A Turquia é um país incrível e também muito diverso. É um destino com um pouco de tudo (praia, cidade, natureza), agradando à maioria dos viajantes. Dada a diversidade e dimensão do país, importa saber como planear uma viagem à Turquia para tirar mais partido da mesma.

Olhando para o mapa da Turquia, rapidamente podemos ficar assoberbados com o que visitar: as escolhas são muitas e, regra geral, o tempo disponível para uma viagem à Turquia não é assim tanto. Sabem qual a melhor altura para visitar cada região da Turquia? Sabem se os níveis de segurança são iguais em todo o país? Como se devem deslocar entre cidades? É barato viajar na Turquia?

São todas perguntas muito válidas e, ao longo deste artigo, tenho como principal objetivo responder a estas e muitas outras que certamente vos irão facilitar a vida no momento da organização da vossa viagem à Turquia. Continuem, então, a ler para descobrirem todas as dicas para visitar a Turquia.

A Turquia é gigante e tem 783 mil m². Assim, a não ser que tenham dias ilimitados para conhecer as principais atrações da Turquia, o mais provável é que se foquem em conhecer uma zona da Turquia e voltem mais tarde para conhecer outras regiões.

Quando visitei a Turquia, estive 12 dias no país e consegui fazer uma visita ainda diversificada, passando por alguns dos sítios mais conhecidos na Turquia, como a Capadócia, Istambul e a Riviera Turca. Em 12-15 dias já é possível passar por alguns dos locais mais icónicos no país. A maioria dos viajantes acaba por fazer um roteiro semelhante ao meu, mais focado na parte Ocidental da Turquia.

Uma viagem à Turquia pode ser aquilo que quiserem, dependendo de vários fatores como o tempo que têm disponível, altura do ano em que visitam, tipo de turismo que gostam de fazer, entre outros.

Se têm 10 a 15 dias para a vossa viagem à Turquia, sugiro que espreitem o meu roteiro detalhado da Turquia. Lá podem encontrar o itinerário que fiz em 12 dias, mas também outras sugestões para outras durações de viagem. Este itinerário da Turquia está mais focado nas zonas mais populares no país.

Quando se menciona a Turquia, provavelmente os dois primeiros sítios em que as pessoas pensam é Istambul e Capadócia. Sei que muitos turistas acabam por se focar nestes dois sítios por falta de tempo.

Contudo, se tiverem mais tempo disponível, a minha recomendação é que alarguem a vossa viagem à Turquia a outros sítios também bem interessantes. Estas são algumas das minhas recomendações:

• Éfeso
• Şirince
• Pamukkale e Hierápolis
• Fethiye
• Parque Nacional Saklikent
• Kaş

É impossível escrever sobre dicas para viajar para a Turquia e não mencionar a inflação que se tem registado nos últimos anos no país. A moeda turca é a lira turca (TRY) e esta tem sofrido níveis históricos de inflação.

Por um lado, isto pode ser uma boa notícia para os turistas com outras moedas, pois as outras moedas irão valorizar mais. Por outro lado, para acompanhar a inflação, a maioria dos locais na Turquia tem aumentado significativamente o preço.

Assim, uma das coisas que têm mesmo de saber antes de ir à Turquia é que os preços que virem online relativamente a um restaurante, atividade, etc., é provável terem aumentado bastante entretanto. Quando visitei, isto era especialmente notório nos restaurantes em que os menus online de há 3/4 meses já tinham preços mais altos.

A minha perceção antes de viajar para a Turquia é que o país era bastante barato. E, verdade seja dita, é barato quando comparado com a maioria dos países na Europa e com muitos países pelo mundo fora.

No entanto, com a inflação registada no país e subsequentes aumentos de preços, a Turquia tem vindo a encarecer. Por exemplo, na viagem que fiz em outubro de 2023, gastei, em média, por dia e por pessoa, 25€/noite em alojamento e 12,6€/refeição.

Os alojamentos, por exemplo, achei que a maioria tinha uma boa relação qualidade-preço. No entanto, nas refeições foi onde fiquei mais surpreendida com os preços. Alerto, claro, que estes preços de refeições são maioritariamente em restaurantes considerados com preço “normal”. É sempre possível encontrar opções mais em conta, tudo depende do estilo de viagem de cada um.

A verdade é que, após ver algum feedback online, ia com as expectativas que iria conseguir fazer quase sempre refeições por 5€-6€ e não se provou assim tão fácil cumprir esse orçamento.

Esperava ter alguma dificuldade em pagar com cartão, especialmente nas zonas menos citadinas. Contudo, fiquei agradavelmente surpreendida quando descobri que a maioria dos sítios aceita cartão como forma de pagamento. Por exemplo, mesmo nos parques de estacionamento na Capadócia em que o valor do parque não chegava a 1€ sequer, várias vezes aceitaram pagamento com cartão.

Para os pagamentos com cartão, utilizei sempre o cartão Revolut, que tem várias vantagens. Uma das maiores vantagens de utilizar um cartão Revolut nas viagens é o facto que este não cobra taxas por fazermos transações em diferentes moedas.

Se ainda não conhecem todas as vantagens de ter um cartão Revolut, podem descobrir mais aqui.

Ainda assim, recomendo levantar algum dinheiro e ter sempre liras turcas disponíveis, pois em alguns sítios podem mesmo só aceitar dinheiro. Dou também a nota que esta foi a realidade que encontrei na zona mais turística do país (e.g. Capadócia, Riviera Turca e Istambul), sendo que não tenho conhecimento como será em zonas mais remotas da Turquia.

As regras de entrada na Turquia dependem muito consoante o país de origem do visitante. Assim, recomendo fortemente que consultem as condições de entrada na Turquia no site oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Turquia. A maioria dos vistos podem ser obtidos online e têm a duração de 90 dias.

No meu caso, enquanto cidadã portuguesa, apenas precisei de um passaporte válido para entrar na Turquia (idealmente com 6 meses de validade a contar da data de chegada do país). Não tendo a necessidade de qualquer visto, podemos permanecer por um período máximo de 90 dias a cada 6 meses.

Apesar de não ter recorrido a esta opção, é também possível entrar no país apenas com o Cartão de Cidadão. Para mais informações sobre os requisitos de entrada de portugueses na Turquia, consultem o Portal das Comunidades Portuguesas.

Após pesquisar sobre a gastronomia turca, levava uma listinha (bastante grande!) de iguarias que queria provar na minha viagem à Turquia. A maioria dos viajantes elogiava muito a comida turca e, por esse motivo, estava com imensa curiosidade em experimentá-la.

E a verdade é que a comida turca não desiludiu nada. Fiz uma viagem de 12 dias pelo país e acho que foi a viagem que fiz até agora em que mais vezes seguidas fiz refeições com comida local, pois era extremamente saborosa, sem ser picante, por exemplo.

Gostei tanto da gastronomia turca que escrevi um artigo com 22 comidas e bebidas turcas que não podem perder! SPOILER ALERT: não percam a Pide (uma espécie de pizza, mas num formato diferente), Testi kebab (prato à base de carne, cozinhado num pote de barro), Lahmacun (uma espécie de pizza muito fina e mais condimentada) e Künefe (massa em fio com recheio de queijo) para sobremesa 🤤.

Este ponto não é mais um conselho, mas sim uma curiosidade que achei muito engraçada na minha visita à Turquia. O país está cheio de gatos! Diria que é um verdadeiro desafio passear um dia pela Turquia sem ver um gato. Encontramo-los na praia, nas estações de metro, dentro dos restaurantes, em hotéis, na rua e esta lista poderia continuar por aqui fora.

Se forem como eu, preparem-se para regressarem a casa com dezenas (se não centenas 😆) de fotografias de gatos. A maioria está muito habituada a pessoas e, por isso, não fogem quando nos aproximamos.

Nem sempre a Turquia é percecionada como um país seguro. Existiram já alguns atentados em Istambul ou Ancara, por exemplo. No entanto, relembro que, infelizmente, esta é uma realidade não muito distante de alguma das principais cidades europeias, como Londres ou Paris, que também têm sido alvo de vários ataques.

Apesar de tudo isso, senti-me segura ao viajar na Turquia. O local em que me senti menos confortável foi em İzmir e algumas partes de Istambul em que dei por mim em sítios com aspeto mais “duvidoso”. Contudo, acho que foi tudo uma questão mais de perspetiva do que outra coisa. Costuma-se dizer “primeiro estranha-se e depois estranha-se” e acho que foi claramente um desses casos.

Relembro que a minha viagem incidiu mais na zona “ocidental” do país, que é também onde se situam os locais mais visitados no país e, como tal, também com maior policiamento.

Contudo, as autoridades não recomendam tanto visitar as zonas localizadas junto à fronteira de países como Síria, Iraque ou Irão. De qualquer forma, relembro que não visitei esta zona do país, pelo que não posso falar com conhecimento próprio e apenas estou a referir alguns comentários que li online.

Em termos de assaltos e carteiristas, acho que o cuidado a ter é o habitual, especialmente nas cidades mais movimentadas, como Istambul. Esta é a cidade mais populosa da Turquia e rapidamente damos por nós em locais cheios de pessoas, pelo que todo o cuidado é pouco para evitar assaltos desnecessários.

Outro conselho para viajar na Turquia é ter em consideração a possibilidade de acontecer um sismo. É um dos países com maior probabilidade de sismos e basta pesquisar um pouco sobre o histórico da sismologia no país para perceber que este é um evento que acontece mais frequentemente do que esperávamos (pelo menos eu fiquei surpreendida!).

Dito isto, não deixem de visitar a Turquia. Estejam a par do que devem fazer em caso de sismo. Este conselho pode ser fundamental para uma viagem à Turquia e não só. Afinal, este conhecimento pode ser valioso em qualquer parte do mundo 😉.

Acho que quando se fala na Turquia, muitas pessoas pensam em calor e bom tempo. No entanto, não faz sempre calor no país. Aliás, a Turquia é um país enorme com uma vasta diversidade de condições meteorológicas, que oscilam entre si e também ao longo do ano.

Apesar de ser possível visitar a Turquia em qualquer altura do ano, a escolha da melhor altura para visitar a Turquia depende do tipo de viagem que pretendem. Por exemplo, se tiverem como objetivo fazer praia na costa sul da Turquia, sugiro vivamente que procurem os meses com temperaturas mais agradáveis. Ainda que seja possível fazer praia fora dos meses de verão (e.g. abril ou outubro), em alguns meses fica mesmo demasiado frio para aproveitar a praia.

Por outro lado, se pretendem visitar também a região da Capadócia ou mesmo até, Istambul, alerto que a queda de neve no inverno pode condicionar um pouco a visita.

Digo-vos, então, que os melhores meses para visitar a Turquia são provavelmente abril a outubro. Alerto apenas que nos meses de julho e agosto, pode até ser demasiado quente, especialmente nas regiões do sul (e.g. Antália), tornando-se um pouco desagradável visitar algumas partes do país nesta altura do ano.

A minha viagem à Turquia (e que deu origem a este artigo) aconteceu nas duas primeiras semanas de outubro, que considero ser uma altura ideal para visitar a Turquia. Só para terem uma ideia, consegui fazer praia na Riviera Turca, encontrei temperaturas amenas na Capadócia durante o dia (e noites frias) e temperaturas razoáveis em Istambul.

A Turquia tem imenso comércio local, com algumas coisas bem giras e até feitas por artesãos locais. Se gostam deste tipo de compras, então é melhor irem preparados para terem de controlar um pouco as compras que vão fazer. É bijuteria, candeeiros, tapetes, toalhas, joalharia, … E, muitas vezes, os preços são bem atrativos.

Um dos locais mais populares para compras é o Grande Bazar em Istambul. Este mercado coberto tem mais de 60 ruas e 4000 lojas. É um verdadeiro labirinto! Aliás, é um dos mercados cobertos maiores e mais antigos do mundo. Visitar o Grande Bazar de Istambul é estar disposto a perder-se a olhar para as milhentas montras.

No entanto, recomendo que negoceiem sempre os preços iniciais que vos indicarem nos mercados. Geralmente, os vendedores vão tentar puxar o preço para cima para turistas, mas é possível encontrar um preço intermédio que agrade a ambas as partes. Nota: não sejam demasiado exigentes no momento da negociação. Não se esqueçam que aquele é um negócio e, muitas vezes, a única forma de subsistência do vendedor.

Sei que pode parecer uma coisa estranha para saber sobre a Turquia, mas não é. A verdade é que alguns sites que usamos quase diariamente não funcionam na Turquia e alguns deles podem ter impacto numa viagem lá:

• Booking.com – este é, sem dúvida, o site que pode fazer mais falta numa viagem à Turquia, especialmente se forem do tipo de viajante que apenas marca os alojamentos na própria viagem. No entanto, podem marcar os alojamentos através do Booking desde que seja antes de estarem no país (foi exatamente isto que fiz).
• Paypal
• Wikipedia

Muitas das atrações na Turquia são pagas (e algumas são bem caras!). Dependendo dos sítios que pretendem visitar no país, pode fazer sentido comprar o Turkey Museum Pass.

Este cartão custa 4000 TRY (~118€) e pode ser adquirido no primeiro local que visitem na Turquia onde aceitam este cartão. Tem uma validade de 15 dias após a primeira utilização. O Museum Pass Türkiye inclui entrada gratuita em alguns das melhores atrações turísticas da Turquia, tais como a Torre de Galata em Istambul ou o Göreme Open Air Museum na Capadócia, por exemplo.

No meu caso, confirmo que a compra deste cartão meu fez poupar uns quantos euros (nota: em outubro de 2023, o cartão era ligeiramente mais barato e custava 3500 TRY). No entanto, a questão se o Türkiye Museum Pass vale a pena depende muito do que pretendem visitar. Desta forma, sugiro que somem o valor de todas as entradas para saberem se compensa no vosso caso. No meu caso, acabei por poupar cerca de 50€.

💡 DICA EXTRA: Existem versões alternativas (e mais baratas!) deste cartão para sítios mais específicos (e.g. Capadócia, Istambul). Dependendo do roteiro que escolherem, pode fazer sentido, escolher outro dos passes disponíveis.

Outra das coisas a saber antes de visitar a Turquia é que vão ver de tudo um pouco na vossa viagem por lá: mulheres apenas com os olhos à mostra, mulheres de top e calções, por exemplo.

Enquanto mulher a viajar pela parte mais ocidental da Turquia (i.e. Riviera Turca, Istambul e Capadócia), senti-me bastante confortável com as roupas que levei. Como estava calor, usei imensas vezes calções/saias e t-shirts/tops. No entanto, nem todas as zonas da Turquia são iguais. Há umas zonas mais conservadoras do que outras (e.g. Konya) e, como tal, acho sempre preferível tentarem adaptar a roupa à zona em que se encontram para evitar olhares indesejados.

Por exemplo, no meu caso, de todos os sítios que visitei na Turquia, foi em Istambul que encontrei mulheres vestidas de forma mais conservadora. No entanto, como a cidade é bastante turística, vê-se de tudo um pouco e acho que os turcos já estão habituados a isso. De qualquer forma, acho importante irmo-nos adaptando a cada situação! Até porque é provavelmente em Istambul que devem visitar mais mesquitas e, por isso, mais vale ir, desde logo, com uma roupa mais apropriada.

Sendo a Turquia um país maioritariamente muçulmano, irão encontrar várias mesquitas e, por isso, convém que os turistas saibam algumas das regras principais para entrar nas mesquitas:

• As mulheres devem entrar com a cabeça, pernas e ombros tapados. Sugiro andarem sempre com algum lenço para o cabelo. Em algumas das mesquitas, emprestam lenços.
• Os homens também devem entrar com os ombros e pernas cobertos.
• É possível entrar nos pátios interiores das mesquitas calçado, mas devem descalçar-se antes de entrar no interior da mesquita. Se planearem levar sandálias, recomendo andar com um par de meias e calçá-las quando entram na mesquita.
• Algumas das mesquitas têm um espaço próprio para guardar o calçado, caso contrário podem deixar os sapatos junto do restante calçado à entrada.

Adicionalmente, devo também avisar que apenas é possível visitar a maioria das mesquitas fora do horário de oração, pelo que sugiro que consultem esses horários antes da vossa visita.

Se têm poucos dias para visitar a Turquia, então recomendo que aluguem carro ou que viajem de avião entre as principais localizações, já que existem vários aeroportos pelo país.

No meu caso, comecei a minha road trip pela Turquia em Izmir e terminei em Istambul e utilizei carro entre Izmir e a Capadócia e depois voei para Istambul. Os voos são, muitas vezes, relativamente baratos e, por isso, são uma excelente opção. Por exemplo, o meu voo entre a Capadócia e Istambul custou apenas 28€ pela Turkish Airlines.

Sem dúvida que ter um carro vos permite ter maior liberdade a definir o vosso roteiro pela Turquia, dando também a possibilidade de visitar sítios mais fora da caixa. Além disso, a maioria das estradas na Turquia encontra-se em excelentes condições, sendo muito fácil conduzir.

De qualquer forma, existe também a opção de utilizar comboios e autocarros (alguns noturnos) para viajar pelo país. Esta é uma opção mais em conta, mas mais demorada e desconfortável. Sugiro usarem o Rome2Rio para descobrir mais sobre qual a melhor forma de chegar a determinado local na Turquia.

Os turcos são bastante atrevidos a conduzir e muito incumpridores das regras de trânsito. Além disso, o trânsito pode ser caótico nas cidades maiores, especialmente em Istambul. No entanto, não vejo qualquer necessidade de conduzir nesta cidade.

Já fora das cidades é relativamente simples e até agradável (e.g. estradas na costa na Riviera Turca) conduzir. As estradas estão em boas condições e têm boa sinalização. Por isso, mesmo que não sejam os condutores mais experientes, desde que fujam das grandes cidades, conduzir na Turquia será uma experiência tranquila.

A refeição do pequeno-almoço é uma das mais apreciadas pelos turcos e, aliás, o pequeno-almoço turco (conhecido como kahvalti) é toda uma experiência.

Um típico kahvalti inclui vários alimentos, mas os mais popularmente incluídos são azeitonas, molhos, ovos, tomate, pão, compotas, mel, carne curada, pepino e queijo. Geralmente, o kahvalti é acompanhado por chá turco.

Istambul é uma cidade enorme! É possível passar lá dias a fio sem nos aborrecermos. Afinal, é uma cidade com milhares de anos de história e uma das mais ricas em termos históricos no mundo. Enquanto a maioria dos viajantes dedica um a dois dias a visitar a cidade mais conhecida na Turquia, sugiro dedicarem-lhe um pouco mais de tempo.

É uma cidade cheia de vida e que, para além de todos os lugares incríveis que tem para visitar, merece um passeio sem grande destino em mente, a explorar as suas ruas.

Além disso, dada a dimensão de Istambul, muitas vezes, o transporte entre um sítio e outro pode demorar um pouco de tempo. Reservem sempre algum tempo para as deslocações!

💡 DICA EXTRA: Descubram o que visitar em Istambul e várias dicas para planear uma vista a esta cidade no meu roteiro de 3 dias em Istambul.

Istambul tem tanto de bonito como de caótico. E, por isso mesmo, alugar carro em Istambul seria uma tolice. Existe muito trânsito em Istambul, o que dificulta, por vezes, uma viagem entre o ponto A e B na cidade.

Assim, sempre que tiverem oportunidade, sugiro caminhar pela cidade ou usar os transportes públicos, especialmente o metro, já que os autocarros também se atrasam muito devido ao trânsito.

Para usar os transportes públicos em Istambul, podem comprar o İstanbulkart – um cartão recarregável com dinheiro para irem usando nos transportes da cidade. As viagens são bastante baratas e os carregamentos têm de ser feitos em dinheiro.

A Capadócia ganhou uma popularidade enorme nos últimos anos, muito devido aos passeios de balão de ar quente que tanto se vê nas redes sociais. É verdade que esta é uma experiência memorável? É sim! E podem ler aqui tudo sobre como é a experiência de andar de balão quente na Capadócia.

No entanto, há muito mais para visitar na região. Para além de inacreditáveis miradouros sobre as formações rochosas tão especiais, há vários trilhos para conhecer os vales da região, cidades subterrâneas escondidas, aulas de cerâmica, e muito mais.

A minha recomendação é que reservem, pelo menos, 2 dias no vosso itinerário pela Turquia para visitar a Capadócia. A região tem mesmo muito para oferecer e este é o mínimo de tempo recomendado para quem visita pela primeira vez. Sugiro a leitura do meu artigo com um roteiro completo de 2 dias na Capadócia.

Dada a longa distância da Capadócia aos locais mais visitados na Turquia (como Istambul, por exemplo), é impossível visitar a Capadócia num dia (incluindo a viagem de ida e volta).

Mesmo que estejam a pensar partir de uma das cidades localizadas mais perto (e.g. Konya), ir e voltar no mesmo dia não faz muito sentido, pois só vos iria permitir estar umas horas na Capadócia. Isto seria totalmente injusto dado que a região tem tanto para oferecer.

Além disso, isso iria também significar que perdiam um dos melhores espetáculos da Capadócia – o espetáculo das centenas de balões de ar quente no céu ao nascer do sol.

Dada a popularidade dos passeios de balão de ar quente na Capadócia, uma das melhores recomendações que posso dar é marcarem o passeio mal tenham a certeza que vão visitar a Capadócia.

Apesar de serem centenas de balões no ar todos os dias, existe um número limitado de balões no ar e, especialmente na época alta, esta atividade pode muito concorrida. Por exemplo, eu reservei com a Royal Balloon, que é uma das melhores empresas de passeios de balão de ar quente na Capadócia.

💡 DICA EXTRA: Se gostavam de saber mais sobre os balões de ar quente na Capadócia, sugiro que leiam tudo sobre a minha experiência a andar de balão de ar quente.

Para garantir a maior segurança possível, os balões apenas levantam perante autorização da Autoridade Civil de Aviação da Turquia. Assim, caso as condições meteorológicas não sejam favoráveis, os balões não saem. Isto é uma das coisas mais importantes para saber antes de visitar a Capadócia para evitar desilusões e saber gerir expectativas.

Este é um fator totalmente imprevisível. No entanto, a boa notícia é que existem cerca de 260 dias por ano em que os balões estão autorizados a voar 🥰.

A Capadócia é um dos lugares mais visitados na Turquia e consta na bucket list de muitas pessoas. Assim, não é surpresa que a Capadócia se tenha aproveitado e seja, atualmente, um local muito direcionado para os turistas.

Ainda que exista uma época baixa e outra alta, é difícil encontrar esta região turca sem turistas. A parte boa é que basta saírem dos locais mais populares (e.g. fazendo algum dos trilhos nos vales) e irão encontrar poucas pessoas, já que a maioria dos turistas tende a ficar pelos lugares de mais fácil acesso.

Há muitas pessoas que viajam até à zona costeira no sul da Turquia (conhecida habitualmente como Riviera Turca) em busca de sol, temperaturas quentes e praia. E este é, sem dúvida, um destino excelente para fazer praia na Turquia!

No entanto, tentem não se limitar a visitar apenas esta parte da Turquia e, especialmente, a ficarem apenas num resort junto à praia durante uns dias. Há muito mais para conhecer no país e, mesmo que não saiam da Riviera Turca, há uns quantos locais na região que valem a pena. Sugiro, por exemplo, dar um saltinho a estes locais:

• Éfeso
• Parque Nacional Saklikent
• Aldeia abandonada de Kayaköy
• Centro histórico de Kaş
• Aspendos

Além disso, muitos destes resorts tentam “ocidentalizar” a experiência para os turistas. Assim, aquilo que as pessoas vivem no resort poderá não corresponder à realidade que se vive no resto do país.

O chá turco é uma das bebidas mais populares na Turquia. O chá tem um papel importantíssimo na cultura turca e uma das partes mais giras deste chá é o copo em que este é servido – uma espécie de copo em formato de tulipa. Quase todos os dias irão ver um turco a beber o seu chá!

E, se vos oferecem chá, não recusem já que pode parecer indelicado se o fizerem.

Infelizmente, os scams na Turquia são mais do que muitos, especialmente em Istambul. Um dos mais populares envolve deixarem cair algo no chão, o turista apanha e depois a pessoa que deixou cair o objeto tenta vender algo.

Este é apenas um exemplo de muitos! Recomendo que antes de visitarem o país, leiam mais sobre possíveis scams na Turquia, para irem preparados 😉.

É muito comum encontrarem-se casas de banho na Turquia em que a sanita é apenas um “buraco no chão”. No entanto, a grande parte dos alojamentos tem uma sanita igual às que estamos habituados na Europa.

Embora não seja a solução ideal (especialmente para quem não está habituado), não é o fim do mundo e, muitas vezes, até existe uma sanita “versão europeia” no WC ao lado 😄.

A Turquia tem uma história muito rica e diversificada. E basta passarem um a dois dias no país para se questionarem quem é o homem que se vê frequentemente em estátuas, bandeiras, etc. O mais provável é que seja Mustafa Ataturk.

Este homem é um dos símbolos mais importantes da Turquia. É o fundador da República da Turquia e o primeiro presidente do país após a queda do Império Otomano. Acho que não houve um dia em que não visse a cara de Mustafa Ataturk estampada num tecido ou numa estátua.

Espero que estes conselhos para viajar até à Turquia sejam muito úteis 😄. Para completarem a leitura e preparem melhor a viagem, relembro os artigos disponíveis sobre a Turquia no blog:

• Roteiro da Turquia – O que visitar em 12 dias
• O que visitar na Capadócia em 2 dias: itinerário para uma primeira visita
• Passeio de balão na Capadócia: vale a pena? A minha experiência!
• 20 coisas que devem saber antes de visitar a Capadócia
• O que fazer em Istambul em 3 dias – roteiro para uma primeira visita (mapa incluído)
• 22 comidas/bebidas da gastronomia turca que vale a pena provar

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