrar outras dicas, tais como:

• Quantos dias despender no Death Valley
• Melhor altura para visitar o Death Valley National Park
• Como chegar ao Death Valley
• Aeroportos próximos do Death Valley
• Hotéis perto do Death Valley

O Death Valley fica localizado nos estados da Califórnia e do Nevada, estando maioritariamente localizado na Califórnia. No entanto, a cidade mais conhecida mais próxima deste parque é Las Vegas, localizada no estado do Nevada.

Em média, a viagem de carro entre Las Vegas e o Death Valley (dependendo da zona do parque que vão visitar) demora 1h45-2h30.

Apesar da vasta dimensão deste parque, algumas das melhores coisas a fazer no Death Valley são visitáveis em apenas um dia. É o caso de atrações como Mesquite Flat Sand Dunes, Badwater Basin, Zabriskie Point, Artists Drive, entre outros.

No entanto, com mais dias no parque, será possível visitar outros locais como Racetrack Playa ou até lugares mais remotos no parque, como Eureka Sand Dunes ou o Telescope Peak.

Desta forma, a duração ideal de uma visita ao Death Valley é de pelo menos dois dias. No entanto, não descartem a possibilidade de visitar este parque inesquecível se apenas tiverem um dia disponível.

Uma coisa que atrai milhares de visitantes anualmente a este parque são as temperaturas excessivamente altas que se fazem sentir no verão. Afinal, foi neste parque que se registou a temperatura mais alta de sempre no planeta Terra! Em 1913, os termómetros em Furnace Creek marcaram 56.7 °C (134 °F).

Embora essa temperatura não se tenha voltado a repetir, nos meses mais quentes, os termómetros ultrapassam habitualmente os 50 °C e a há até um termómetro no parque onde podem consultar a temperatura a cada momento. Assim, a minha sugestão é que não visitem o Death Valley no verão (junho a setembro), pois a visita dificilmente será agradável.

Além disso, no final do verão, a possibilidade de cheias é superior, pelo que este é mesmo um período a evitar.

A melhor altura para ir ao Death Valley é, sem dúvida, no início da primavera e no final do outono, quando as temperaturas são mais amenas. Aliás, a primavera é a estação mais popular para visitar este parque, pois, é quando se pode encontrar o fenómeno de superbloom, em que é possível visitar um Death Valley muito florido. No entanto, isto não é algo que aconteça todos os anos, já que depende de várias condições meteorológicas. Podem descobrir mais sobre este fenómeno (incluindo previsões) no site oficial.

Outra altura também interessante para visitar o Death Valley é o inverno. As temperaturas no inverno no Death Valley são agradáveis, com as máximas a rondarem os 19 °C-25 °C (66 °F – 77 °F) e as mínimas os 4 °C – 8 °C (39 °F – 48 °F). Estas temperaturas mais baixas registam-se especialmente durante a noite.

Chove muito pouco no Death Valley, mas existem sempre exceções. No entanto, vento é bastante comum neste parque, especialmente na primavera.

No meu caso, por exemplo, visitei o parque em meados de abril e, embora estivesse quente, estava uma temperatura ainda muito suportável. Além disso, nos pontos mais altos (como Dante’s View), estava até bastante frio.

A maior cidade próxima deste parque é Las Vegas, que fica localizada a cerca de 1h40-2h30 de carro. No entanto, existem outras cidades próximas do Death Valley, tais como Beatty, Skidoo, Chloride City, Harrisburg, Furnace Creek ou Leadfield.

No meu caso, acabei por ficar a pernoitar em Beatty na noite anterior à minha visita ao parque, já que esta é a cidade mais próxima.

O aeroporto mais próximo do Death Valley é o de Furnace Creek, no entanto, o mesmo não tem voos comerciais. Assim, a melhor hipótese é voar até ao aeroporto de Las Vegas (LAS) que tem várias ligações, tanto domésticas como internacionais.

Para garantir uma maior flexibilidade no desenho do vosso roteiro pelo Death Valley, sugiro alugar carro e conduzir desde Las Vegas até ao Death Valley.

💡 DICA EXTRA: Quando visitei o Death Valley National Park, estava também a fazer uma road trip por outros parques nacionais nos Estados Unidos. Sem dúvida que alugar carro foi a melhor opção, pois deu-me imensa flexibilidade para fazer o percurso que pretendia. Aluguei um Toyota Rav4 na Avis em Los Angeles e gostei bastante do serviço. A decisão de alugar um jipe foi claramente a mais acertada e foi bastante prático para conduzir algumas estradas no Death Valley.

Contudo, e dada a proximidade deste parque a Las Vegas, existem várias tours ao Death Valley desde Las Vegas:

A entrada no Death Valley National Park é paga. Existem vários bilhetes de entrada e passes disponíveis. Por exemplo, os valores de entrada com um veículo privado são 30 USD (o preço é por veículo e não por pessoa). Esta entrada dá acesso ao parque durante 7 dias! Existe também um passe anual que custa 55 USD.

No entanto, caso pretendam visitar outros parques nacionais nos Estados Unidos, existem outras opções que compensam mais. Um desses exemplos é o passe anual America the Beautiful. Este passe tem um custo de 80 USD por veículo e é válido durante um ano para todos os parques nacionais no país. Face ao valor médio de entrada nos vários parques, basta visitar 3 parques nacionais num ano para compensar comprar o America the Beautiful! Mais informação sobre os passes disponível aqui.

Qualquer um destes bilhetes ou passes pode ser comprado nas entradas dos vários parques nacionais. Alerto, no entanto, que no Death Valley apenas aceitam pagamento com cartão e não existem propriamente entradas oficiais no parque. Podem consultar no site oficial onde é possível comprar o bilhete de entrada/passe. Alternativamente, podem comprar online 😉.

Caso optem por comprar o passe anual do America the Beautiful, após a compra no primeiro parque, terão de apresentar o passe e um documento de identificação ao entrarem nos parques seguintes, já que o passe é intransmissível.

A rede móvel no Death Valley é bastante limitada, por isso, convém ir preparado para não ter acesso à internet. Por exemplo, no meu caso, durante todo o dia que passei no parque, foram raros os momentos em que tive rede móvel. Assim, sugiro fortemente descarregar o mapa da zona do parque para ficar disponível em offline no Google Maps.

Os transportes públicos no interior do parque são inexistentes, pelo que a melhor forma de visitar este parque é através de veículo próprio.

Para a maioria das zonas do parque, um veículo “normal” é suficiente, não sendo preciso um 4×4. No entanto, existem algumas estradas no parque (como, por exemplo, a que dá acesso a Racetrak Playa) em que é necessário um 4×4.

Assim, mesmo que seja possível visitar o parque sem um 4×4, recomendo alugar um carro desse género para terem uma visita mais confortável😉.

Ao contrário de outros parques nos Estados Unidos, há algumas lojas e restaurantes no Death Valley:

• [Furnace Creek] The Inn at Death Valley: servem pequeno-almoço e jantar (reservas são recomendadas)
• [Furnace Creek] The Ranch at Death Valley: serve pequeno-almoço, almoço e jantar e ainda tem uma loja
• [Stovepipe Wells] Toll Road Restaurant: serve pequeno-almoço, almoço e jantar
• [Stovepipe Wells] Badwater Saloon: almoço e jantar
• [Panamint Springs] Panamint Springs Resort: tem um restaurante com comida todo o dia e uma loja com vários tipos de produtos

No entanto, dependendo do itinerário que percorram e para melhor aproveitarem os dias no parque, sugiro levarem alguns snacks para durante o dia e um piquenique para o almoço.

Dadas as dimensões deste parque, convém definir primeiro o que pretendem incluir no vosso itinerário do Death Valley National Park e só depois escolher o alojamento. Caso contrário, podem acabar por escolher um alojamento que fica muito longe dos pontos de interesse que querem visitar.

Existem algumas opções de alojamento no interior do parque:

• Stovepipe Wells Village: boa opção para quem tem o orçamento mais limitado
• The Oasis at Death Valley: têm dois tipos de alojamento (The Inn e The Ranch, sendo a segunda opção mais em conta).
• Panamint Springs Resort: para além dos quartos “normais”, existe ainda a opção de acampar

Se forem mais aventureiros, existem também parques de campismo no Death Valley. Podem descobrir mais sobre como acampar no Death Valley no site oficial.

Outra opção possível (e provavelmente mais em conta!) é ficar alojado fora do parque. Por exemplo, um dos melhores sítios para o fazer é Beatty – uma pequena cidade localizada bastante perto de alguns sítios bem populares no Death Valley, como as Mesquite Flat Sand Dunes.

Foi aqui que acabei por pernoitar na noite anterior à minha visita ao Death Valley. Fiquei no Exchange Club Motel e, apesar de ser um motel, tinha as condições necessárias para uma noite descansada. Uma noite para 2 pessoas ficou por 85€. Mesmo ao lado do motel, existem duas ou três opções para fazer refeições!

Há outras cidades perto do Death Valley, onde podem também procurar por alojamento, tais como:

• Pahrump (a cerca de 1h45 do centro de visitantes em Furnace Creek)
• Shoshone (1h de Furnace Creek)
• Lone Pine (1h45 de Furnace Creek)

Embora seja mais longe (quase 2h de carro), podem também ficar hospedados em Las Vegas, onde a oferta de alojamanto é bastante superior.

Tive oportunidade de experimentar dois hotéis em Las Vegas e posso recomendar ambos. O primeiro hotel foi o Hyatt Place Las Vegas, com uma localização relativamente central, mas longe de toda a confusão. O hotel tem uma decoração um pouco antiquada, mas o quarto era muito espaçoso e tinha todas as condições para passar uma noite descansada.

O outro hotel que tive oportunidade de conhecer foi o Club Wyndham Grand Desert. Este é um resort e perfeito para estadias mais longas, já que inclui serviços como piscina e ginásio e os quartos são verdadeiros apartamentos. É relativamente mais central (ficando mais perto da Strip de Las Vegas) e tem estacionamento disponível.

De qualquer forma e uma vez que o objetivo desta noite em Las Vegas é rumar ao Valley of Fire no dia seguinte, sugiro outras opções de alojamento em Las Vegas mais longe do centro:

No mapa abaixo podem encontrar o que ver no Death Valley em um dia, bem como outros pontos de interesse caso tenham mais tempo disponível no parque. No mapa, conseguem também visualizar bombas de gasolina, restaurantes e alojamentos no interior do parque.

📌COMO USAR O MAPA: Clicar no canto superior esquerdo para aceder às várias visões (layers) do mapa. É possível selecionar as visões que pretendemos visualizar e também obter mais informação sobre cada um dos pontos de interesse, clicando no mesmo na barra lateral esquerda ou sobre o pin no mapa. Adicionem o mapa ao vosso Google Maps, clicando na estrela junto ao título. Para aceder ao mapa, basta ir aos Guardados do Google Maps e clicar em Mapas!

Nos parágrafos que se seguem, vou falar do que fazer no Death Valley para quem tem apenas um dia disponível. Os pontos de interesse estão ordenados de forma a otimizar o tempo disponível no parque.

No entanto, no final do artigo, podem encontrar mais sugestões de outras coisas a fazer no Death Valley.

Inicio este roteiro do Death Valley num dos pontos mais fotogénicos do parque! As Mesquite Flat Sand Dunes são umas dunas que fazem as delícias de qualquer um, especialmente dos mais pequenos.

Desde o parque de estacionamento, é preciso caminhar cerca de 10 a 15 minutos até chegar a uma parte mais interessante das dunas. Não há propriamente um sítio específico a visitar, mas vale a pena experimentar tirar fotografias de ângulos diferentes.

Apesar de caminhar sobre a areia ser bastante cansativo, quanto mais se afastarem do parque de estacionamento, menos pessoas vão encontrar.

A caminhada até à duna mais alta demora cerca de 1h30 (ida e volta). No entanto, não há nenhum trilho definido. O meu conselho para aproveitar este local é simplesmente divertirem-se nas dunas 😁!

Está na hora de seguir para o Devil’s Golf Course. Este foi o sítio que achei menos interessante no parque, mas pode valer a pena passar por lá já que fica a caminho da Badwater Basin.

Existia um estacionamento bem perto, no entanto, atualmente a estrada que dá acesso está fechada e em mau estado, pelo que têm de caminhar desde a Badwater Road até lá (26 minutos num só sentido). Se este for o caso, acho que não vale a pena fazer 50 minutos de propósito para ir ver o Devil’s Golf Course.

No fundo, o Devil’s Golf Course é uma espécie de salina que ganhou umas formações em formato de espirais irregulares pelo efeito da erosão do vento e da chuva. Com alguma imaginação, poderia dizer-se que se assemelha a um campo de golfe, mas um apenas utilizado pelo diabo já que é bastante irregular 😁.

Seguimos para um local que é must-see no Death Valley. Badwater Basin é o ponto mais baixo da América do Norte e fica a 86 metros (282 ft) abaixo do nível da água do mar. É aqui que podemos observar uma das paisagens mais bonitas do Death Valley: umas salinas com mais de 500 km² (200 mi²).

Apesar da vista do parque de estacionamento ser incrível, vale mesmo a pena caminhar um pouco até chegar mais perto das salinas. A primeira parte do percurso é feita sobre um passadiço em madeira, mas a partir de determinada altura, o percurso passa a ser feito sobre as salinas. Para chegar à zona das salinas, são cerca de 20 minutos num só sentido.

Quando visitei, o piso estava molhado e foi mais difícil fazer o percurso. Acabei por sujar o calçado todo que levava. Se forem de calças, alerto também que o mais provável é ficarem sujos, pois ao caminharem, vão salpicando as pernas.

Após um caminho que parecia infinito e onde estavam cada vez menos pessoas, chegamos a uma parte com muito mais água! A paisagem era absolutamente magnífica 🥰.

💡 DICA EXTRA: Como estava com bastante água quando visitei, muitas pessoas acabaram por se descalçar. No entanto, alerto que é preciso ter muito cuidado já que o piso é irregular e tem algumas partes afiadas. Acabei por me cortar no pé e, como podem imaginar, é muito pouco agradável ter um corte e estar numa água muito salgada.

O tempo que despendem neste ponto vai depender muito até onde caminharem e da quantidade de fotos que tiram. Garanto que vai ser difícil tirar poucas fotos 🥰.

Sigam para uma das estradas mais bonitas do Death Valley – Artists Drive. Esta é uma estrada que apenas se pode fazer num sentido (de sul para norte) e tem cerca de 14 km (9 mi).

Podem fazer a estrada toda seguida e ir simplesmente admirando ou ir parando para explorar algum local que vos pareça interessante. Aliás, há uma paragem que deve ser obrigatória na Artists Drive, que é a Artists Palette (mais no ponto a seguir).

A Artists Palette é um dos sítios mais mágicos do parque e uma das melhores coisas a fazer no Death Valley. O seu nome tem origem nas cores que podemos encontrar nos montes que ali existem – rosa, azul e lilás.

Estas cores resultam do processo de oxidação dos metais que se encontram no solo. Apesar de ser possível visitar em qualquer altura do dia, é ao nascer e pôr do sol que as cores que se tornam mais intensas.

Estes montes coloridos ficam escondidos atrás de uns montes mais amarelados e é preciso caminhar um pouco desde o estacionamento para lá chegar.

O Zabriskie Point é outro local que não pode faltar num itinerário do Death Valley! É um local particularmente procurado ao nascer e pôr do sol, mas é bonito em qualquer hora do dia, mesmo assim.

O nome deste miradouro foi dado em honra a Christian Zabriskie – um homem importante no auge da Pacific Coast Borax Company, que fazia explorações mineiras na área.

O acesso ao miradouro é dos mais simples desta lista, pois existe um caminho asfaltado que liga o enorme parque de estacionamento até ao miradouro.

Uma visita a este miradouro dura cerca de 15 minutos, mas pode demorar mais se optarem por explorar alguns dos trilhos que existem ali perto.

A poucos minutos de carro do Zabriskie Point, sugiro que visitem um dos pontos mais divertidos no Death Valley. O Twenty Mule Team Canyon é uma estrada de apenas um sentido, onde antigamente se explorava o bórax.

A estrada é em terra batida e, por isso, apenas recomendo este sítio se tiverem um 4×4. Ainda assim, acredito que seja possível percorrer a estrada com um carro ligeiro. A distância é bastante curta (4.3 km/2.7 mi), mas vale muito a pena!

Não estava mais ninguém a fazer esta estrada quando passei por lá e, não só foi divertido, como as paisagens são muito bonitas.

Embora não tenha experimentado, existem alguns trilhos pequenos ao longo deste percurso de carro que parecem muito interessantes.

Um dia no Death Valley National Park não fica completo sem uma passagem pelo Dante’s View – um dos miradouros mais famosos no parque.

Este miradouro fica num ponto mais alto e, por isso, é expectável que aqui esteja muito mais frio. De qualquer forma, o acesso é muito simples e bastante direto desde o parque de estacionamento.

Este miradouro permite ter vistas únicas sobre as salinas da Badwater Basin, que se encontra quase 1700 metros (5.575 ft) abaixo deste miradouro.

Além disso, este é um local de excelência para observar as estrelas à noite!

Se são sortudos e têm mais do que um dia para explorar este parque único nos Estados Unidos, então as sugestões de locais a visitar não terminam aqui.

A Ubehebe Crater é mais um ponto sem igual neste parque nacional. Trata-se uma cratera de origem vulcânica. Ainda que a cratera seja visível do estacionamento, é possível descer até à mesma ou fazer um percurso circular à sua volta. Este percurso demora cerca de 1 hora a ser feito (2.4 km/1.5 mi no total). No entanto, não é recomendável a quem tenha medo de alturas.

Bem sei que o Death Valley é um lugar árido e seco, mas há algumas surpresas. E a cascata Darwin Falls é a prova disso, já que é uma paisagem completamente diferente de tudo o resto que conseguimos ver no parque. Contudo, é preciso percorrer um trilho para lá chegar.

Racetrack Playa é provavelmente um dos sítios mais caricatos do Death Valley. A atração principal são pedras gigantes que se deslocaram por este solo árido, deixando rastos da sua deslocação. No entanto, apesar de ser um local popular na lista de coisas a ver no Death Valley, o acesso a esta parte do parque requer um 4×4 já que é preciso conduzir 44 km (27 mi) numa estrada de terra batida.   

As Eureka Dunes são outras dunas que existem no Death Valley. No entanto, ao contrário das Mesquite Flat Sand Dunes, o acesso é bem mais complexo, já que é preciso percorrer uma estrada em terra batida para lá chegar.

Existem várias caminhadas no Death Valley, mas decidi listar as que me pareceram mais interessantes (as distância e durações médias apresentadas abaixo são para a totalidade do trilho):

• [fácil] Natural Bridge (1.6 km/1 mi; 45 minutos): considerado por muitos um dos melhores trilhos no Death Valley
• [fácil] Harmony Borax Works (0.6 km/0.4 mi; 30 minutos): antigo local de produção de bórax
• [moderado] Golden Canyon e Gower Gulch (7 km/4.4 mi; 2 a 3 horas): caminhar entre canyons e à volta do Manly Beacon, com a hipótese de encurtar ou aumentar a duração do trilho
• [moderado] Desolation Canyon (5.8 km/3.6 mi; 2h30)
• [moderado] Mosaic Canyon (6.4 km/4 mi; 2h30 a 3h): mais um canyon no Death Valley
• [moderado] Willow Canyon (6.8 km/4.2 mi; 2h30): um trilho que, em certas alturas do ano, dá acesso a uma cascata
• [moderado] Sidewinder Canyon (8.4 km/5 mi; 6h)
• [moderado] Fall Canyon (9.7 km/6 mi; 3h30)
• [difícil] Telescope Peak (22.5km/14 mi; 7horas): o ponto mais alto do parque, ao qual é possível subir
• [difícil] Jubilee Mountain (3.5 km/2.2 mi; 3h): vistas panorâmicas sobre o parque, incluindo de Badwater Basin

Face às características de um local como o Death Valley, há alguns pontos que importa ter em consideração, especialmente nos meses mais quentes, em que o sol é demasiado intenso e as temperaturas excessivamente elevadas:

• Proteger do sol com chapéu, óculos de sol, roupa clara e protetor solar.
• Garantir a hidratação necessária ao longo de todo o dia (acima daquela a que estamos habituados).
• Evitar fazer trilhos nos meses mais quentes e substituir esses pontos de interesse por outros que exijam menor esforço físico.
• Avisar alguém que vão visitar o parque e onde vão, especialmente se forem percorrer trilhos.
• Garantir que têm combustível para todo o percurso que planeiam fazer. No interior do parque, apenas podem abastecer em Stovepipe Wells e Furnace Creek. Não há rede móvel na maior parte do parque, pelo que ficar sem gasolina no meio do nada, estando incontactável e com temperaturas elevadíssimas, seria um autêntico pesadelo.
• Planear a visita tendo em consideração as horas do nascer e do pôr do sol (especialmente nos meses de inverno, para otimizar o itinerário) para evitar estar totalmente às escuras no parque.

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