Preparem-se para serem surpreendidos pela Turquia com este roteiro da Riviera Turca para 6 dias. Uma região turca, particularmente procurada no verão, onde podem encontrar desde lugares cheios de história a algumas das melhores cidades costeiras na Turquia.

A Turquia é um destino extraordinário! É uma excelente opção para amantes de Natureza, amantes de história, amantes de cidades cosmopolitas ou mesmo de praias paradisíacas. Neste país podemos encontrar um pouco de tudo!

E, ao longo deste artigo, vou falar-vos do melhor que há para fazer na Riviera Turca – zona bastante popular na zona sul da Turquia para quem pretende fazer praia. No entanto, este está longe de ser um destino exclusivo de praia.

Na Riviera Turca, para além das praias idílicas, podemos encontrar cidades saídas de um postal, lugares cheios de história e até trilhos inacreditáveis. Preparem-se, então, para serem surpreendidos com este roteiro da Riviera Turca 🥰.

Neste artigo, poderão, então, encontrar as seguintes informações:

• Onde fica a Riviera Turca
• Itinerário na Riviera Turca
• Melhor altura do ano para visitar a Riviera Turca
• Quantos dias são necessários para visitar a Riviera Turca

Também habitualmente conhecida como a Costa Turquesa, a Riviera Turca fica na região Sudoeste da Turquia e inclui alguns lugares bem conhecidos como Fethiye, Antália, Eféso, Bodrum, entre outros.

É uma região particularmente procurada nos meses de verão, pois tem um clima bastante interessante, com temperaturas altas, incluindo a da água do mar. Para além do clima propício a praia, esta é uma zona da Turquia com outros pontos de interesse (muitos deles arqueológicos) que atraem muitos turistas todos os anos. São o exemplo disso duas das 7 Maravilhas do Mundo Antigo: Templo de Artémis em Éfeso ou o Mausoléu de Halicarnasso em Bodrum.

A Riviera Turca estende-se ao longo de mais de 1000 km da costa da Turquia e é banhada tanto pelo mar Mediterrâneo como pelo mar Egeu. Podem já imaginar as praias lindíssimas e as paisagens naturais que é possível encontrar ao longo desta costa.

A Riviera Turca tem um clima mediterrâneo: os verões são quentes e os invernos são relativamente agradáveis. No entanto, a Riviera Turca tem mesmo bastante para oferecer e uma dimensão considerável. Assim, a melhor altura para visitar a Costa Turquesa depende dos locais que vão visitar na região. Por exemplo, os verões conseguem ser demasiado quentes, mas esta é, claramente, a melhor estação para fazer praia.

Assim, recomendo visitar a Riviera Turca de maio a outubro. No meu caso, estive nesta zona da Turquia no início de outubro e as temperaturas ainda estavam elevadas (sem estarem excessivamente elevadas!) e deu até para ir à praia várias vezes!

Se nos lembrarmos que a Riviera Turca se estende por mais de 1000 km ao longo da costa sul da Turquia, rapidamente percebemos que este não é destino para se ver em poucos dias.

Claro que é possível ver o essencial em alguns dias, até porque existem alguns aeroportos nesta região da Turquia que podem facilitar o transporte de uns locais para os outros. Mas uma das melhores coisas sobre visitar a Costa Turquesa da Turquia é também fazermos uma visita mais descansada e parar em algumas das praias fantásticas ao longo da costa 😄.

Além disso, muitas das principais zonas costeiras ficam distantes entre si e, dada a geografia da região, por vezes ir a alguns sítios vai implicar necessariamente um desvio no trajeto, como é o caso de Marmaris ou Bodrum.

Por isso, sugiro visitarem a Riviera Turca em 7 dias. Esta duração de viagem já vai dar para viajar de forma tranquila, permitindo um bom compromisso entre uma visita mais histórica e a inclusão de algumas praias ou passeios na Natureza no roteiro.

💡 DICA EXTRA: Se têm mais dias disponíveis e gostavam de conhecer mais deste incrível país, sugiro a leitura do meu artigo com um roteiro de 12 dias na Turquia ou mesmo este sobre as 30 coisas que devem saber antes de viajar para a Turquia.

Dada a dimensão da Riviera Turca, a resposta a esta pergunta depende dos sítios que pretenderem visitar na Riviera Turca. Por exemplo, existem vários aeroportos espalhados pela Riviera Turca, tais como:

• Aeroporto de Dalaman
• Aeroporto de Antália
• Aeroporto Izmir Adnan Menderes
• Aeroporto Milas-Bodrum

Todos estes aeroportos na Riviera Turca têm ligações não só com outras cidades da Turquia, como também com outros destinos fora da Turquia.

Para terem maior liberdade em explorar toda a incrível região da Riviera Turca, recomendo alugar carro. Esta é, dúvida, a opção mais cómoda. Além disso, a gasolina na Turquia não é muito cara e o aluguer do carro também não. No entanto, uma vez que a distância de uns locais para os outros é significativa, dependendo do roteiro que fizerem pela Riviera Turca, a melhor opção é entregar o carro num sítio diferente do da recolha.

No meu caso, com a exceção de Istambul, toda a viagem pela Turquia foi feita com um carro que aluguei em Izmir e entreguei em Kayseri (Capadócia). A opção de deixar o carro num destino diferente ficou mais cara, mas compensou imenso em termos do tempo despendido.

A moeda turca é a lira turca (TRY). A abril de 2024, o câmbio relativamente ao Euro é de 1€ = 34.60 TRY. Alerto que esta moeda tem sofrido níveis históricos de inflação pelo que qualquer preço mencionado ao longo deste artigo em liras poderá já não estar válido. Aliás, isto é o mais provável de acontecer. Ao preparar esta viagem, deparei-me com preços em artigos online que já não têm a ver com os preços atuais.

Quanto à forma de pagar, fiquei agradavelmente surpreendida pela quantidade de sítios onde aceitam pagamentos com cartão (mesmo em locais remotos e para valores irrisórios). Ainda assim, convém sempre andar prevenido com algum dinheiro vivo, pois pode haver um lugar ou outro que não aceita cartão.

Para os pagamentos com cartão, utilizei sempre o cartão Revolut, que tem várias vantagens. Uma das maiores vantagens de utilizar um cartão Revolut nas viagens é o facto que este não cobra taxas por fazermos transações em diferentes moedas.

Se ainda não conhecem todas as vantagens de ter um cartão Revolut, podem descobrir mais aqui.

Mal cheguei à Turquia, optei por comprar um cartão SIM no aeroporto. Existiam 3 opções diferentes, mas recomendaram-me a Turk Telecom e o serviço funcionou relativamente bem.

• Vodafone 20 GB – 999 TRY
• Türk Telecom 30 GB – 999 TRY
• Turkcell 20 GB – 1199 TRY

Alternativamente, podem optar por adquirir um e-SIM mesmo antes da viagem, poupando assim algum tempo no momento da chegada. Por exemplo, esta opção de e-SIM tem vários planos para diferentes durações de viagem.

Face à dimensão da região, faz sentido ir mudando de alojamento ao longo deste itinerário na Riviera Turca. Por exemplo, no meu caso, fiquei 2 noites em Izmir, 2 noites em Ölüdeniz, 1 noite em Kaş e 2 noites em Antália. Estes foram os alojamentos em que fiquei:

• Izmir: Piano Hotel Izmir – hotel muito simples e quarto bastante pequeno, mas com localização central e estacionamento.
• Ölüdeniz: Olympos Hotel – um pouco antiquado e pequeno-almoço com pouca variedade, mas boa localização e preço baixo.
• Kaş: Kaş Evderhan – excelente relação qualidade-preço. O quarto era pequeno, mas muito moderno. Além disso, bom pequeno-almoço com vistas soberbas e ainda localização muito central.
• Antália: Kalispera Hotel – boas instalações, apesar da dimensão reduzida do quarto. Não tinha opção de pequeno-almoço, mas ficava próximo de alguns cafés/restaurantes

Para vos ajudar a planear a viagem, partilho um mapa da Riviera Turca com o roteiro de 6 dias que fiz pela região.

O roteiro da Costa Turquesa que vou mostrar de seguida foi exatamente aquele que percorri. Embora o roteiro passe pelos principais pontos de interesse da região, tenho noção que há alguns sítios interessantes que ficaram de fora. E, por ese motivo, no final deste roteiro de 6 dias, podem encontrar algumas sugestões adicionais com algumas das melhores coisas a fazer na Costa Turquesa.

Para facilitar a logística da viagem e reduzir o tempo nas deslocações, sugiro iniciar o roteiro numa parte da Riviera Turca e terminar noutra. Por exemplo, o roteiro apresentado neste artigo começa em Izmir e termina em Antália. Nota: este roteiro não inclui a chegada a Izmir e a saída de Antália.

Partindo da cidade de Izmir, demora-se cerca de 1 hora de carro (82 km) até chegar a Éfeso. Éfeso é, sem dúvida, um dos melhores sítios a visitar na Turquia. Chegados a Éfeso, existe um grande parque de estacionamento (tem um custo de 70 TRY, 2€).

💡 DICA EXTRA: O trânsito na Turquia pode ser bastante intenso às vezes (especialmente nas grandes cidades). Deste modo, planeiem a vossa viagem tendo em conta sempre possíveis atrasos.

Trata-se de um antiga cidade grega, fundada no século X, tendo esta depois chegado a pertencer ao Império Romano. Aliás, chegou mesmo a ser uma das maiores cidades deste império.

O complexo das ruínas de Éfeso (Ephesus, em turco) ainda tem uma dimensão considerável, pelo que recomendo guardarem 2 a 3 horas para esta visita. Da visita, destaco especialmente a Biblioteca de Celso (Celsus Library), o Antigo Teatro Romano e as Casas da Ladeira (Terrace Houses).

Este é um local que recebe muitos tours, por isso, quanto mais cedo chegarem, melhor. A Biblioteca de Celso é um dos locais mais visitados, pelo que sugiro que este seja o primeiro local a visitar no recinto.

📝 INFORMAÇÃO ÚTIL: O horário de funcionamento de Éfeso é das 8h às 20h00 diariamente. A entrada custa 700 TRY (~20€). A entrada nas Terrace Houses tem o custo adicional de 320 TRY (~9,2€). Ambas as entradas estão abrangidas no Museum Pass. Podem consultar a informação mais atualizada aqui.

Saindo de Éfeso, sugiro uma paragem para almoçar numa pequena cidade chamada Şirince. Esta cidade tem pouco para visitar, mas é tão amorosa, que a vale a pena o pequeno desvio.

O centro é quase totalmente pedonal, por isso têm a desculpa perfeita para se deixarem perder nas suas ruas estreitas. Um dos locais mais interessantes em Şirince é o seu Bazar, que vende de tudo um pouco, mas também as casinhas com uma arquitetura muito particular (e que tanto me fizeram recordar Berat, na Albânia). O segredo é mesmo caminhar sem grande destino em mente 🥰.

Para uma vista privilegiada sobre o casario, sugiro almoçar no restaurante Şirince Artemis Restaurant. O espaço exterior é muito agradável e a comida bastante saborosa.

Passei também pela Igreja S. João Baptista, mas honestamente, fiquei um bocadinho desiludida. Mas fica no centro, por isso podem ir lá ver com os vossos próprios olhos.

💡 DICA EXTRA: Uma vez que o trânsito é condicionado no centro de Şirince, sugiro estacionar o carro aqui. O estacionamento é pago, mas tem um valor bastante reduzido (paguei 50, TRY, 1.45€ por duas horas).

Depois de um breve passeio em Şirince, sugiro voltar a Izmir, onde recomendo pernoitar. Apesar de Izmir ser a terceira maior cidade da Turquia em número de habitantes, foi o sítio que menos gostei de visitar no país.

Mesmo assim, há algumas partes da cidade engraçadinhas e onde podem aproveitar para dar uma voltinha mais no final deste dia. No entanto, não dispenderia muito tempo nesta cidade.

Destaco especialmente a praça Konak, onde encontram uma pequena mesquita e também uma torre do relógio que é bastante bonita. Se atravessarem a rua em direção ao mar, podem também fazer uma agradável caminhada numa espécie de passeio marítimo que ali existe. Este é um sítio particularmente bonito ao pôr do sol 😍.

Outros pontos de interesse em Izmir incluem também:

• Agora de Smyrna – o bilhete está incluído no Museum Pass, mas dá para ver partes do complexo do exterior. Acabei por ver apenas por fora porque cheguei e já tinha fechado, mas não me pareceu muito interessante.
• Asansör – um elevador de onde podemos ter vistas sobre Izmir
• Castelo Kadifekale – tem vistas sobre a cidade, mas está bastante ao abandono. Acho que não se justifica passar lá
• Mercados: Keremalti e Kızlarağası Inn – o segundo é mais interessane que o primeiro, na minha opinião

O alojamento em que fiquei duas noites em Izmir (Piano Hotel Izmir) era bastante pequeno, mas serviu perfeitamente a sua função. Tinha estacionamento disponível (bastante importante numa cidade confusa como esta) e pequeno-almoço incluído. A variadade do pequeno-almoço não era muita, mas foi suficiente para desenrascar.

Mesmo assim, aproveito para partilhar convosco outras sugestões de alojamentos em Izmir:

Uma das melhores refeições que fiz na Turquia foi Izmir, logo na primeira noite no país. O restaurante chamava-se Tavacı Recep Usta Alsancak e comi tavuk tava, que estava divinal. A refeição foi um pouco cara, especialmente para os preços da Turquia, mas valeu muito a pena.

Para este segundo dia neste roteiro da Riviera Turca, sugiro duas opções alternativas, sendo que, independentemente da escolha, este dia irá incluir várias horas na estrada.

A primeira opção envolve um desvio significativo da costa da Turquia para ir visitar Pamukkale e Hierápolis. Foi esta a opção que escolhi e acho que valeu bem a pena 🥰. A viagem de carro de Izmir a Pamukkale/Hierapolis demora 3 horas. No total, esta viagem demoraria 6h10.

Outra opção é continuar pela costa sul da Turquia até Ölüdeniz. Neste caso, sugiro fazer uma paragem em Marmaris, que é outra das cidades costeiras na Turquia mais conhecidas. Neste caso, a viagem total deste dia seria de 5h30.

Pamukkale

A tradução literal de Pamukkale é castelo de algodão e basta ver uma foto deste local para perceber a razão deste nome. Embora fique bastante fora de mão da maioria dos locais turísticos, este local é bastante popular e tornou-se para muitos um dos sítios a não perder na Turquia.

Em Pamukkale encontramos várias piscinas termais de origem calcária. As propriedades do solo levam ao derrame de carbonato de cálcio que acaba por solidificar como mármore travertino.

Este conjunto de piscinas brancas fica bastante bonito e cria um efeito engraçado. No entanto, para gerir expectativas, alerto que algumas piscinas estão bastante secas. Mesmo assim, eu achei um sítio incrível! Não esperem é encontrar este sítio como se vê em muitas fotos online.

Como Pamukkale se tornou bastante famoso nos últimos anos, provavelmente não irão encontrar este sítio vazio. Aliás, se querem fugir às multidões, sugiro visitar muito próximo do horário de abertura. Acabei por visitar depois de almoço e, apesar de estar cheio de turistas, gostei da experiência mesmo assim.

Existem 3 entradas para visitar estas piscinas: entrada norte, entrada sul e entrada pela cidade. Acabei por entrar pela entrada sul, permitindo ver primeiro Hierápolis (mais a seguir) e as piscinas no fim. O estacionamento na entrada sul era grande e teve um custo de 20 TRY (~0,58€).

Por fim, algumas dicas gerais para visitar Pamukkale:

• Não é possível ir com calçado para as piscinas. Podem deixá-lo pousado na entrada (é o que a maioria das peças faz) ou levá-lo convosco
• O chão é muito escorregadio e irregular. Há partes que não são nada agradáveis para se caminhar
• Não dá propriamente para nadar nas piscinas pois a água tem uma altura baixa
• Não existe nenhuma proteção ao longo do caminho, por isso é preciso ter muito cuidado ao visitar as piscinas

📝 INFORMAÇÃO ÚTIL: O bilhete conjunto para visitar Pamukkale (inclui também entrada em Hierápolis) custa 850 TRY (~ 24,6€). Mais informações aqui (alerto, no entanto, que a informação online não corresponde ao que está indicado no local).

Hierápolis

Hierápolis é um antiga cidade grega no vale do rio Lico. Data do século II a.C. e chegou a ser destruída por um terramoto e reconstruída novamente anos depois, tendo também pertencido ao Império Romano.

O complexo ainda é bastante grande, mas destaca-se principalmente o teatro que tem uns detalhes belíssimos. É a não perder 🥰. Aliás, Hierápolis, em conjunto com Pamukkale, fazem parte do Património Mundial da UNESCO.

Outro dos locais curiosos em Hierápolis e que merece alguma atenção é a Porta para o Inferno, onde os animais morriam misteriosamente. Anos mais tarde, descobriu-se a explicação para este fenómeno: era o excesso de CO2 que se acumulava à noite e que provocava asfixia dos animais.

As piscinas da Cleópatra são outros dos pontos a não perder em Hierápolis. Estas piscinas termais têm um custo extra de 200 TRY (~ 5,8€), mas quem tiver o Museum Pass tem 60% de desconto. Acredito que no inverno seja interessante, mas em dias muito quentes, estas piscinas são muito pouco convidativas.

Como muitas das cidades na costa da Turquia, Marmaris é um excelente destino de praia (algumas das principais praias incluem Uzun Yalı, İncekum ou Marmaris Halk). No entanto, esta cidade tem mais para oferecer.

Estes são alguns dos principais pontos de interesse em Marmaris:

• Castelo de Marmaris
• Grande Bazar
• Visitar a cidade próxima de İçmeler
• Dar um passeio na marina de Marmaris
• Explorar o Parque Nacional de Marmaris

O terceiro dia na Riviera Turca vai ser bem mais relaxado, com tempo para aproveitar o que de melhor a Riviera Turca tem para oferecer. A cidade de Ölüdeniz (região de Fethiye) é perfeita para quem pretende fazer praia e é muito procurada por turistas ingleses e russos devido às suas belíssimas praias.

Se não planeiam visitar a Turquia numa época em que esteja calor, fazer praia poderá não ser uma opção, mas há ainda algumas atividades interessantes para fazer na região de Fethiye que não envolvem praia. De qualquer forma, este roteiro, pressupõe tempo para aproveitar um pouco das praias.

O primeiro lugar a visitar neste dia é Kayaköy. Esta é uma antiga cidade que está atualmente abandonada. Após ter sido evacuada em 1923, as casas e restantes edifícios da cidade ficaram ao abandono e, por isso, só restam ruínas.

Nesta cidade viviam maioritariamente cristãos ortodoxos gregos, que conviviam com a restante população muçulmana no país. No entanto, após a guerra greco-turca no início dos anos 20 e no seguimento de um tratado realizado, houve uma troca de população entre a Grécia e a Turquia.

O acesso à aldeia é bastante simples e é feito junto a este restaurante. Confesso que, ao início, tive alguma dificuldade e, por isso decidi deixar aqui esta nota.

📝 INFORMAÇÃO ÚTIL: Junto à entrada da cidade, existe uma bilheteira e o bilhete custa 60 TRY (~1,7€). Quanto a estacionamento, podem deixar o carro na berma da estrada.

Surpreendentemente este foi um dos sítios que mais me atraiu na Turquia. Talvez tenha sido por ser um sítio abandonado que me deixou a pensar como seria a vida ali antigamente. Não sei bem, mas sei que vale a pena considerar no vosso roteiro na Turquia 😉.

Está na hora de pegar no carro novamente e conduzir até Fethiye. Esta é uma pequena cidade costeira, bem engraçada, por sinal.

O centro histórico é relativamente pequeno, mas merece definitivamente uma visita. Existe um bazar, onde podem encontrar de tudo um pouco.

Além disso, ligeiramente mais longe do centro histórico de Fethiye, podem também visitar os túmulos de Amyntas. Estes túmulos estão escavados na rocha e são do tempo da antiga Lícia. A visita é relativamente rápida, pois os túmulos apenas são visitáveis por fora e não são muitos. A vista sobre Fethiye do local onde se situam os túmulos, é bem bonita também.

📝 INFORMAÇÃO ÚTIL: O bilhete para visitar os túmulos custa 60 TRY (~1,7€), mas está incluído no Museum Pass. Honestamente, uma vez que os túmulos são visíveis desde a rua, só acho que vale a pena visitar o recinto se tiverem o Museum Pass.

Se visitarem Fethiye ao final da manhã, por exemplo, recomendo ficar lá para almoçar. Experimentei o restaurante Fethiye Paşa Kebap em Fethiye e gostei muito. Os preços eram acessíveis, o atendimento rápido e a comida estava ótima (pedi pide e lahmacun).

Para garantir que os dias não são todos muito cansativos, a minha sugestão para a tarde é aproveitar um bocadinho da praia numa das praias mais famosas de Ölüdeniz – Blue Lagoon.

Apesar desta ser uma das praias mais conhecidas na Turquia, é bastante extensa e, por isso, não achei que estivesse demasiado cheia (nota: visitei no início de outubro). A água era bastante transparente e deu para relaxar um pouco.

Outra curiosidade sobre esta praia é que irão ver constantemente parapentes a sobrevoar a praia. Esta é uma zona muito popular para voar de parapente. Aliás, esta é uma excelente atividade a adicionar ao roteiro (se não forem medricas com eu 😅).

💡 DICA EXTRA: Para as melhores vistas sobre a Blue Lagoon, sugiro uma passagem pelo miradouro Montana Seyir Tepesi. Ao contrário do que o Google Maps indica, não acho que seja possível ir de carro até ao miradouro. Por falta de tempo, acabei por não fazer a caminhada final até ao miradouro, mas parece incrível.

Apesar de estar a considerar Ölüdeniz separadamente, Ölüdeniz não é propriamente uma cidade com um centro histórico. O que há para ver e fazer nesta zona da Turquia são as coisas que já fui referindo.

No entanto, Ölüdeniz tem uma localização estratégica na Riviera Turca para muitas das atividades populares por ali e tem alguma oferta a nível de alojamentos e restaurantes. Aliás, é por isso mesmo que estou a mencionar Ölüdeniz no roteiro.

💡 DICA EXTRA: Podem encontrar mais ideias do que visitar e fazer em Fethiye aqui.

O alojamento em que fiquei duas noites em Ölüdeniz era aceitável para o preço que foi (20€/pessoa por noite). O Olympos Hotel tinha um quarto relativamente espaçoso, ainda que a decoração fosse bastante antiquada.

Tinha piscina exterior e estacionamento em frente ao hotel e o pequeno-almoço estava também incluído na tarifa. No entanto, a variedade e qualidade desta refeição deixou muito a desejar. Mas, pelo preço, deu perfeitamente para desenrascar.

De qualquer forma, partilho outras sugestões de alojamentos em Ölüdeniz:

Tive oportunidade de experimentar dois restaurantes em Ölüdeniz, mas só vou recomendar um – Angora Restaurant. Parece um restaurante que, em época alta, deve encher facilmente. No entanto, quando visitei estava bem calmo e a comida estava boa, ainda que tenha pedido apenas uma simples espetada de frango.

A lista do que visitar na Costa Turquesa deve também incluir o Parque Nacional Saklikent. Foi uma das experiências mais memoráveis nesta viagem 🥰!

Neste parque podem caminhar ao longe da garganta Saklikent e a experiência é incrível. Esta garganta tem mais de 18 km de comprimento e 300 metros de profundidade. No entanto, não dá para caminhar a totalidade do percurso.

💡 DICA EXTRA: Em determinadas alturas do ano (geralmente novembro a março), pode ser impossível visitar esta garganta devido ao elevado nível da água.

Ainda que fosse possível percorrer um percurso mais longo, optei por caminhar apenas cerca de 2km (ida e volta). E, mesmo caminhando apenas alguns quilómetros da garganta, já deu para ter uma experiência inesquecível.

A água é bastante fria (ao ponto de doer nos ossos!!), mas a parte inicial onde a água tem mais corrente é a pior. A partir dessa parte, o volume de água diminui e é muito mais fácil fazer o percurso. Existe também muita lama pelo caminho, o que pode levar a algumas brincadeiras.

Algumas informações úteis para visitar a garganta Saklikent:

• O parque de estacionamento custa 50 TRY (~ 1,5€)
• A entrada na garganta custa 24 TRY (~ 0,70€)
• Se não tiverem os vossos sapatos para andar na água, podem alugar. Aluguei os meus no parque de estacionamento e custou 60 TRY (1,7€). A qualidade era fraca, mas sem eles não vão conseguir fazer o percurso.
• Existem capacetes para proteção na entrada da garganta, mas quase ninguém usa. Confesso que só os vi quando terminei o percurso.
• Existem alguns cafés com bebidas e refeições ligeiras junto à entrada da garganta

Relativamente perto da garganta Saklikent, existe também uma cascata de fácil acesso. Ainda que não seja tão impressionante como caminhar ao longo da garganta, a cascata é majestosa mesmo assim.

Para lá chegar, têm de caminhar durante cerca de 1 km desde a entrada, sendo que os últimos 300 metros são sobre a água. Como tal, têm também de ter sapatos impermeáveis para fazer o percurso até ao fim. Novamente, acabei por alugar mais uns sapatos impermeáveis por 40 TRY (~ 1,2€). Ao longo do percurso existe também uma escadaria, o que custa um pouco a subir no regresso (mas nada de especial 😉).

A entrada no recinto onde se situa a cascata tem um parque de estacionamento que custa 50 TRY (~ 1,5€). Existe toda uma infraestrutura de apoio, onde encontram algumas lojas de souvenirs e restaurantes.

Está na hora de conhecer mais uma para praia! A praia Kaputaş é considerada habitualmente uma das melhores praias na Riviera Turca. A praia é, de facto, bonita. No entanto, é muito popular e, por isso, enche facilmente.

Em primeiro lugar, o estacionamento é feito na berma da estrada durante metros a fio. Se não chegarem cedo, correm o risco de ter de caminhar um bom bocado até chegar à praia.

Em segundo lugar, o areal não é muito extenso e, por isso, não sobravam muitos espaços na areia. E isto foi em outubro! Não quero imaginar no pico do verão 😱. Mesmo assim, acho que vale a pena passar por lá, nem que seja para espreitar a praia.

Depois da praia, conduzam até Kaş. O percurso é feito quase sempre junto ao mar. Se o fizerem ao final do dia quando o sol se está a pôr, é ainda mais mágico.

Kaş é uma pequena cidade costeira e foi a minha preferida em toda a Riviera Turca. É bastante animada (especialmente de noite) e tem umas quantas lojinhas de souvenirs onde facilmente nos perdemos.

Se tiverem algum tempo, recomendo um breve passeio pela cidade logo neste dia. Caso contrário, reservem a voltinha por Kaş para o dia seguinte. O centro não é muito grande e rapidamente percorremos os principais pontos de interesse. Aliás, uma das melhores formas de explorar esta cidade é deixarmo-nos perder no seu centro histórico.

Outros pontos que também podem incluir na vossa voltinha são o mercado que acontece todas as sextas-feiras, a Praça de Kaş e o Anfiteatro Antiphellus.

Por fim, não deixem também escapar uma das melhores vistas sobre a cidade no Kaş Panorama. Uma vez que este ponto é um pouco longe do centro, faz sentido deixar para o dia seguinte.

Não podia recomendar mais o alojamento em que fiquei na cidade – Kaş Evderhan. Era muito moderno, tinha excelentes condições e a localização era bastante central. Com o centro histórico de Kaş bastante caótico, ter a possibilidade de deixar o carro estacionado em frente ao hotel foi excelente.

Além disso, o pequeno-almoço tinha alguma variedade e era servido no terraço do hotel que tinha vistas espetaculares. Bela maneira de começar o dia!

Outras opções de alojamento em Kaş incluem:

No 5º dia na Riviera Turca, sugiro conduzir em direção a Antália. No entanto, para não perder o mood de praia, sugiro uma paragem de um par de horas na praia Çıralı.

A praia Çıralı fica a cerca de 2h10 de carro de Kaş. O percurso tem muitas curvas, mas a paisagem até lá chegarmos é bastante bonita.

A praia Çıralı é uma excelente opção para quem procura fugir às confusões das praias mais famosas da Riviera Turca, como a Blue Lagoon ou a praia Kaputaş.

O acesso é bastante simples, o areal é extenso, existem bem menos pessoas na praia e, além disso, a paisagem envolvente com montanhas é estupenda.

Além disso, existem algumas infraestruturas de apoio à praia, nomeadamente uma série de restaurantes a poucos metros da praia, com opções relativamente baratas.

Conduzindo mais 1h30, chegamos, então, a Antália. Este é outra das maiores cidades na Turquia e muito procurada por turistas para fazer praia (e não só).

Apesar da área metropolitana de Antália ser enorme, o centro histórico é pequeno e meio dia é suficiente para visitar os seus principais pontos de interesse.

💡 DICA EXTRA: Dependendo do dia em que optarem por visitar Kaş, pode ficar apertado explorar Antália neste 5º dia. Por exemplo, eu só visitei Kaş na manhã do 5.º dia e, por isso, tive de deixar Antália para a manhã do 6.º dia. No entanto, se tiverem tempo, podem já aproveitar para conhecer um pouco de Antália neste dia.

Um dos principais locais a visitar em Antália é memo a sua Old Town, habitualmente conhecida por Kaleiçi. Algumas ruas são pitorescas e merecem claramente umas quantas fotografias 🥰. A não perder também é Porta de Adriano (Hadrian’s Gate), construída em homenagem ao imperador romano que lhe dá o nome. É a única porta ainda existente da muralha de Antália.

Um passeio pela marina antiga de Antália é também bastante interessante. Existem vários barcos na marina, mas o que mais me fez apreciar este sítio foi a vista das montanhas ao fundo. Relativamente perto, recomendo também visitar a torre romana Hidirlik.

Para vistas sobre parte do centro histórico, o melhor é mesmo ir até à Praça da República. É uma praça despojada de grandes elementos, mas tem uma enorme bandeira da Turquia hasteada ao centro e vistas engraçadas.

Por fim, destaco também as mesquitas Yivliminare e Sehzade Korkut, ambas localizadas na Old Town.

Dada a popularidade de Antália, especialmente na época em que é possível fazer praia, existe muita oferta de alojamento na cidade. Como o meu objetivo não era tanto fazer praia, optei por escolher um alojamento mais central.

Fiquei hospedada no Kalispera Hotel. O quarto era bastante pequeno, mas as condições eram boas. Além disso, tinha estacionamento disponível e fica a cerca de 15/20 minutos a pé do centro. Acreditem que, com o trânsito que existe em Antália, vão agradecer um hotel que seja central.

De qualquer forma, aqui ficam outras sugestões de alojamentos em Antália que me pareceram interessantes:

Como estive duas noites em Antália, consegui experimentar ainda alguns restaurantes na cidade. Aqui ficam as minhas sugestões:

• Çıtır Balık Antalya: vi uma fila enorme neste lugar e, no dia seguinte, decidi experimentar. A especialidade é balık ekmek e estava muito bom e foi baratinho.
• Fatma Sultan: espaço exterior muito agradável e cuidado. A comida estava bastante saborosa.
• Luna Garden: o café mais giro da cidade em que servem algodão doce com algumas bebidas.

Sugiro que aproveitem o último dia da Riviera Turca a visitar algumas atrações em Antália (fora do centro histórico) ou relativamente perto.

Comecem o dia a visitar outra das atrações populares em Antália – cascatas Duden. Não ficam no centro da cidade, mas também não ficam muito longe. Contudo, alerto que existem duas localizações distintas.

Uma primeira parte das cascatas é aqui, sendo que têm um estacionamento próprio (7.5 TRY, 0,22€) e a entrada no jardim onde se vê a cascata também é paga (50 TRY, 1.5€). O passeio no parque e a visita são agradáveis, no entanto, a outra parte da cascata é bem mais interessante.

A outra localização (e a mais conhecida) da cascata Duden é junto ao mar, até porque esta desagua no mar. E a melhor parte é que a visita é gratuita e o estacionamento também. Na minha opinião, vale bem mais a pena que a primeira cascata e é algo mesmo a não perder em Antália. A localização exata da cascata é esta.

Relativamente perto de Antália, podemos também visitar mais uma antiga cidade greco-romana. Embora existam algumas ruínas desta antiga cidade, a mais bem preservada é o Teatro de Aspendos. E, muito honestamente, é um dos mais bonitos que já vi.

Para além da sua imponência, tem uma paisagem envolvente verdejante e que ganha um toque especial quando o sol se põe.

📝 INFORMAÇÃO ÚTIL: O bilhete para visitar Aspendos custa 340 TRY (~9,9€), mas está incluída no Museum Pass. Funciona todos os dias das 8h às 17h. Mais informações aqui.

Este ponto do roteiro é meramente para quem tiver alguma curiosidade. Confesso que inicialmente nem constava no meu roteiro e acabei por ir lá só porque vi que o desvio não era grande e tinha alguma curiosidade e tempo disponível.

O Land of Legends é um complexo megalómano, com parque de diversões, shopping, hotel, etc. Passear por lá é toda uma experiência social, tenho de admitir. Não posso dizer que tenha gostado, mas decidi incluir no roteiro porque há quem possa ter também curiosidade em visitar e é um sítio bastante conhecido em Antália.

💡 DICA EXTRA: Se não fazem qualquer intenção de visitar o Land of Legends, sugiro alterar a ordem dos locais a visitar neste dia e tentar visitar uma das praias perto de Antália.

Tal como já tive oportunidade de mencionar, há muito mais locais para visitar nesta região da Turquia. Se têm mais tempo para visitar a Riviera Tiurca, sugiro alargarem o roteiro e incluir alguns destes sítios:

• Bodrum – destino bem popular junto dos turistas, pois é bem animado e tem monumentos bem interessantes, como o Mausoléu de Halicarnasso (uma das 7 Maravilhas do Mundo Antigo)
• Alaçatı – pequena cidade perto de Izmir que mais parece saída de um postal
• Kalkan – antiga cidade piscatória, conhecida pelo seu casario branco
• Dalyan – especialmente conhecida pelos seus locais arqueológicos, túmulos e banhos de lama
• Side – pequena cidade costeira, onde os principais pontos de interesse incluem o Templo de Apólo
• Tróia – cidade perfeita para amantes de história e arqueologia
• Analya – uma das cidades mais populares da Riviera Turca e que, para além das bonitas praias, tem uma das caves mais populares da região

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