Vão viajar até ao Sudeste Asiático e estão à procura de um itinerário da Malásia? Então chegaram ao sítio certo! Ao longo deste artigo poderão encontrar o que visitar na Malásia em 10 dias, bem como dicas de alojamentos, gastronomia, qual a melhor altura para visitar o país e o que podem visitar com mais dias disponíveis.
A verdade é que a Malásia é um destino por vezes desvalorizado na região do Sudeste Asiático. Regra geral, perde para a vizinha Tailândia ou mesmo para Singapura.
Ainda que seja uma opção menos popular, a Malásia é uma excelente escolha para vários tipos de viajantes. Afinal, é um destino que parece combinar cidades vibrantes (como Kuala Lumpur), cidades Património Mundial da UNESCO (Malaca ou George Town, em Penang) e até mesmo praia (como o arquipélago de Langkawi).
Além disso, este é um país com uma gastronomia que vale bem a pena conhecer (mais sobre isto no fim do artigo) e uma população bem amistosa 🥰.
Ficar apenas por uma visita a Kuala Lumpur seria um erro gigantesco e, por esse motivo, convido-vos a continuar a ler este artigo para espreitarem o meu itinerário de 10 dias na Malásia. Ao longo do artigo, poderão também encontrar várias dicas sobre, por exemplo:
- Número de dias necessário para visitar a Malásia
- Qual a melhor altura para visitar a Malásia
- Principais atrações na Malásia
- Guia gastronómico na Malásia
- Dicas de alojamento na Malásia
Antes de iniciar este guia de viagem pela Malásia, dou apenas a nota que este itinerário está focado apenas na parte ocidental e peninsular (com a exceção de Langkawi) da Malásia, não incluindo assim, por exemplo, o Bornéu.
Quantos dias são necessários para visitar a Malásia?
Ainda que, à primeira vista, pareça um país pequeno, a verdade é que existe uma mão cheia de locais interessantes na Malásia. Seria possível passar semanas, se não meses, a visitar a Malásia. Desde as suas cidades coloniais a algumas das suas ilhas.
No entanto, para uma primeira visita, acredito que 10 a 15 dias seja a duração ideal para planear uma viagem à Malásia. Com este número de dias, será possível incluir no roteiro dois a três dias nas cidades principais malaias e uma visita a uma das ilhas da Malásia.
Os locais que vou referir neste itinerário pela Malásia de 10 dias ficam por vezes um pouco distantes entre si, pelo que é também necessário considerar o tempo despendido em deslocações.
Qual a melhor altura do ano para visitar a Malásia?
A Malásia tem um clima quente e húmido durante todo o ano. No entanto, existe uma época seca e outra das chuvas, pelo que convém ter isto em atenção quando marcarem a vossa viagem à Malásia.
Uma vez que este itinerário está concentrado na parte Ocidental da Malásia, os melhores meses para visitar a Malásia são de dezembro a fevereiro, quando a probabilidade de chuva é menor. Esta é habitualmente também a época com mais turismo no país.
No entanto, se tiverem curiosidade em visitar a parte Este da Malásia ou mesmo o Bornéu, então estes concelhos já são inválidos.
De qualquer forma, importa referir que, no meu caso, por exemplo, visitei a Malásia em junho (se foi sorte, não sei 😇) e correu bem. Apenas apanhei um pouco de chuva em Penang (por breves minutos) e em Langkawi.
Aliás, a chuva é sempre uma possibilidade e, por isso, recomendo que viajem com um impermeável ou guarda-chuva. Por exemplo, eu uso este impermeável da Decathlon e gosto imenso!
Que documentos são precisos para entrar na Malásia?
Como cidadã com passaporte português, tenho direito a um visto grátis válido por 90 dias para entrar na Malásia. O meu passaporte apenas tinha de ter a validade de, pelo menos, 6 meses. Também preenchi o ‘Malaysia Digital Arrival Card’, mas ninguém me pediu esse documento.
No momento de entrada na Malásia, o processo é bastante simples e podem fazer algumas perguntas sobre a vossa origem, qual o próximo destino, quanto tempo tencionam ficar, onde vão ficar alojados e algumas perguntas adicionais em alguns casos.
📝 INFORMAÇÃO ÚTIL: Recomendo vivamente consultar a informação mais atualizada aqui, assim como as diferentes regras que se aplicam a diferentes nacionalidades.
É seguro visitar a Malásia?
A Malásia é um país bastante seguro para visitar. Nunca me senti insegura a viajar pelo país, mesmo nas cidades grandes à noite. Recomendo apenas as precauções habituais que teriam em qualquer cidade europeia enquanto viajam, por exemplo.
Como chegar à Malásia?
É possível entrar na Malásia através vários meios de transporte, mas os mais habituais serão avião e autocarro. Por exemplo, no meu caso, como visitei Singapura antes de entrar na Malásia, entrei no país de autocarro.
Chegar à Malásia de avião
Existem vários aeroportos na Malásia, muitos deles localizados nas cidades mais turísticas. É o caso do aeroporto de Kuala Lumpur ou do aeroporto de Penang. Apesar de ambos receberem voos internacionais, o provável é aterrarem no aeroporto de Kuala Lumpur já que este é o que tem ligações com países fora da Ásia.
Ainda o que provavelmente terão de fazer uma escala (ou mais) para chegar à Malásia se partirem de um país europeu, existem algumas cidades europeias com ligações diretas a Kuala Lumpur:
- Londres (Malaysia Airlines)
- Amesterdão (KLM)
- Istambul (Turkish Airlines)
No meu caso, por exemplo, voei pela Etihad desde Genebra, já que este é um destino com ligação direta e (muitas vezes) barata a Portugal. A viagem de ida e volta para Genebra, com escala em Abu Dhabi ficou cerca de 525€ (um preço excelente tendo em conta a distância).
Chegar à Malásia de autocarro
Outra hipótese bem popular para entrar na Malásia é via autocarro (esta é um opção muito procurada no Sudeste Asiático) devido aos baixos preços. Esta opção só faz sentido para quem pretende entrar na Malásia via Tailândia ou Singapura.
Foi exatamente isto que fiz numa viagem de autocarro com a 707 inc que durou cerca de 4 horas, e ligava Singapura a Malaca. A viagem é bastante confortável e custou cerca de 15€. Sugiro que procurem a vossa viagem pretendida no site do 12goasia – o melhor site para procurar autocarros no Sudeste Asiático.
Qual a melhor forma de deslocação na Malásia?
Ainda que seja possível alugar um carro para facilitar a circulação dentro da Malásia, penso que tal não se justifica até porque na maioria das situações terão de ter uma carta de condução internacional (que, pelo menos em Portugal, ainda é cara para a curta validade que tem).
Assim, acredito que uma das melhores formas de deslocação dentro da Malásia seja de autocarro e, em alguns casos, de comboio. Por exemplo, optei por fazer todas as viagens entre os vários locais que visitei na Malásia de autocarro.
A única exceção foi a deslocação de/para Langkawi que, por ser uma ilha, impossibilita o transporte terrestre.
Estas foram as viagens de autocarro de fiz na Malásia e correram todas bem (os autocarros são bastante espaçosos e confortáveis):
- Malaca – Kuala Lumpur: cerca de 2 horas, e custou menos de 3€ com a Super Nice Express
- Kuala Lumpur – Tanah Rata (Cameron Highlands): cerca de 4h30. Custou cerca de 8,5€ com a empresa C&S.
- Cameron Highlands – Penang: cerca de 5 horas e custou 9€.
Com a exceção da viagem entre Cameron Highlands e Penang que foi marcada via WhatsApp diretamente com a transportadora, as restantes viagens foram marcadas diretamente no site do 12goasia, que facilita bastante o processo de pesquisa e compra das viagens.
Que moeda é utilizada na Malásia e como pagar?
A moeda oficial na Malásia é o Ringgit Malaio (MYR). Em setembro de 2023, 1 MYR = 0,20€. Apesar de existirem muitos sítios que aceitam cartão, convém andar sempre com algum dinheiro, já que alguns locais apenas aceitam dinheiro. Isto é especialmente relevante para quem pretende fazer algumas refeições em mercados locais.
Para fazer compras noutra moeda que não aquela que uso habitualmente (Euro), uso sempre o cartão Revolut, que tem várias vantagens. Uma das maiores vantagens de utilizar um cartão Revolut nas viagens é o facto que este não cobra taxas por fazermos transações em diferentes moedas.
Se ainda não conhecem todas as vantagens de ter um cartão Revolut, podem descobrir mais aqui.
Onde levantar dinheiro sem pagar taxas?
Alguns bancos na Malásia cobram uma taxa pelo levantamento de dinheiro com cartões estrangeiros (mesmo que estejam a usar um cartão Revolut!). No entanto, encontrei alguns que não me cobraram nada para levantar dinheiro com o meu cartão Revolut. Estes foram os bancos onde consegui levantar dinheiro sem pagar taxas:
- HSBC
- Maybank
- CIMB Bank
Como ter internet na Malásia?
É muito útil ter sempre internet durante as viagens na Malásia. É conveniente quando se precisa de pedir um Grab ou usar o Google Maps, por exemplo.
Decidi comprar um e-SIM da Celcom (que depois podia carregar) numa loja 7-Eleven, mas podem optar por uma opção mais simples. Por exemplo, este e-SIM Roaming Mobile Data Plan pode ser adquirido mesmo antes de chegar à Malásia e as opções são bastante baratas.
Podem escolher a opção que mais vos convém, tendo em conta a duração da vossa viagem e os locais onde pretendem ir, uma vez que a maioria dos planos inclui um plano de dados móveis que também funciona noutros países.
Alojamentos na Malásia
A escolha de onde ficar alojado na Malásia depende, obviamente, dos locais que decidirem visitar😉. De qualquer forma, deixo aqui a lista dos locais onde pernoitei:
- Malaca: Liu Men Melaka – um hotel central num edifício restaurado e com uma decoração colonial.
- Kuala Lumpur: 8 Kia Peng Suites – uma casa longe de casa com todas as comodidades que possam imaginar.
- Cameron Highlands: Golden Lodge – um alojamento bem simples, mas com localização central.
- Penang: Courtyard by Mariott Penang – atendimento bastante atencioso, quartos espaçosos e pequeno-almoço com imensa variedade.
- Langkawi: Villa Langkawi – espaço limpo e na zona principal da ilha, com uma piscina bem apetecível para os dias mais quentes.
Na parte referente a cada sítio deste itinerário da Malásia, irei aproveitar para dar mais algumas dicas sobre alojamentos na Malásia.
💼 SEGURO DE VIAGEM: Os imprevistos acontecem em qualquer parte do mundo e, por isso, recomendo comprar sempre seguro de viagem. Uso frequentemente a Heymondo que apresenta das coberturas mais altas no mercado e com preços imbatíveis. Para além da cobertura de despesas médicas, o seguro da Heymondo inclui ainda cobertura em caso de perda ou roubo de bagagem, equipamentos eletrónicos, entre outros. Além disso, têm um serviço de atendimento permanente em português através da sua App. Por serem leitores do blogue, têm 5% de desconto na compra dos seguros Heymondo. A compra deve ser feita através deste link, sendo que o preço que aparece no site já inclui o desconto.
Itinerário da Malásia
Partindo da hipótese que têm apenas 10 dias disponíveis, vai ser preciso fazer algumas escolhas dos sítios a visitar na Malásia. Por isso, primeiramente, vou mostrar o meu roteiro de 10 dias na Malásia.
No entanto, vou também apresentar algumas versões alternativas deste roteiro. Por exemplo, se não gostam de praia, não vale a pena ir a Langkawi. Vou, então, incluir também uma versão sem praias.
Por fim, vou deixar mais algumas sugestões do que fazer na Malásia que podem valer a pena para quem tem mais dias disponíveis no país e também uma versão para quem tem apenas 7 dias (ainda que não recomende tão pouco tempo no país).
Nota: nenhuma das opções apresentadas neste artigo incluem a viagem de ida e regresso para a Malásia.
Itinerário da Malásia – O que visitar em 10 dias: o meu roteiro
Dia 1: Malaca
Uma primeira excelente porta de entrada na Malásia é Malaca – um dos sítios mais únicos que podem visitar na Malásia. Devido à sua posição privilegiada junto ao estreito de Malaca, Malaca sempre foi cobiçada por muitos outros países. Aliás, Malaca é uma antiga cidade colonial que chegou a pertencer a Portugal, Reino Unido ou mesmo até aos Países Baixos.
A arquitetura dos edifícios desta cidade que é Património Mundial da UNESCO não deixa dúvidas sobre a sua história. Alguns dos edifícios desta era colonial são a praça mais famosa de Malaca (Dutch Square), a Igreja de S. Paulo ou até o que resta da fortaleza Portuguesa ‘A Famosa‘.
Ao visitarem Malaca, é também imperdível um passeio de barco no rio que atravessa as duas margens da cidade. Para além de ser um passeio muito agradável, é uma oportunidade única de ver a cidade de outra perspetiva e admirar alguma da sua street art!
Dada a sua localização no estreito de Malaca, a história de Malaca ficou marca pela cultura peranakan – uma mistura de culturas de povos que viviam perto do estreito e a população chinesa que foi para ali viver. Assim, o Museu Baba & Nyonya é de visita obrigatória para quem tiver mais interesse em aprender mais sobre esta cultura.
💡 DICA EXTRA: Encontram todas as dicas para visitar Malaca e ainda mais locais imperdíveis desta cidade colonial no meu artigo sobre o que visitar em Malaca.
Ainda que possam visitar Malaca numa day trip desde Kuala Lumpur, a minha recomendação é que passem pelo menos uma noite na cidade. Até porque se visitarem a cidade à noite de sexta a domingo, não podem perder o mercado noturno da Jonker Street.
De qualquer forma, se o tempo que têm disponível não vos permite estar mais tempo em Malaca e pretendem visitar a cidade numa day trip desde Kuala Lumpur, recomendo esta tour de 10 horas que tem excelente classificação. A tour até já inclui almoço e passa pelos principais pontos de interesse de Malaca.
Alojamentos em Malaca
Fiquei alojada no Liu Men Melaka – um hotel com localização central, ainda que localizado numa parte mais calma da cidade. O edifício é relativamente pequeno, mas encantador já que resulta do restauro de um edifício anterior à Segunda Guerra Mundial e pretende prestar homenagem aos elementos coloniais.
Além disso, o serviço era muito atenciosos e os funcionários tentavam sempre garantir que os hóspedes estavam satisfeitos.
Aproveito para partilhar convosco outras opções de alojamento em Malaca:
Dia 2 a 4: Kuala Lumpur
Kuala Lumpur é, sem qualquer margem para dúvidas, o sítio mais famoso da Malásia. Diria que são raras as pessoas a viajar pela Malásia que não passam por aqui.
A cidade de Kuala Lumpur é claramente a mais vibrante de todas da Malásia e até mesmo uma das mais vivaças do Sudeste Asiático. Aqui encontramos uma paisagem sem fim de arranha-céus, mas também street art e até uma escapadinha junto da Natureza.
Dia 1 em Kuala Lumpur: No primeiro dia na capital malaia, sugiro que visitem um dos principais mercados da cidade (Petaling Street Market), onde encontramos um pouco de tudo. Outra hipótese é também o histórico Central Market!
Do mercado, é um saltinho até dois dos templos mais importantes da cidade – Templo Sri Mahamariamman e Templo Guan Di.
A também não perder é a Praça da Independência – símbolo da recuperação da independência do país em 1957. Para além de uma visita ao Museu de História Nacional, não deixem escapar uma passagem por um dos edifícios mais belos da cidade (Sultan Abdul Samad) ou mesmo pela Mesquita Jamek.
E, depois, para fugir à confusão da cidade, porque não um passeio dos Jardins Botânicos Perdana? Nem se vão lembrar que estão numa das principais capitais do Sudeste Asiático 😉.
Para terminar, e depois do sol se pôr, a minha sugestão é que relaxem um pouco e assistam ao KLCC Lake Symphony Water Fountain Show.
💡 DICA EXTRA: Recomendo uma leitura do meu artigo mais detalhado sobre o que visitar em Kuala Lumpur em 3 dias, onde podem também encontrar muitas outras dicas sobre a cidade.
Dia 2 em Kuala Lumpur: No segundo dia, comecem pelas famosas Batu Caves – um templo Hindu localizado na periferia de Kuala Lumpur. Ainda que seja possível chegar lá de forma independente (quer de transportes públicos, como de Grab), se preferirem, podem optar por esta tour de meio dia que, para além das Batu Caves, inclui também uma visita a uma aldeia rural de Malay, ao Royal Selangor e à Batik Factory.
De seguida, sugiro que rumem à mesquita mais bonita de Kuala Lumpur – a mesquita Wilayah. Não é dos pontos mais turísticos de Kuala Lumpur, mas vale muito a pena! A visita tem de ser obrigatoriamente guiada, mas é gratuita.
A não perder também são as Torres Petronas – imagem de marca de Kuala Lumpur. Chegaram a ser o edifício mais alto do mundo e, atualmente, apesar de terem perdido esse título, continuam a ser um símbolo da cidade e do país. E muito giras, por sinal, para quem gosta deste tipo de arquitetura citadina 🥰. Se gostavam de visitar o seu interior, podem comprar os vossos bilhetes diretamente aqui.
Se não fazem intenções de visitar o interior das Petronas, não se preocupem que estas são visíveis de vários pontos da cidade. E um dos melhores para as observar é desde o Parque KLCC – um dos espaços verdes mais agradáveis da cidade.
Alternativamente, podem também subir à Torre KL. Para além de vistas sobre as Torres Petronas, o miradouro tem vistas espetaculares e 360.º de toda a cidade. Esta foi uma das minhas atividades preferidas em Kuala Lumpur e não podia recomendar mais! Recomendo particularmente uma visita perto da hora do pôr do sol para tornar a visita ainda mais mágica! Comprem os bilhetes para a Torre KL diretamente aqui.
Com o dia já a terminar, recomendo uma refeição na rua Jalan Alor e tomar um copo no Helipad Lounge, que não é nada mais do que um heliporto que se transforma em bar após as 18h. Bastante cool, certo? 🤩
Dia 3 em Kuala Lumpur: No último e terceiro dia em Kuala Lumpur, sugiro uma visita ao templo chinês mais bonito da cidade – templo Thean Hou. A visita é gratuita e, para além do templo ser um espanto, ainda somos brindados com vistas sobre a cidade.
Outro espaço que nos faz esquecer do frenesim de Kuala Lumpur é o KL Forest Eco Park, onde encontramos alguns trilhos agradáveis.
E, por fim, ainda que um pouco mais fora do centro da cidade, recomendo uma passagem pela Mesquita Putra, que é outra das mais bonitas mesquitas na Malásia.
💡 DICA EXTRA: Ainda que neste itinerário recomende estar 3 dias em Kuala Lumpur, é possível encurtar a visita para 2 dias e visitar o essencial da cidade. Caso pretendam visitar Kuala Lumpur em apenas 2 dias, sugiro retirar o KL Forest Eco Park, os jardins botânicos e a mesquita Putra, tentando incluir o templo Thean Hou num dos restantes dois dias.
Alojamentos em Kuala Lumpur
Em Kuala Lumpur, fiquei alojada no 8 Kia Peng Suites. Esta é uma opção excelente para quem procura uma “casa” longe de casa. Os apartamentos estão equipados para estadias mais longas e são bastante espaçosos. Além disso, a localização é bastante central!
Lá podem encontrar serviço de pequeno-almoço buffet, ginásio e uma piscina do infinito com vistas inesquecíveis sobre as Torres Petronas.
De qualquer forma, partilho aqui outras sugestões de alojamentos em Kuala Lumpur:
Dia 5 e 6: Cameron Highlands
As Cameron Highlands são prova viva que a Malásia é também um excelente destino para amantes de Natureza. Conhecidas por serem uma das zonas mais frescas do país (onde nos meses mais frios a temperatura chega aos 20-25 °C), este é o local onde muitos dos malaios passam os seus fins de semana e até férias escolares.
A principal atração de Cameron Highlands são as suas plantações de chá de perder a vista! A maioria destas plantações são ainda exploradas por famílias inglesas. Aliás, as plantações de chá começaram quando a Malásia era ainda uma colónia do Reino Unido.
Ainda que seja possível visitar as plantações de chá de forma independente, recomendo visitá-las numa tour guiada. Foi exatamente isto que fiz com a empresa Cameron Secrets. Existem diferentes tipos de tour (em termos de duração e pontos de interesse), mas escolhi fazer a Mossy Forest Tour (~11€), que inclui uma passagem pela Mossy Forest (+6€) e também pelas plantações de chá BOH.
Nas plantações de chá BOH tivemos algum tempo para explorar o recinto e também para aproveitar o café (que vende desde snacks a refeições completas) com vistas panorâmicas sobre as plantações!
A tour durou toda a manhã e inclui pick up e drop off no alojamento. O percurso foi feito sempre com um guia num jeep e éramos um grupo pequeno de apenas 8 pessoas.
No entanto, existem também alguns trilhos em Cameron Highlands que podem experimentar. Ainda que não tenha percorrido nenhum pessoalmente, deixo-vos aqui um artigo com imensas dicas sobre trilhos em Cameron Highlands. Esta é, sem dúvida, uma das melhores formas de explorar as plantações de chá longe das multidões.
Outras das atividades (algumas delas demasiado turísticas, na minha opinião) disponíveis em Cameron Highlands incluem:
- Quinta de morangos
- Quinta de borboletas e insetos
- Templo Sam Poh
- Jardins de lavanda
- Vale dos catos
- Museu Túnel do Tempo
💡 DICA EXTRA: Apesar de não recomendar muito, pois a viagem ainda é longa, há quem opte por visitar Cameron Highlands numa day trip desde Kuala Lumpur.
Alojamentos em Cameron Highlands
A zona principal de Cameron Highlands é Tanah Rata, onde para a maioria dos transportes públicos e também onde encontramos mais alojamentos. A maioria dos alojamentos não é nada de especial, mas posso recomendar aquele em que fiquei – Golden Lodge. O alojamento era muito simples, mas era limpo e confortável.
Mesmo assim, partilho outras opções de alojamento em Cameron Highlands:
Dia 7 e 8: Penang
Está na hora de continuar a rumar ao norte da Malásia para passar dois dias em Penang. Penang é, na realidade, uma ilha ligada à parte continental da Malásia por mais do que uma ponte.
A sua zona principal é George Town, onde encontramos também fortes evidências da era colonial. Penang tem muito para explorar, mas sem dúvida que os grandes destaques vão para a sua street art, que tornou esta cidade ainda mais famosa e também para o inacreditável templo Kek Lok Si. Mas, os encantos de Penang não se ficam por aqui, já que este é um dos locais mais famosos na Malásia para provar street food.
Dia 1 em Penang: Sugiro que comecem o vosso dia em George Town a visitar os Clan Jetties – uma aldeia flutuante onde vivem vários clãs chineses. Atualmente é um lugar bem turístico, mas, apesar de tudo, achei interessante!
Mesmo perto dos Clan Jetties, encontram algumas das peças mais famosas de street art de Penang. Podem saber mais sobre os vários murais e onde os encontrar aqui.
A também não perder é a mansão Cheong Fatt Tze, também conhecida como Mansão Azul devido à sua cor exterior. Esta é uma casa histórica, construída no século XIX. Uma vez que o edifício é atualmente um hotel boutique, convém reservar a vossa visita com antecedência para garantir lugar numa das tours guiadas.
De tarde, sugiro subir até ao topo da vertiginosa Torre Komtar, de onde temos uma das melhores vistas sobre Penang. Existem vários miradouros na torre, mas recomendo especialmente o Rainbow Skywalk e o Observatory Deck.
E, depois de mais uma voltinha por aqui e acolá nas ruas de Penang, aproveitem para jantar na Chulia Street – o paraíso para amantes de street food.
Aliás, se gostavam de aprender um pouco mais sobre a gastronomia malaia, sugiro também uma destas food tours na cidade:
Dia 2 em Penang: A primeira paragem do segundo dia em Penang é num dos templos chineses mais incríveis da Malásia – o templo Kek Lok Si. Apesar de ficar longe do centro (recomendo usar Grab para lá chegar!), vale muito a pena 🥰.
O complexo é enorme! Aliás, existe até um pequeno funicular para nos levar a uma das partes do templo. Para além da sua dimensão, é também de admirar as vistas soberbas que temos sobre Penang, fazendo deste templo um dos melhores miradouros de Penang.
Dali, são poucos minutos de carro até à estação inferior do teleférico que nos leva até Penang Hill. A viagem de teleférico é curta, mas existe muito para fazer no topo. É bem possível passar um dia a explorar tudo o que Penang Hill tem para oferecer. No entanto, para ser possível visitar Penang em 2 dias, nesta passagem por Penang Hill recomendo apenas visitar o Habitat.
O Habitat é um pequeno trilho de cerca de 1,6 km no meio da Natureza. A entrada no Habitat é paga à parte do valor do teleférico, mas vale bem a pena na minha opinião!
Ainda que seja um bocadinho fora do habitual roteiro de Penang, recomendo vivamente uma visita à mesquita Tanjung Bungah, que mais parece estar a flutuar sobre a água do mar.
Relativamente perto, podem também aproveitar para um mergulho na praia Batu Ferringhi. Até porque depois, podem sempre aproveitar para dar um saltinho ao mercado noturno de Batu Ferringhi.
💡 DICA EXTRA: Se têm mais dias disponíveis para visitar Penang, sugiro acrescentar ao roteiro um dia no Parque Nacional de Penang, por exemplo. Entretanto, podem também ler todas as minhas dicas e o roteiro completo de Penang aqui.
Alojamentos em Penang
Sem dúvida que, dada a localização dos principais pontos de interesse em Penang, uma das melhores zonas para procurar alojamento em Penang é em George Town.
No meu caso, fiquei hospedada no Courtyard by Mariott Penang, que é uma das melhores opções de hotéis de 4 estrelas em Penang. Os quartos são extremamente espaçosos e o atendimento do staff é excecional.
Para além de um serviço buffet de pequeno-almoço e de um menu de almoço à la carte, o hotel conta ainda com o conceito do Gin Library. Aqui servem pratos mais requintados e uma carta extensa de cocktails, especialmente à base de gin.
De qualquer forma, deixo mais sugestões de alojamentos em Penang:
Dia 9 e 10: Langkawi
E para terminar em beleza este itinerário de 10 dias na Malásia, sugiro uma visita à ilha paradisíaca de Langkawi. Em boa verdade, Langkawi é um arquipélago de quase 100 ilhas. Este é o local perfeito para descansar após um roteiro mais citadino.
Anteriormente existia um ferry que ligava Penang a Langkawi, numa viagem que durava cerca de 2 a 3 horas. No entanto, essa opção já não existe. Alternativamente, existem voos (nem 20 minutos demoram) entre Penang e Langkawi. Foi desta forma que viajei entre estes dois locais. O bilhete de voo (pela AirAsia) custou apenas 8€ e recomendo bastante (é uma espécie de Ryanair da Ásia).
Em Langkawi, o ex-libris são claramente as suas praias de areais extensos e água bem quentinha. Tive oportunidade de visitar as duas praias principais em Langkawi (Pantai Cenang e Pantai Tengah), mas a minha preferida foi a praia Tanjung Rhu, um bocadinho fora da zona principal de Langkawi.
💡 DICA EXTRA: Podem encontrar ainda mais dicas para visitar Langkawi no meu artigo com o roteiro de 2 dias em Langkawi.
A não perder também na ilha é uma visita à Oriental Village e uma viagem no teleférico mais inclinado do mundo. No topo da viagem, encontramos a SkyBridge – uma ponte envidraçada com vistas inesquecíveis sobre Langkawi.
Mas existem algumas tours em Langkawi que valem bem a pena considerar. Em primeiro lugar, o passeio de barco entre ilhas (~18€) que inclui, regra geral, uma passagem pelo famoso Pulau Dayang Bunting, mas também na paradisíaca ilha Beras Basah. Este é um passeio bem turístico, mas certamente é uma das formas mais cómodas para visitar as principais atrações da tour.
Em segundo lugar, as tours na zona protegida do Kilim Geoforest Park são também outra excelente opção para observar a vida selvagem de Langkawi e, especialmente, a floresta de mangue.
Mas o importante em Langkawi é estar em contacto com um lado diferente da Malásia 😍. Raramente este país é associado a destino de praia e, deixem-me que vos diga, que fiquei bastante surpreendida pela beleza das suas praias.
💡 DICA EXTRA: Terminando este roteiro, o provável é que o vosso voo de regresso da Malásia seja com partida em Kuala Lumpur! Para evitar ter de fazer o percurso todo novamente de autocarro, recomendo marcar uma viagem de avião entre Langkawi e Kuala Lumpur. A viagem dura cerca de 1 hora e facilmente arranjamos uma tarifa em conta.
Alojamentos em Langkawi
Em Langkawi, convém escolher sabiamente a zona da ilha onde vamos ficar alojados, pois algumas zonas são de acesso mais difícil. Assim, as zonas com maior oferta de alojamento e com mais acessos são Pantai Cenang, Pantai Tengah e Kuah.
No meu caso, optei por ficar alojada em Pantai Cenang no alojamento Villa Langkawi. O alojamento era central e, apesar de simples, estava limpo e tinha uma boa relação qualidade-preço (25€/noite).
De qualquer forma, partilho outras opções de alojamento em Langkawi:
Itinerário da Malásia – O que visitar em 10 dias: roteiro sem praias
Se não são grandes amantes de praia, então sugiro retirar deste roteiro de 10 dias pela Malásia a ilha de Langkawi, já que a maioria das atividades na ilha envolvem praia.
Assim, sugiro uma versão alternativa de um roteiro de 10 dias com as melhores coisas a fazer na Malásia:
- Dia 1: Malaca
- Dias 2 a 4: Kuala Lumpur
- Dias 5 e 6: Cameron Highlands
- Dias 7 e 8: Ipoh
- Dias 9 e 10: Penang
A grande diferença face ao itinerário anterior é que substituí os 2 dias em Langkawi por 2 dias em Ipoh (e também alterei a ordem do roteiro). Ipoh é uma pequena cidade relativamente perto de Cameron Highlands.
Aproveitem, então, para visitar mais uma das cidades malaias, em que alguns dos principais pontos de interesse incluem templos (e.g. Sam Poh Tong) ou também street art à semelhança de George Town. Há quem diga que Ipoh é uma versão menos visitada de George Town 😉.
Acabei por não ter tempo de incluir esta cidade no meu itinerário pela Malásia (com muita pena minha!), mas partilho convosco este artigo com um itinerário detalhado de Ipoh.
Itinerário da Malásia – O que visitar em 7 dias
Ainda que não recomende dedicar apenas 7 dias a visitar a Malásia, é possível, mesmo assim, ver alguns dos melhores locais na Malásia nesse número de dias. Assim, partilho convosco uma sugestão de itinerário de 7 dias na Malásia:
- Dia 1: Malaca
- Dias 2 a 4: Kuala Lumpur
- Dias 5 e 6: Cameron Highlands ou Ipoh
- Dias 6 e 7: Penang
Itinerário da Malásia – O que visitar em mais do 10 dias
Se são os sortudos que têm mais do que 10 dias na Malásia, então deixo-vos mais umas sugestões de locais imperdíveis na Malásia:
- Ilhas Perhentian – ilhas paradisíacas com praias fantásticas (nota: ter em atenção a época das chuvas)
- Ilha Tioman – pequena ilha com praias idílicas (nota: ter em atenção a época das chuvas)
- Taman Negara – a floresta tropical mais antiga do mundo
Gastronomia na Malásia – O que provar
Uma das minhas partes preferidas na Malásia foi a sua gastronomia 🥰. Ainda que muitas vezes extremamente picante (se não gostam de picante, sugiro pedir sempre sem picante), existem imensos pratos típicos:
- Nasi Lemak – uma das comidas mais populares da Malásia. Este prato é feito à base de arroz cozinhado em leite de coco e servido, regra geral, com frango frito.
- Nasi Kandar – também um prato à base de arroz e servido em folha de banana. É bastante popular em Penang.
- Satay – espetadas de carne com um molho com bastantes especiarias. Delicioso!
- Char Kway Teow – um dos pratos mais populares em Penang e simplesmente divinal. São noodles de arroz fritos com molho de soja e acompanhados com vegetais e, muitas vezes, camarão.
- Kuih – uma sobremesa, bem colorida. A textura é estranha e confesso que não adorei.
- Cendol – uma sobremesa à base de gelo raspado. Achei muito doce e estranho.
- Nasi Goreng Kampung – arroz frito e bastante picante.
- Teh Tarik – a bebida quente mais famosa na Malásia e consiste em chá misturado com leite.
- Popiah – uma espécie de rolinhos primavera, que pode ter vários recheios (desde vegetais e carne)
Espero que este artigo vos tenha deixado com tanta vontade de visitar a Malásia como aquela que eu tenho de lá voltar 😍! Por isso, se estão indecisos sobre visitar ou não a Malásia, confiem na minha opinião, que não se vão arrepender.
Disclaimer: este post pode conter alguns links de afiliados, o que significa que eu ganho uma pequena comissão se comprarem através dos meus links. Isto não representa qualquer custo adicional para vocês e é uma forma de apoiarem o meu trabalho no blog😊
Fantástica descrição! Estou na dúvida se volto à Tailândia ou se vou à Malásia mas dep deste blog julgo que vou à Malásia. A ver se encontro um voo barato pois fará toda a diferença para o custo final
Obrigada pelo feedback 🙂 A Malásia é um país incrível, acho que será uma excelente escolha.
Boas viagens,
Mariana