Já tive oportunidade de visitar Helsínquia por duas vezes. As visitas aconteceram em momentos diferentes do ano e, por isso, foram experiências completamente distintas. E, deste modo, tenho muitas dicas para vos ajudar a planear a vossa viagem à capital finlandesa.

Ao longo deste artigo, poderão encontrar dicas sobre qual a melhor altura do ano para visitar Helsínquia, quantos dias são necessários para visitar a cidade, sugestões de alojamentos, quais os principais pontos de interesse e muito mais.

Nota: as fotos que irão ver ao longo do artigo foram tiradas nas minhas duas viagens a Helsínquia (uma em junho e outra em dezembro)!

Como seria de esperar, Helsínquia é conhecida pelos seus invernos muito rigorosos e com neve e verões com temperaturas não muito quentes. Sem dúvida que, por forma a aproveitar melhor a cidade, sugiro visitar a cidade nos meses mais quentes – junho a setembro.

Nos meses de inverno, para além das temperaturas bastante baixas, os dias são muito curtos, tendendo a reduzir o número de sítios que visitamos por dia. No entanto, em dezembro existe um mercadinho de Natal na cidade, o que pode justificar a visita a Helsínquia nesta altura do ano.

📝 INFORMAÇÃO ÚTIL: Visitei Helsínquia em duas alturas do ano distintas e a experiência foi muito díspar. Em junho, a cidade estava cheia de vida, enquanto que em dezembro as ruas estavam muito mais vazias. Apesar da magia da neve, não vou negar que no inverno esta visita pode ser mais desconfortável devido às baixas temperaturas. No entanto, nada como usar as roupas e calçado adequados para sobreviver ao frio. Saibam mais aqui.

Apesar de ser uma capital europeia, Helsínquia é uma cidade de dimensão reduzida. Nos dias mais longos do ano (i.e. com mais luz solar), é perfeitamente possível visitar os principais pontos de interesse de Helsínquia em apenas um dia.

No entanto, para assegurar um roteiro mais tranquilo, sugiro que dediquem dois dias a explorar Helsínquia.

Helsínquia tem um aeroporto – Helsínquia Vantaa que tem ligações diretas com várias cidades na Europa, tais como:

• Reino Unido (Londres, Manchester, Edimburgo)
• Itália (Milão, Roma, Veneza, Bolonha, …)
• França (Paris, Nice)
• Alemanha (Frankfurt, Berlim, Munique, …)
• Espanha (Barcelona, Málaga, Madrid, …)
• Holanda (Amesterdão)

No caso de Portugal, atualmente apenas existem voos diretos para Helsínquia desde Lisboa ou Funchal.

📝 INFORMAÇÃO ÚTIL: Quando voei para Helsínquia, comprei viagens independentes entre Porto e Milão e depois de Milão para Helsínquia.

Outra opção bastante comum para chegar a Helsínquia é através de ferry desde Tallinn, na Estónia. Aliás, foi desta forma que visitei Helsínquia numa day trip na primeira visita à cidade. No ponto seguinte deste artigo, podem encontrar mais detalhes sobre esta opção.

A viagem de ferry entre Helsínquia e Tallinn dura cerca de 2 horas, é muito cómoda e relativamente em conta (no meu caso a viagem de ida custou 29€ e a de regresso 19€). Os barcos são enormes, com muitos serviços disponíveis no interior (restaurantes/cafés, lojas…). Existem 3 empresas que oferecem este serviço: 

• Tallink: oferece algumas viagens por dia em ambos os sentidos e as condições no interior do barco são espetaculares
• Eckeroline: também com bastantes opções de horário disponíveis, mas as condições do barco são inferiores
• Viking Line: não experimentei esta empresa, mas os preços são semelhantes às restantes

Na minha opinião, o fator diferenciador entre as companhias é mesmo os horários disponíveis. Por isso, sugiro escolherem aquela que mais vos convém em relação preço-horário.

💡 DICA EXTRA: Se optarem por visitar Helsínquia numa day trip desde Tallinn, recomendo tentarem partir no ferry mais cedo e regressarem no mais tardio. Por exemplo, parti de Tallinn às 7h30 e regressei às 21h40, o que me permitiu aproveitar todo o dia em Helsínquia.

Existem duas hipóteses para chegar ao centro de Helsínquia (sem ser de carro ou táxi!) e são ambas bastantes simples.

• Autocarro nº 600: viagem dura cerca de 40 minutos e os bilhetes podem ser comprados online ou diretamente na App da HSL
• Comboio: viagem demora cerca de 30 minutos e também pode ser comprada online ou nas máquinas de venda disponíveis na estação

Dependendo do que vão visitar em Helsínquia e do quanto planeiam utilizar os transportes públicos da cidade, poderá fazer sentido adquirir o Helsinki Card. Este cartão existe em 3 versões (24h, 48h ou 72h) e dá acesso aos transportes públicos da cidade e alguns descontos nos pontos de interesse de Helsínquia.

Os preços os cartões são os seguintes:

• Versão 24 horas: 51€
• Versão 48 horas: 63€
• Versão 72 horas: 74€

💡 DICA EXTRA: Se quiserem comprar este cartão com alguma antecedência, mas quiserem estar seguros na eventualidade de algo acontecer, podem comprá-lo diretamente aqui com a opção de cancelamento gratuito.

Apenas conheço um hotel em Helsínquia – Hotel Finn. Apesar de as condições do hotel não serem extraordinárias, o hotel era bastante limpo, confortável e muito central. É uma excelente opção em termos de relação qualidade-preço para quem procurar ficar alojado no centro da cidade.

De qualquer forma, partilho convosco outras hipóteses para diferentes tipos de orçamento:

Para planearem melhor a vossa viagem a Helsínquia, deixo aqui uma versão mapa dos principais pontos de interesse na cidade.

Iniciamos o roteiro por Helsínquia numa das capelas mais sui generis que já visitei. Localizada na praça Narinkka, a capela Kamppi é também conhecida como a capela do silêncio. A capela é bastante pequena, com uma estrutura quase cónica e um design muito simplista.

Este espaço foi construído para promover momentos de silêncio numa das áreas mais movimentadas da cidade. Aqui perto, poderão também visitar o museu de arte Amos Arex.

💡 DICA EXTRA: A capela Kamppi está aberta de segunda a sexta-feira das 8h às 20h e sábado a domingo das 10h às 18h.

Seguimos em direção à Estação de Comboios de Helsínquia, que já foi considerada uma das estações de comboio mais bonitas do mundo. Não deixem de atentar também à torre do relógio que pertence à estação.

Outro dos pontos que merece ser visitado em Helsínquia é a igreja Temppeliaukion. Também conhecida como a Igreja da Pedra, esta igreja foi construída em 1969 diretamente em rocha sólida.

📝 INFORMAÇÃO ÚTIL: A visita custa 5€ e os bilhetes podem ser comprados diretamente na entrada. Podem consultar todas as informações aqui.

O Parque Sibelius é um dos principais parques da cidade e o seu nome é em homenagem a um compositor finlandês. Uma das principais atrações do parque é a escultura com uns tubos em metal, que supostamente representam a floresta.

💡 DICA EXTRA: Relativamente perto do Parque Sibelius, podem encontrar um dos cafés mais fofos de Helsínquia – café Regatta.

A Catedral de Helsínquia é provavelmente um dos pontos mais emblemáticos da cidade e obrigatório visitar em Helsínquia. A fachada branca faz ainda sobressair mais a bonita cor das suas cúpulas.

O seu interior é simples e cuidado, sendo a visita gratuita.

Inaugurado no início do século XIX, Esplanadi é um parque urbano da cidade de Helsínquia. É relativamente pequeno, pelo que se visita rapidamente.

Para chegarem à Catedral de Helsínquia já terão certamente de ter passado pela Praça do Senado. É um local mais turístico até porque é aqui que se encontram alguns dos edifícios mais importantes da cidade.

Para além da Catedral, podem ainda encontrar o Palácio do Governo ou ainda a Universidade de Helsínquia.

Tal como em muitas cidades do mundo, Helsínquia não é exceção e tem também aquela sendo apelidada Ponte do Amor – uma ponte onde casais apaixonados colocam os famosos cadeados como prova do seu amor.

A Catedral Uspenski é uma igreja ortodoxa e a maior igreja ortodoxa da Europa Ocidental. A Catedral fica num alto, oferecendo oportunidades de fotografia espetaculares (nomeadamente para a outra catedral).

💡 DICA EXTRA: A entrada na Catedral é gratuita e podem encontrar informação atualizada sobre os horários aqui.

Localizada junto ao mar Báltico, a Praça do Mercado é uma das zonas comerciais mais conhecidas da cidade. Aqui, para além das bonitas paisagens sobre o mar Báltico, podem também encontrar a Câmara Municipal da Cidade. 

Durante a época mais quente, irão também encontrar um mercado com produtos frescos, entre outras coisas. Aproveitem também para dar um passeio junto ao mar e para contemplar o antigo mercado Vanha Kauppahalli.

É nesta praça que também podemos apanhar os ferries para as pequenas ilhas finlandesas espalhadas pelo mar Báltico.

Considerada Património Mundial da Humanidade, Suomenlinna é uma das ilhas finlandesas no mar Báltico, a poucos minutos de barco da Praça do Mercado. A ilha é conhecida pelo seu forte marítimo – um dos maiores do mundo – que começou a ser construído no século XVIII. 

Nos meses mais quentes, a ilha tem espaços muito agradáveis e, por esse motivo, sugiro que aproveitem para fazer uma espécie de piquenique num dos seus vários jardins.

A forma mais recomendada para explorar a ilha é seguir a rota azul que passa pelas principais atrações. O percurso tem cerca de 1,5 km (apenas num sentido) e está bem sinalizado. Existem vários museus na ilha, bem como alguns restaurantes e cafés. Podem encontrar um mapa detalhado com tudo o que podem visitar na ilha aqui.

Como chegar a Suomenlinna?

Durante todo o ano, existe um ferry da HSL que transporta as pessoas desde a Praça do Mercado até ao principal cais na ilha. O bilhete pode ser adquirido no cais de embarque e a viagem dura apenas 15 minutos.

Se tiverem um passe de transporte diário na cidade, o mesmo é válido para esta viagem de barco. Caso não tenham o passe diário, podem comprar bilhete no cais ou através da App da HSL. Para poderem planear em maior detalhe a vossa visita, consultem os horários atualizados do ferry aqui.

Durante o verão, existe também um waterbus disponível. Neste caso, o passe de transporte diário já é inválido e existem diferentes rotas disponíveis.

Sugiro que continuem em direção ao Mercado Hakaniemi. Este mercado fechado foi construído no início do século XX e podem encontrar vários tipos de produtos frescos ali.  

Este último ponto do roteiro é quase uma espécie de bónus. Na realidade, trata-se apenas de uma rua colorida que ficou (meio que) famosa no Instagram devido às suas casinhas coloridas.

Consta o rumor que existem mais saunas na Finlândia do que finlandeses e, assim, não podia deixar escapar a oportunidade de experimentar uma sauna na Finlândia. Confesso que não sou maior adepta de saunas… acho demasiado quente e facilmente me sinto mal. No entanto, escolhi experimentar a sauna Löyly. 

Localizada mesmo em cima do mar Báltico, a arquitetura do edifício é muito vanguardista e o espaço conta ainda com um restaurante/bar e um espaço exterior perfeito para dias de verão. A reserva da sauna durante 2 horas, custa 19€ e inclui toalhas, gel de banho e champô. É recomendado reservar com alguma antecedência, uma vez que a disponibilidade é limitada.

Assim que chegamos à receção, recebemos todos os elementos necessários e somos encaminhados para o balneário (balneários separados para homens e mulheres). Equipamo-nos e temos, então, duas horas para explorar as várias saunas disponíveis. Existem para todos os gostos: mais ou menos pequenas, com maior ou menor nível de intensidade. Entre saunas podem sempre refrescar-se nos vários chuveiros disponíveis. Para terminar, que tal um mergulho no mar Báltico? A localização desta sauna tem esta vantagem imperdível. É mesmo uma experiência inesquecível!

💡 DICA EXTRA: Alternativamente, se procuram uma experiência semelhante podem também visitar a piscina de mar Allas, que para além da fantástica piscina de mar também dispõe de saunas. Mais informações aqui.

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