A região do Algarve é famosa para a maioria dos portugueses e é até o destino preferido de muitos na época de verão. No entanto, o Algarve tem bem mais para conhecer para além das suas praias magníficas. E é isso mesmo que vos vou mostrar neste roteiro de 8 dias no Algarve.
O Algarve é uma região enorme e diversa, onde poderemos encontrar desde algumas das praias mais bonitas em Portugal, cidades, vilas e aldeias muito simpáticas, cascatas saídas de um filme ou ainda um dos trilhos mais bonitos de Portugal – Trilho dos Sete Vales Suspensos.
Desta forma, quando parti à aventura para o Algarve quis exatamente explorar toda esta diversidade que a região tem para nos oferecer. Não fiquei sempre hospedada no mesmo local, não fui apenas fazer praia e procurei também conhecer várias praias 😊
Eu, que apenas conhecia o Algarve no regime de praia no verão, confesso que adorei conhecer esta sua outra faceta! Por esse motivo, venho partilhar convosco o roteiro completo de 8 dias na região do Algarve com algumas ideias do que visitar desde Sagres até Vila Real de Santo António.
Qual a melhor altura do ano para visitar o Algarve?
Esta visita ocorreu em maio, sendo de facto uma excelente altura para explorar esta região. Para além das temperaturas mais amenas (mas que muitas vezes até já permitem fazer praia, como foi o caso), conseguimos fugir às enchentes de turistas no verão. Adicionalmente, a carteira também agradece: os alojamentos são bem mais em conta e os restaurantes também.
Assim, e apesar de qualquer altura do ano ser boa para percorrer este roteiro pelo Algarve devido às temperaturas amenas da região, os meses de maio a outubro são aqueles onde irão encontrar mais calor!
💡 DICA EXTRA: Se pretendem também explorar a zona da Costa Vicentina, tenho um guia rápido sobre as suas praias (algumas delas fazem também parte do Algarve).
Quantos dias são necessários para visitar o Algarve?
No meu caso, este roteiro de 8 dias pelo Algarve conta com a viagem de ida e regresso ao Porto, pelo que se viajarem de mais perto, poderão ainda ter tempo para acrescentar um ou dois pontos no roteiro, ou até, quem sabe, para mais um mergulho 😉
Para poderem visitar o Algarve como ele merece, recomendo no mínimo 7 dias na região.
💡 DICA EXTRA: Para quem vem do Norte do país e não quer fazer a viagem toda seguida, dois lugares excelentes para parar para uma refeição são Ourique e Castro Verde. Nada melhor do que uma paragem em terras alentejanas para reabastecer energias para uma semana em grande! Em Ourique recomendo bastante a Adega do Monte Velho e em Castro Verde o restaurante De Castro.
Como chegar ao Algarve?
A região do Algarve é servida pelo aeroporto de Faro, com ligações diretas com algumas das principais cidades europeias, tais como:
- Portugal (Porto, Lisboa)
- Reino Unido (Londres, Glasgow, Birmingham, Bristol, …)
- França (Paris, Bordéus, Nantes, Toulose, …)
- Espanha (Bilbau, Madrid, Valencia, Barcelona)
- Alemanha (Berlim, Colónia, Frankfurt, Nuremberga, …)
- Itália (Milão)
- Suíça (Genebra, Basileia, Zurique)
Qual a melhor forma de visitar o Algarve?
Tudo depende do que pretendem conhecer no Algarve. Se vão optar por apenas visitar uma parte da região, provavelmente só necessitam de garantir o transporte entre o aeroporto de Faro e o vosso alojamento.
No entanto, e assumindo que vão conhecer mais da região, a melhor forma de viajar entre as várias localidades é com carro, já que os transportes públicos nem sempre chegam a todo o lado e têm frequência mais limitada.
Alojamentos no Algarve
A região do Algarve é extensa e se pretendem visitar muitos dos pontos deste roteiro, o ideal seria optar por ir alternando entre alojamento. No meu caso, optei por pernoitar em Silves nos primeiros quatro dias, já que é um bom ponto de partida para explorar muitos dos pontos de interesse do Barlavento Algarvio.
Nas restantes noites, acabei por ir mudando de alojamento em direção a Espanha. Deixo-vos, então, as minhas recomendações de alojamentos:
- [Silves] Mosaiko Suites: localizado no centro histórico de Silves, é um edifício antigo completamente renovado. Os apartamentos são espaçosos e estão bem decorados e a tarifa base inclui um pequeno-almoço bem servido no restaurante anexo aos apartamentos.
- [Loulé] Loulé Jardim Hotel: localizado a poucos minutos a pé do centro histórico, é um hotel antigo, mas recentemente renovado. É um hotel bastante simples e sem grandes luxos, mas confortável para passar uma noite ou duas
- [Tavira] Country House Tavira Monte: distante do centro histórico de Tavira, mas equipado com piscina e quartos bem confortáveis. Uma boa relação qualidade preço.
- [Monte Gordo] The Prime Energize Monte Gordo: um hotel extremamente moderno, com quartos simples e espaçosos. O hotel conta ainda com uma piscina rooftop com um bar agradável. De destacar ainda o pequeno-almoço com opções de buffet e ainda de pratos quentes cozinhados na hora.
No entanto, aproveito também para vos deixar outras sugestões de alojamento que estiveram na minha lista de favoritos, mas que acabaram por não ser a minha escolha final:
- Lagos: Uma Casa a Beira Sol | Safari Beach GuestHouse | Suites Inn Lagos | Apartamentos Marvela | Carvi Beach Hotel | Tivoli Lagos
- Lagoa: Lagoa Hotel
- Carvoeiro: Quinta das Andorinhas | Carvoeiro Hotel | Placid Village | O Quintal Guesthouse | Castelo Guest House
- Loulé: Casa Beny 1897 Guesthouse | aleixomor’Aqui
- Vila Real de Santo António: Pousada Vila Real de Santo António
💼 SEGURO DE VIAGEM: Os imprevistos acontecem em qualquer parte do mundo e, por isso, recomendo comprar sempre seguro de viagem. Uso frequentemente a Heymondo que apresenta das coberturas mais altas no mercado e com preços imbatíveis. Para além da cobertura de despesas médicas, o seguro da Heymondo inclui ainda cobertura em caso de perda ou roubo de bagagem, equipamentos eletrónicos, entre outros. Além disso, têm um serviço de atendimento permanente em português através da sua App. Por serem leitores do blogue, têm 5% de desconto na compra dos seguros Heymondo. A compra deve ser feita através deste link, sendo que o preço que aparece no site já inclui o desconto.
Atividades & tours no Algarve
Versão Resumo do Roteiro de 8 dias pelo Algarve
- Dia 1: Porto – Monchique – Silves
- Dia 2: Silves – Sagres – Lagos – Silves
- Dia 3: Silves – Lagos – Alvor – Silves
- Dia 4: Silves – Lagoa – Carvoeiro – Ferragudo – Silves
- Dia 5: Silves – Alte – Loulé
- Dia 6: Loulé – Estoi – Faro – Olhão – Tavira
- Dia 7: Tavira – Pego do Inferno – Cacela Velha – Monte Gordo
- Dia 8: Monte Gordo – Vila Real Santo António – Castro Marim – Alcoutim – Porto
Roteiro Algarve de 8 Dias
Roteiro Algarve – Dia 1: Porto – Monchique – Silves
» Monchique
Devido à longa viagem, o primeiro dia foi mais curtinho, mas mesmo assim deu para explorar um pouco da Serra de Monchique.
Começámos o roteiro nas Ruínas do Convento de Nossa Senhora do Desterro. Fundado no século XVII, este convento pertencia aos frades da Terceira Ordem Regular de São Francisco. Infelizmente, apesar de algumas tentativas de reabilitação, atualmente o Convento encontra-se em ruínas num estado bastante avançado.
Não recomendo a visita, pois acredito que as instalações poderão não ser seguras. No entanto, vale sempre a pena subir até junto à zona das ruínas, uma vez que daqui temos das melhores vistas sobre Monchique.
O passeio seguiu-se até à adorável Vila de Monchique. Não há uma extensa lista de pontos de interesse a visitar na vila, por isso a minha sugestão é que se deixem perder nas várias ruas e ruelas.
Depois da visita à vila, chega a hora de subir um pouco até ao Miradouro de Fóia. Fóia é o ponto mais elevado da Serra de Monchique (e também do Algarve) a cerca de 900 metros de altitude.
Em dias com boa visibilidade, a vista é soberba e conseguimos até avistar o mar ao fundo. No entanto, apesar de na vila estar um sol estupendo, quando chegámos ao miradouro estava imenso nevoeiro e não era possível ver o mar. Um pouco mais abaixo na estrada, parámos num miradouro com vistas semelhantes.
💡 DICA EXTRA: Monchique tem também várias cascatas: Cascata do Penedo do Buraco, Cascata Chilrão e Cascata Barbelote. No entanto, no verão a água é escassa, pelo que é preferível deixar a visita a estas cascatas para períodos do ano mais húmidos. Além disso, os caminhos para aceder às cascatas de carro não são nada simpáticos (i.e. estradas em más condições). Desta forma, e se gostarem de trilhos, a melhor opção para conhecer estas 3 cascatas é percorrer o Trilho das Cascatas de Monchique (PR5, 17 km ida e volta).
Por fim, sugiro um final de dia mais relaxante nas Caldas de Monchique. As Termas de Monchique são o único complexo termal no Algarve e as propriedades destas águas são exploradas já desde o Império Romano. Podem planear melhor a vossa visita aqui.
Roteiro Algarve – Dia 2: Silves – Sagres – Lagos – Silves
» Silves
O segundo dia do Roteiro pelo Algarve começou em Silves, onde estávamos hospedados. Silves é uma cidade com uma histórica gigantesca e foi até a capital do Algarve durante muito tempo.
A cidade de Silves foi dos meus locais preferidos no Algarve. Apesar de o centro histórico ser pequeno, tem ainda alguns locais bastante interessantes.
Silves chegou a estar sob o domínio muçulmano, tendo depois sido reconquistada por D. Sancho I. Assim sendo, a visita começou mesmo no Castelo de Silves, onde à entrada encontramos uma estátua em homenagem a D. Sancho I. O bilhete de adulto custa 2,8€ (3,9€ se optarem por também visitar o museu), estando o castelo muito bem conservado.
Mesmo ao lado do castelo, encontramos a Sé de Silves, que chegou mesmo a ser uma mesquita nos tempos da ocupação muçulmana.
O percurso continuou em direção à Praça Al-Mutamid, onde podemos ver alguns elementos que nos relembram do período em que Silves pertencia aos Mouros.
Aproveitámos ainda para passear junto às margens do Rio Arade, apreciar a Ponte Romana sobre o rio, para dar um saltinho ao Mercado Municipal ou ainda para ver o Arco da Rebola.
💡 DICA EXTRA: As melhores vistas sobre a cidade de Silves conseguem-se atravessando a ponte para o outro lado do rio Arade. De noite, então, são especialmente mágicas 😊
» Sagres
O roteiro deste dia pelo barlavento algarvio continua em direção a Sagres, o ponto mais ocidental do continente europeu.
Começámos com uma visita à Fortaleza de Sagres, um dos monumentos militares mais importantes no sul de Portugal e onde encontramos a Igreja Nossa Senhora da Graça.
O bilhete de entrada custa 3€ por adulto, sendo que nos domingos e feriados até às 14h a entrada é gratuita.
A visita a Sagres continuou com uma visita ao Forte Santo António de Belixe e, por fim, ao Cabo e Farol de São Vicente. A Fortaleza de Belixe não está, nem de longe, nem de perto, nas mesmas condições que a Fortaleza de Sagres, mas é interessante.
E, apesar de muito ventoso, é sempre possível tentar a nossa sorte em algumas das fantásticas praias de Sagres: praia do Belixe, Mareta, Martinhal ou praia do Tonel. Para amantes de surf ou kitesurf, certamente estas praias dispensam apresentação 😊
» Lagos
Após almoçar em Sagres um peixinho acabado de pescar, o dia continuou em direção a Lagos. É aqui que poderão encontrar algumas das praias mais bonitas do Algarve… mas já lá vamos 😉
Na minha opinião, Lagos é uma das cidades algarvias com um centro histórico mais interessante e, por isso, é perfeita para uma tarde bem passada.
Começámos com um passeio na frente ribeirinha, na Avenida dos Descobrimentos, onde podemos visitar o Mercado Municipal, o Castelo dos Governadores ou ainda o Forte da Ponta da Bandeira.
Aproveitámos ainda para parar na Praça Infante D. Henrique e para apreciar por fora a Igreja de Santa Maria de Lagos.
O passeio seguiu por entre as ruas e ruelas desta cidade algarvia. Lagos é uma cidade cheia de vida (e também de estrangeiros) e em cada canto existe uma lojinha ou um café/restaurante.
A melhor forma é mesmo saborear esta cidade a um ritmo mais lento. Pelo caminho, parámos ainda na Praça Gil Eanes (onde é possível contemplar a escultura de João Cutileiro) ou ainda na Igreja de Santo António.
Mas, Lagos é também conhecida pelas incríveis praias. O difícil vai ser escolher, mas estas valem mesmo a pena uma visita:
- Praia Dona Ana
- Praia da Batata
- Praia dos Estudantes (e a sua ponte romana)
- Praia do Pinhão
- Praia do Camilo
Com exceção da Praia do Pinhão, todas as praias têm estacionamento bastante perto. No entanto, o estacionamento é relativamente pequeno, pelo que época de maior afluência poderá ser difícil encontrar lugar.
Roteiro Algarve – Dia 3: Silves – Lagos – Alvor – Silves
» Lagos
Uma vez que Lagos tem tantas praias de deixar qualquer um de queixo caído, voltámos no dia seguinte para experimentar mais uma praia e para visitar também a Ponta da Piedade. A Ponta da Piedade é uma das imagens postal do Algarve e facilmente se percebe o motivo.
Trata-se de um acidente geográfico com formações rochosas resultantes da erosão do mar e do vento. Para além da cor indescritível da água do mar, a beleza deste sítio advém também das várias grutas e arcos naturais que ali existem.
Para visitar estas formações rochosas, podemos optar por uma das várias empresas presentes nas banquinhas da Avenida dos Descobrimentos em Lagos.
Existem visitas de barco e kayak disponíveis, pelo que apenas temos de escolher a que mais nos convém. Alternativamente, podemos também reservar um destes serviços online.
Nesta zona, é também possível percorrer os Passadiços da Ponta da Piedade, que distam 5 km (ida e volta). Aproveito para deixar algumas informações úteis sobre estes Passadiços:
- Início do Percurso: Farol da Ponta da Piedade
- Fim do Percurso: Praia do Canavial
- Percurso linear
- Distância: 5km (ida e volta)
- Dificuldade do percurso: fácil
» Alvor
Este dia é um dos mais relaxados neste roteiro pelo Algarve, mas também aquele em que visitámos algumas das melhores praias da região.
Assim sendo, aproveitámos a tarde para conhecer Alvor. O centro de Alvor faz lembrar uma versão miniatura de Albufeira, com ruas com restaurantes/bares porta sim, porta sim.
O segredo está em deixarmo-nos perder nas suas ruas. No entanto, alguns dos pontos de interesse da cidade incluem o Mercado Municipal, a Igreja de Misericórdia e a Ria de Alvor.
Uma das melhores formas para apreciar a Ria de Alvor é através dos Passadiços do Alvor que ligam a ria à Praia de Alvor (que também merece uma visita). Os passadiços têm início na Praia dos Três Irmãos e terminam na ria de Alvor, passando pela Praia de Alvor. O percurso conta com 6 km apenas num sentido, mas é perfeitamente possível percorrer apenas partes do percurso conforme o gosto de cada um.
E, por fim, uma visita a Alvor não fica completa sem uma paragem na Praia dos Três Irmãos. É também considerada uma das praias mais bonitas do Algarve e facilmente se percebe o motivo. Palavras para quê? 😊
Roteiro Algarve – Dia 4: Silves – Lagoa – Carvoeiro – Ferragudo – Silves
» Lagoa: Trilho dos Sete Vales Suspensos
Depois de um dia relaxado, chegava o dia com mais aventura, mas também aquele que mais me surpreenderia.
Saímos de Silves em direção à Praia da Marinha para iniciar o Trilho dos Sete Vales Suspensos – um dos trilhos mais incríveis no Algarve.
O percurso conta com quase 6 km (apenas numa direção) e passa em locais emblemáticos como a Praia da Marinha, Praia da Mesquita, Cabo Carvoeiro, Praia Vale de Centeanes e na famosa Gruta de Benagil.
Para ficarem a saber tudo o que precisam para percorrer este trilho, bem como visitar a Gruta de Benagil, sugiro lerem o meu artigo dedicado a este Trilho.
» Ferragudo
E depois de um trilho magnífico durante a manhã e início da tarde, seguiu-se uma visita a um local menos conhecido (agora não tanto) no Algarve – Ferragudo.
Pertencente ao concelho de Lagoa, a vila piscatória de Ferragudo parece saída de um conto de fadas. A vila ficou conhecida no Instagram pelas suas ruas floridas e casinhas coloridas que dão fotos bem fofinhas. Pode parecer cliché ou não, mas a verdade é que me deu imenso gosto passear naquelas ruas.
Ainda a não perder em Ferragudo, existe o Castelo de São João de Arade, mesmo junto à foz do rio Arade. Se o tempo estiver agradável, podem sempre aproveitar também para um mergulho na Praia da Angrinha.
» Carvoeiro
Quando achava que o dia não podia surpreender mais, eis que cheguei a Carvoeiro. Começámos por vislumbrar o sol a pôr-se atrás da Praia do Carvoeiro desde o Miradouro Nossa Senhora da Encarnação. Um dos melhores momentos do dia 😊
Seguimos em direção à Capela Nossa Senhora de Encarnação, onde se iniciam os Passadiços de Carvoeiro. Este percurso é bastante curto (cerca de 600 metros ida) e não é nada mais do que um passadiço de madeira junto ao mar. Após um dia mais cansativo e quente, a brisa quente de final de tarde soube pela vida!
No final do percurso está outra das atrações mais populares no Algarve (mas que confesso que não conhecia) – Algar Seco. O Algar Seco é mais uma formação rochosa onde existem umas piscinas naturais com uma água simplesmente invejável.
Mesmo ao lado, é possível também visitar a Gruta da Boneca, onde podemos assistir a um pôr do sol perfeito.
Roteiro Algarve – Dia 5: Silves – Alte – Loulé
» Alte
O roteiro pelo Algarve continua numa zona menos conhecida, ainda que esteja a tornar-se mais popular devido às redes sociais – a aldeia de Alte.
Esta aldeia tem ficado conhecida devido à Queda do Vigário – uma cascata com 24 metros de altura resultante da ribeira de Alte. A cascata forma uma piscina natural que, em dias de maior calor, é simplesmente irresistível.
Chegar à cascata é bastante simples e basta estacionar o carro junto ao cemitério de Alte. Daí é necessário percorrer um pequeno trilho (existe uma versão atalho) com cerca de 1 km – em menos de 15 minutos estávamos na cascata.
Existe ainda um espaço relvado adjacente à cascata para apanhar uns bons banhos de sol depois de um mergulhinho bem refrescante.
Visitar a Queda do Vigário foi uma excelente desculpa para dar uma voltinha pelo centro da aldeia de Alte. Como seria de esperar não há uma lista enorme de locais a visitar, mas estes são alguns dos principais: Igreja Matriz | Capela São Luís | Praia Fluvial Fonte Grande.
» Loulé
Este dia do roteiro terminou em Loulé, uma cidade já bem mais movimentada e com alguns pontos de interesse.
Iniciámos o percurso junto ao Parque Municipal, um espaço verdejante e agradável para passear um bocadinho. Mesmo à entrada, impossível não reparar na estátua em homenagem a Duarte Pachecho, estadista português do regime de Salazar e natural de Loulé.
Rumámos ao Mercado Municipal, sendo claramente uma das imagens mais características quando pensámos na cidade de Loulé.
Caminhando apenas uns metros, damos de caras com a Praça da República e com a Torre do Relógio. Um pouco mais adiante, encontramos a Ermida de Nossa Senhora da Conceição, com o seu interior revestido a azulejos.
Segue-se o Castelo de Loulé que remonta aos tempos da ocupação árabe em Portugal. A não perder ainda, temos o Largo Dom Pedro I, a Fonte das Bicas Velhas onde vi vários locais a abastecerem-se de água ou o Arco do Pinto.
Não deixámos ainda de visitar o Jardim dos Amuados (onde encontrámos uma das melhores vistas para o Santuário Nossa Senhora da Piedade), a Igreja de São Clemente ou a Ermida Nossa Senhora do Pilar.
O dia terminou com uma visita à Cascata da Ribeira do Cadoiço. O acesso não podia ser mais fácil, mas talvez por isso, a água estava imprópria para banhos devido ao lixo acumulado. Mesmo assim, e se nos abstrairmos disso, o local é bonito para pelo menos fotografar.
Roteiro Algarve – Dia 6: Loulé – Estoi – Faro – Olhão – Tavira
» Estoi
Antes de planear esta viagem, nunca tinha ouvido sequer falar de Estoi. Mas se visitarem Faro, vale bem a pena este pequeno desvio.
Estoi pouco tem para visitar, mas o pouco que tem é mais do que suficiente. Em primeiro lugar, existe o Palácio de Estoi de estilo Rococó, que contém também uns bonitos jardins.
Além disso, é possível também visitar as ruínas romanas de Milreu, onde é possível ver uma antiga vila romana descoberta aquando de umas escavações arqueológicas. O bilhete custa 2€ (2021) para adultos.
» Faro
Depois da viagem pelo tempo em Estoi, seguia a vez de visitar a capital algarvia. A maioria dos turistas começa o seu roteiro pelo Algarve aqui, mas provavelmente não aproveita para visitar a cidade de Faro.
No entanto, Faro merece uma visita e foi até das cidades que mais positivamente me surpreendeu nesta viagem.
Depois de um passeio junto à Doca de Faro, entrámos no centro histórico pela Porta Nova. Começámos por visitar a Sé de Faro, de onde se seguiram as antigas Muralhas da cidade e mais dois Arcos (o arco da Vila e o Arco do Repouso).
Fomos parando aqui e ali para fotografias a casinhas engraçadas e a ruas floridas que íamos encontrando.
Outros lugares de paragem obrigatória em Faro incluem o Convento de Santo António dos Capuchos, a Igreja do Carmo e ainda a Igreja de São Pedro.
💡 DICA EXTRA: Se estiverem de carro, um dos melhores locais para deixar o carro é no Largo de São Francisco, com bastantes lugares e é gratuito.
Em Faro podem também aproveitar para visitar a Ilha Deserta, apenas acessível de barco. Tentámos ir, mas, infelizmente, estávamos com menos tempo do que o necessário e os preços não eram nada convidativos.
Existem várias empresas que oferecem o serviço (junto à Doca de Faro) mas podem também explorar os vários passeios de barco disponíveis na Ria Formosa aqui.
» Olhão
Por fim, rumávamos a Olhão, cidade conhecida pela sua riqueza no que diz respeito a peixe e também marisco. A imagem de marca desta cidade é mesmo o seu mercado e também facilmente se percebe o porquê. Para além da sua arquitetura que se destaca, aqui encontramos o peixe mais fresquinho, frutas, legumes e ainda alguns cafés. O mercado está aberto todos os dias das 7h às 13h, exceto ao domingo.
As ruas de Olhão são também outro ponto que não pode escapar num roteiro pela cidade. Assim, e juntando o útil ao agradável, aproveitámos para percorrer o Caminho das Lendas Olhão. Este caminho liga cinco dos principais largos do centro histórico de Olhão e é uma excelente forma de ficar a conhecer um bocadinho da história da cidade.
Por fim, Olhão rima com Parque Natural da Ria Formosa, uma das 7 Maravilhas Naturais de Portugal. Os bilhetes para os ferries até às várias ilhas compram-se junto ao passeio da marginal e são bastante acessíveis.
No nosso caso, optámos por visitar a ilha da Armona e, mais especificamente, a Praia da Armona. O percurso de ferry durou cerca de 15 minutos e custou menos de 5€ (valor ida e volta por pessoa).
A viagem é bonita e bastante tranquila. Achei muito curioso ver alguns habitantes da ilha da Armona a voltarem a casa depois de uma ida às compras no centro de Olhão.
É também possível fazer excursões mais longas que param em diferentes pontos de interesse das várias ilhas. Apesar de não ter experimentado, é uma opção simpática para maximizar o tempo e conseguir visitar mais da bonita Ria Formosa. Numa próxima visita, penso que irei optar por esta modalidade para conhecer outras ilhas.
Roteiro Algarve – Dia 7: Tavira – Pego do Inferno – Cacela Velha – Monte Gordo
» Tavira
A cidade de Tavira tem um encanto próprio, diferente de todas as cidades e vilas do Algarve. Facilmente passamos um dia inteiro a explorar a cidade, mas é possível também condensar os principais pontos de interesse numa tarde ou manhã.
Uma visita a Tavira não fica completa sem passar a sua icónica Ponte Romana e tirar umas quantas fotos ao rio Gilão.
Além disso, devem subir ao Castelo para vistas panorâmicas da cidade e aproveitar para dar um saltinho à Igreja de Santiago.
É de incluir também no roteiro uma visita ao Mercado da Ribeira, Jardim do Coreto e Praça da República, onde podem aproveitar para saborear um gelado.
Podem consultar em maior detalhe o que visitar em Tavira aqui, incluindo alguma informação útil sobre as praias de Tavira pertencentes à Ria Formosa.
» Cascata Pego do Inferno
Seguiu-se uma visita a mais uma cascata – Cascata do Pego do Inferno. Apesar de uma piscina natural maior do que a Queda do Vigário, a cascata não é tão alta.
Para lá chegar, apenas temos de seguir as indicações no Google Maps e facilmente encontramos alguns lugares onde é possível estacionar.
A partir do estacionamento, é necessário percorrer cerca de 10 minutos a pé até chegar a uma das quedas de água mais bonitas da região algarvia. O caminho nem sempre está bem sinalizado, mas facilmente se chega ao local desejado.
No entanto, a cascata não conta com o apoio de qualquer infraestrutura e quase não há espaço para estender uma toalha ou sequer sentar.
» Cacela Velha
A aldeia de Cacela Velha oferece-nos uma das melhores vistas sobre a Ria Formosa e, por esse motivo, não faltou neste roteiro pelo Algarve.
Construída sobre uma arriba fóssil, as melhores vistas sobre a ria conseguem-se do Forte da aldeia. A verdade é que, para além da Igreja Matriz, pouco mais há para ver em Cacela Velha. Mas a verdade é que o que realmente importa aqui é a paisagem simplesmente apaixonante.
O acesso à praia faz-se através da localidade de Fábrica, onde existe um pequeno parque de estacionamento. Em momentos de maré baixa é possível caminhar até à praia. Nas restantes alturas, existem constantemente pequenos barcos a fazer o percurso de ida e volta para a praia (o preço é cerca de 1,5€ por pessoa).
Roteiro Algarve – Dia 8: Monte Gordo – Vila Real Santo António – Castro Marim – Alcoutim – Porto
» Vila Real de Santo António
O último dia desta viagem começou em Vila Real de Santo António, que me traz sempre ótimas recordações de quando era criança e voltava do Sul de Espanha no verão.
Na minha opinião, Vila Real de Santo António parece um Algarve diferente e mais organizadinho. Em boa verdade é fácil imaginar o motivo… Marquês de Pombal foi responsável por construir a cidade após o terramoto de 1755, à semelhança de Lisboa.
O centro histórico é pequeno, mas estes são alguns dos pontos que não podem faltar:
- Praça Marquês de Pombal
- Centro Cultural do Aleixo
- Igreja Matriz de Nossa Senhora da Encarnação
- Passeio junto às margens do Guadiana com vista para Espanha
» Castro Marim
O roteiro continuou em direção a Castro Marim, uma vila raiana que nos faz claramente perceber que o Algarve é mais do que as suas bonitas praias.
O ex-libris da vila é o seu Castelo, onde todos os verões, existe o Festival Medieval de Castro Marim. O preço de entrada por adulto é de apenas 1,1€. São claramente poucas as desculpas para não visitar um dos monumentos mais importantes de Castro Marim.
Do interior do Castelo, temos um dos melhores miradouros possíveis sobre a Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e ainda do Forte de São Sebastião.
Para o passeio ficar completo, passámos ainda pelo Antigo Mercado Municipal ou pela Igreja Matriz da Nossa Senhora dos Mártires.
» Alcoutim
Por fim, fechámos esta viagem pelo Algarve com chave de ouro e fomos até Alcoutim. Alcoutim recordou-me de um Alentejo que tanto adoro (mais concretamente Mértola). A imagem com que fiquei na cabeça é claramente de um casario branco do lado de lá da margem do rio (Sanlúcar de Guadiana em Espanha).
No entanto, para além destas paisagens que nos fazem querer ficar ali imóveis durante um bom pedaço de tempo, Alcoutim tem outros pontos de interesse:
- Castelo Medieval (2,5€ por adulto)
- Igreja de São Salvador
- Capela de Santo António
- Igreja da Misericórdia
- Ermida Nossa Senhora da Conceição
💡 DICA EXTRA: Alcoutim no verão não prega tréguas e o calor pode ser mais do que muito. Não pensem que lá por ser mais longe do mar não é possível um mergulho para refrescar a visita. A Praia Fluvial do Prego Fundo é uma excelente opção para arrefecer um pouco nos dias quentes de verão.
Restaurantes no Algarve
» Sagres
- A Sereia (€): restaurante muito simples e básico, anexo à lota de Sagres. Peixe mais fresco era impossível.
- Outros que não experimentei, mas me recomendaram: Retiro do Pescador
» Lagos
- A Barrigada (€€): restaurante tradicional de peixe em que a especialidade é mistas de peixe (um combinado de vários peixes grelhados)
- Casa do Prego (€€): restaurante especializado em pregos no pão e no prato para fugir aos sabores mais tradicionais
» Silves
- Marisqueira Rui (€€€): restaurante tradicional de marisco com serviço bastante simpático. Não aceitam reservas pelo que convém ir com alguma antecedência e cedo
» Loulé
- Pizzeria Casavostra (€€): espaço engraçado e espaçoso com comida italiana bem saborosa e a preços acessíveis. Serviço extremamente eficiente.
» Faro
- À do Pinto (€€): localizado em pleno centro de Faro, este restaurante familiar oferece comida tradicional algarvia a preços bastante acessíveis
» Tavira
- Ti Maria (€€): tapas com uma reviravolta algarvia. Recomendo a tempura de polvo, o folhado de queijo de cabra e espinafres e o pudim de figo.
- Casa do Polvo Tasquinha (€€€): localizado em Santa Luzia, aqui a especialidade é polvo. Ambiente agradável e acolhedor, é impossível sair de lá desiludido.
- Noélia & Jerónimo (€€€): pratos de peixe/marisco com uma qualidade e sabor incríveis. O restaurante é muito conhecido e galardoado pelo que reservar é um must.
- Outros que não experimentei, mas me recomendaram: Marisqueira Fialho
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