A Albânia é provavelmente um dos destinos mais subvalorizados da Europa. Com umas das praias mais bonitas da Europa, zonas montanhosas com paisagens de cortar a brespiração e cidades cheias de história, não entendo muito bem como é que ainda não começaram a visitar a Albânia em massa.

Para ser totalmente sincera, a minha vontade de visitar este país incrível começou quando vi algumas partilhas nas redes sociais das paisagens albanesas. Rapidamente coloquei o país no topo da lista de países que gostava de visitar 😊

E a melhor parte é que não desiludiu de forma alguma. Foi das minhas viagens preferidas até ao momento e voltava lá num abrir e fechar de olhos. Posso estar muito enganada, mas acho mesmo que a Albânia vai ser a próxima Croácia (ps: visitei a Croácia 3 meses antes da Albânia, por isso a minha memória comparativa estava bem fresquinha!)

Muito honestamente acho que não deviam deixar de visitar a Albânia só porque está mais frio ou mais calor. Acho que o país é magnífico em qualquer altura do ano! No entanto, a verdade é que seria também uma pena não aproveitar a extensa costa albanesa com praias lindas (especialmente a zona da Riviera Albanesa).

Assim, diria para tentarem visitar o país entre maio e outubro para tentarem garantir temperaturas mais amenas e ainda aumentar a probabilidade de conseguirem usufruir das praias. O país ainda não foi atingido pelo turismo massificado, pelo que mesmo que visitem no verão não será muito confuso (claro que a zona das praias está tendencialmente cheia, mas no resto do país nem tanto).

A Albânia pode não ser um país muito grande, mas não existem muitas autoestradas o que faz com que distâncias curtas demorem muito a ser percorridas. Adicionalmente, o país tem paisagens muito diversas… desde zonas montanhosas mais no interior do país, às praias do sul.

Deste modo, acredito que a duração ideal de uma viagem pela Albânia seja de 15 dias. No entanto, eu acabei apenas por passar 9 dias (quase!) completos no país e deu para visitar imensos sítios. É também possível ficar apenas 7 dias com alguns ajustes no roteiro. Apesar do roteiro que vos vou apresentar ser de 9 dias, no final do post poderão também encontrar uma versão para 7 dias.

De momento, apenas existe um aeroporto internacional na Albânia, localizado na capital do país (Tirana). Tirana é um bom ponto de partida para quem pretende visitar a Albânia pois fica relativamente a meio do país.

De momento não existem voos diretos de Portugal para Tirana, mas eis algumas cidades europeias com voos diretos para Tirana:

• Itália (Milão, Bari, Verona, Veneza, Roma, Pisa)
• Alemanha (Memmingen, Berlim, Munique)
• Suíça (Genebra, Zurique)
• Espanha (Barcelona, Madrid)
• Bélgica (Bruxelas)
• França (Lyon, Nice, Paris)
• Reino Unido (Londres)
• Holanda (Eindhoven)

📝 INFORMAÇÃO ÚTIL: No meu caso, voei do Porto para Genebra (EasyJet) e depois daí para Tirana (também Easyjet). No regresso, voei de Tirana para Nice (Wizzair) e de Nice para o Porto (Easyjet). Os voos ficaram cerca de 176€ por pessoa (sem bagagem adicional, apenas 1 item incluído).

A rede de autocarros não funciona maravilhosamente bem na Albânia (ainda que esta exista e seja possível viajar desta forma) e os comboios são praticamente inexistentes. Assim, sem dúvida alguma, que a melhor forma de nos movimentarmos na Albânia é através de carro.

Optei por alugar o carro com a empresa Select Car e gostei imenso do serviço. Escolhi levantar o carro no centro da cidade pois no primeiro dia fiquei por Tirana e não precisei de carro e entreguei no aeroporto no final da viagem.

O atendimento foi muito simpático e o momento de recolha do carro foi bastante célere (quantas vezes perco imenso tempo com esta parte do processo 😔). 

💡 DICA EXTRA: Apesar de recomendar SEMPRE incluírem seguro contra todos os riscos quando alugam carro, na Albânia esta recomendação é ainda mais válida. A condução na Albânia pode ser um pouco agressiva e mais vale prevenir do que remediar 😊

Conduzir na Albânia pode ser assustador para condutores menos experientes, sendo muito honesta. Apesar de eu gostar imenso e estar à vontade a conduzir, foi o país mais caótico onde conduzi. Para além dos albaneses não serem muito respeitadores das regras de trânsito (e.g. ultrapassagens numa 3ª faixa que não existe, entrarem à descarada quando têm cedência de passagem), as estradas nem sempre estão nas melhores condições.

Mas, dito tudo isto, não me senti nervosa nem nada do género quando conduzia. Acabamos por nos habituar à condução deles (e, tenho de confessar, que me fartei de rir com algumas situações que vi na estrada 😂). Por isso, a não ser que sejam muito inexperientes na condução, diria que é moderadamente fácil conduzir na Albânia.

A moeda oficial da Albânia é o LEK e à data de hoje (setembro 2022) esta é a taxa de câmbio face ao Euro: 1 EUR = 117 LEK. A moeda albanesa só pode ser adquirida e trocada no próprio país!

A Albânia é um país que funciona ainda muito à base de dinheiro. Será muito frequente ouvirem que não aceitam cartão – “only cash”. Por isso, uma das maiores recomendações é que levantem dinheiro mal cheguem ao país e que andem sempre com algum dinheiro pois nunca se sabe quando vão conseguir usar cartão 😜

Algumas vezes, os restaurantes e lojas também aceitam Euros (e outras moedas, tais como Dólar ou Libras), mas confirmem sempre se o câmbio que eles sugerem vos é vantajoso! Pela experiência, raramente é.

Em primeiro lugar, recomendo a utilização de um Cartão Revolut, já que este não vos vai cobrar taxas adicionais por estarem a usar uma moeda diferente (quer quando pagam com o cartão, quer nos levantamentos). Podem consultar mais informações sobre como funciona o cartão Revolut aqui.

No entanto, apesar do Revolut não cobrar taxas adicionais por levantarem dinheiro noutra moeda, a maioria dos bancos na Albânia cobram taxas pesadas por esses levantamentos (uma das taxas mais elevadas que vi era de 6,8€). No entanto, encontrei um banco que não cobra taxa – CredinsBank. Atualização 2023: indicaram-me, entretanto, que o CredinsBank também já cobra taxa.

💡 DICA EXTRA: Uma vez que a Albânia é um país que funciona muito à base de dinheiro vivo, convém levantar ainda uma quantia considerável pois vão precisar de usar notas muitas vezes. No entanto, se aderiram ao plano mais básico da Revolut, alerto que os levantamentos sem cobrança de taxa extra pela Revolut têm um limite mensal (não sendo os meses fixos) de 200€. No meu caso, tínhamos 2 cartões Revolut e tivemos de exceder o limite num dos levantamentos.

Nos dias que correm, é quase impossível ir para um país e não estar contactável ou não ter net. Uma vez que a Albânia não pertence à União Europeia, pagamos roaming se tentarmos usar o nosso pacote de dados e chamadas nacional. Dessa forma, recomendo comprar um pacote de dados mal cheguem à Albânia.

No aeroporto existem duas empresas com pacotes idênticos: 35GB por 2000 LEK (~17€). Os stands da Vodafone ou da One encontram-se lado a lado mesmo junto à entrada/saída do aeroporto.

Acabei por optar pela Vodafone e a cobertura pelo país foi bastante satisfatória! Como éramos 2 pessoas, comprámos apenas um cartão SIM e fizemos hotspot entre os telemóveis. Foram 10 dias a viajar pelo país e ainda voltámos com mais de metade dos dados móveis disponíveis 😉

O processo de compra do cartão foi também bastante simples. Demorou menos de 15 minutos sendo que 10 foram na fila à espera para ser atendidos. Só temos de fornecer alguns dados pessoais, assinar um documento, pagar et voilà!

Antes de visitar a Albânia ouvi alguns relatos de que este poderia não ser um país muito seguro. Relatos de máfia e assaltos a carros, recomendação para não conduzir à noite e por aí fora. No entanto, senti-me sempre segura (quer de dia, quer de noite!). Apenas em 2 ou 3 ocasiões senti uma ligeira insegurança, mas isso é algo perfeitamente normal que também me acontece frequentemente aqui em Portugal (um dos países mais seguros do mundo).

A verdade é que cheguei ao meu primeiro alojamento na Albânia já bastante tarde e com noite cerrada e quando saí do alojamento no dia seguinte tudo me parecia estranho e muito duvidoso. Fios por todo o lado, casas e prédios não acabados de construir! Confesso que me chocou um pouco, pelo menos até eu perceber que isto era absolutamente normal no país e não significa que estava numa zona mais perigosa só porque as casas tinham “mau aspeto”.

Convém até referir que andei quase sempre de máquina fotográfica ao pescoço e telemóvel na mão para usar o GPS e nunca me senti insegura relativamente a possíveis assaltos. Dito isto, importa também dizer que tive os cuidados normais que tenho sempre em qualquer país do mundo (e.g. não deixar a carteira com os documentos, dinheiro e cartões na zona de fácil acesso da mochila para evitar eventuais casos com carteiristas).

No entanto, deixo a nota que li em alguns sites e blogs, que existem algumas zonas do país que não são de facto recomendadas visitar. A primeira é a zona mais a norte junto à fronteira com o Kosovo devido a minas ainda não desativadas e a alguns conflitos ainda existentes na região. A segunda é uma pequena terra chamada Lazarat, que é conhecida por ser a capital europeia da droga e, consequentemente, com muito pouco controlo policial.

O primeiro dia deste itinerário começa com um ponto que deve ser obrigatório visitar na Albânia – a sua capital. Apesar da sua pequena dimensão, Tirana é uma cidade bem interessante.

Uma passagem por Tirana não fica completa sem uma visita à praça que homenageia o herói nacional da Albânia – Skanderbeg. Na Praça Skanderbeg, podem encontrar o Museu da História Nacional, a Torre do Relógio e ainda a Mesquita Et’hem Bey, que merece ser visitada no interior.

Não deixem também de parar para admirar o colorido mercado Pazar i Ri ou uma das ruas mais famosas da cidade (Rruga Murat Toptani), onde fica localizado o antigo castelo de Tirana que foi reabilitado e é um agradável espaço com várias lojas e restaurantes.

Mas uma visita a Tirana não fica completa sem antes passarmos por um dos 2 bunkers existentes na cidade. Antes de visitar a Albânia, importa estudar um pouco melhor a sua história. O país esteve muitos anos sob um regime comunista que contribuiu largamente para o isolamento do país até ao início dos anos 90. Os dois bunkers (Bunk’Art 1 e Bunk’Art 2) existentes em Tirana (assim como os mais de 170.000 bunkers espalhados pelo país) são a prova da existência de um ditador lunático que temia constantemente um ataque contra o país.

No entanto, Tirana tem mais para visitar para além dos pontos mencionados acima. Se querem planear a vossa viagem a Tirana de forma mais detalhada, sugiro a leitura do meu post específico sobre Tirana, onde podem encontrar várias dicas e informações úteis para planearem a vossa visita.

Fiquei alojada nuns apartamentos recentes relativamente perto do centro da cidade – 5 a 10 minutos a pé dos principais pontos de interesse. Os Studio Apartments Villa 24 são um conjunto de apartamentos que estão equipados com tudo o que precisamos para uma boa estadia em Tirana.

Para além da cama confortável e da casa de banho moderna, tinha ainda uma sala e uma pequena cozinha, caso pretendêssemos cozinhar algumas refeições. Fomos muito bem recebidos no alojamento com algumas peças de fruta, umas bolachinhas e água. De qualquer forma, deixo aqui mais algumas sugestões de alojamentos:

Começamos o 2º dia do roteiro pela Albânia com a visita à cidade portuária de Durrës. Apesar de ter visitado a cidade durante um sábado, encontrei a cidade quase vazia, o que achei estranhíssimo. Não sei se será sempre assim, mas não me ajudou a ficar a gostar da cidade.

A cidade é pequenina e tem apenas alguns pontos de interesse. Destaque para algumas ruínas que são visíveis pela cidade, tais como o antigo mercado Bizantino, o Anfiteatro ou ainda o Fórum e os Banhos Romanos. Destes, o anfiteatro é o que claramente se encontra em melhor estado de conservação.

Na cidade podem também visitar duas mesquitas: Xhamia E Madhe e Mesquita Fatih. A primeira é bastante mais imponente que a segunda, mas acabei por não visitar nenhuma no seu interior.

Junto à mesquita Xhamia E Madhe, encontramos uma praça, onde está localizada a Câmara Municipal de Durrës.

Ainda a destacar temos a torre Veneziana de Durrës (em obras quando visitei) ou um passeio junto ao mar. Têm a possibilidade de fazer praia aqui, mas, muito sinceramente, com tantas praias bonitas no sul da Albânia não acho que este seja o melhor sítio para fazer praia na Albânia.

Apesar de uma ou outra rua mais engraçadinha na cidade, Durrës desiludiu-me bastante e foi provavelmente um dos locais que menos gostei na Albânia.

💡 DICA EXTRA: Em alternativa a esta visita a Durrës, podem optar por visitar o lago Bovilla, com cores absolutamente incríveis e que fica relativamente perto de Tirana. O único problema desta opção é que vão aumentar 40 min ao vosso itinerário pois a estrada para chegar ao lago Bovilla não se encontra em boas condições. Apesar da distância ser de apenas 23km, a viagem desde Tirana dura cerca de 1h. No entanto, deixo-vos aqui esta ideia para o caso de quererem estudar alternativas a Durrës.

Seguimos para uma das cidades que qualquer um deve visitar na Albânia. Krujë é uma cidade cheia de história e uma das mais famosas no país. A sua importância está relacionada com o facto desta ser a cidade natal do herói albanês – Skanderbeg – que libertou o país da invasão do Império Otomano.

Não existem muitos pontos a visitar em Krujë, mas os poucos que existem são mais do que bons. Eu adorei visitar Krujë 😍 Um dos ex-libris da cidade é o seu Bazar Antigo, onde podem encontrar bastante artesanato e produtos locais. É um mercado com mais de 500 anos, do tempo do Império Otomano. Preparem as câmaras pois a vontade vai ser fotografar todos os cantinhos.

Para além do Bazar, sugiro também uma visita ao castelo de Krujë, onde está inserido o Museu de Skanderbeg que, tal como o nome indicia, conta a história deste herói do povo albanês, mas também um pouco da história deste país.

No complexo do castelo, podem também visitar outro museu: o Museu Etnográfico de Krujë, que pretende contar-nos um pouco mais sobre o estilo de vida dos albaneses durante o período de ocupação dos Otomanos.

Ao subirem ao Castelo, para além de o poderem admirar, vão também ser brindados com vistas incríveis!

O Lago Komani foi um dos locais mais bonitos que visitei nesta viagem e, apesar do acesso até ao lago não ser o mais simpático, não o incluir na lista de locais a visitar na Albânia seria uma tolice 😉 Vale a pena qualquer esforço (mais sobre isso já a seguir)!

Para que este 3º dia seja possível, recomendo que cheguem à proximidades do lago Komani no dia anterior. Há muitas pessoas que fazem o percurso de ida para Komani de manhã bem cedo (pois a maioria dos barcos parte por volta das 9h), mas eu acho preferível ir com mais tempo no dia anterior já que a estrada de acesso a Komani é um verdadeiro tormento. De qualquer forma, se pretendem ir de Shkodër ou Tirana no próprio dia, há vários serviços de transfer disponíveis. Por exemplo, de Tirana têm este disponível.

O percurso para Komani é péssimo e esta foi claramente a estrada por onde passei que estava em piores condições. De Krujë ao local onde pernoitei na noite do 2º dia são 2h44 (116 km). Grande parte do percurso é tranquilo, mas na última hora, a estrada fica péssima. A estrada está cheia de buracos e, por isso, um percurso que podia demorar 20/30 minutos demora quase 1 hora. No entanto, alguns locais informaram-me que há perspetivas de melhoria desta estrada num futuro próximo 😊

O lago de Komani fica num local relativamente remoto e, por isso, a escolha é bastante reduzida. Eu fiquei alojada no Lugina e Komanit, a 10 minutos de carro até ao local onde se apanham os barcos. É um alojamento no meio do nada, muito simples, mas com atendimento simpático.

Trata-se de um negócio bastante familiar, mas para dormir, chega perfeitamente. Além disso, o pequeno-almoço está incluído na tarifa. O alojamento tem também um restaurante na parte inferior e foi até a nossa salvação quando chegámos lá por volta das 21h no dia anterior. Na manhã seguinte, ofereceram-se para nos levar até ao local onde se apanham os barcos, o que acabou por ser vantajoso porque evitamos ter de encontrar estacionamento para o carro.

Outra opção de alojamento nas redondezas é este alojamento: Kulla e Vjeter.

O lago Komani é artificial e foi criado quando a central hidroelétrica foi construída nos anos 80. A melhor forma de o visitar é claramente através de uma viagem de barco que serpenteia aquelas águas cristalinas rodeadas das montanhas verdejantes.

Acabei por optar pelos serviços do ferry Berisha, em que o barco partia em direção a Fierza às 9h. Honestamente, não gostei da experiência. O ferry ia tão cheio que não havia lugar para todas as pessoas sentadas (e isto foi no início de setembro, já não pico da época alta). As pessoas acabaram por se sentar em qualquer lado que conseguiam e, como eu queria aproveitar a paisagem, acabei por ir a viagem toda de pé. Mas quando vi aquela paisagem tão linda, esqueci-me logo da confusão que foi para arranjar aquele lugarzinho ou que não ia sentada 😊

📝 INFORMAÇÃO ÚTIL: Os bilhetes para o ferry Berisha podem ser comprados online e há a opção de comprar bilhetes com carro ou apenas pedonais. O barco parte às 9h em Komani e chega a Fierza às 11h30. Depois, o mesmo barco regressa de Fierza às 13h e chega a Komani às 15h30. Há também outro barco da mesma empresa (sem opção de transporte de carros) que sai de Komani também às 9h e chega a Fierza às 12h. No entanto, não é possível voltar nesse barco uma vez que este sai de Fierza às 6h e chega a Komani às 8h45. O preço é de 8€ (7€ se comprado online) por pessoa. No entanto, sugiro que consultem a informação mais atualizada aqui.

Existem outras opções para visitar o lago, tais como a empresa Alpin ou o ferry Rozafa. Os horários de funcionamento são diferentes e os preços também. Sugiro que consultem as condições de cada um dos ferries aqui: Alpin ou Rozafa.

Além disso, existem também algumas tours do lago de Komani, com barcos mais pequenos. Algumas destas tours até incluem paragens pelo caminho, em locais como o rio Shala. Sabendo o que sei hoje, teria provavelmente optado por esta hipótese mesmo sendo ligeiramente mais cara. Podem por exemplo ver esta empresa que oferece este serviço (PS: não utilizei pessoalmente este serviço pelo que não sei qual é a qualidade do mesmo). 

Resumidamente, se o vosso objetivo é apenas visitar o lago Komani, então, sim! Aliás, foi isto mesmo que fiz. Quando chegámos a Fierza, saímos do barco e almoçámos no único cafézinho que lá tem e pouco tempo depois estavámos de volta ao barco para garantir que tínhamos lugares sentados no regresso a Komani.

A viagem ainda é relativamente longa (quase 2h30) e achei que fazê-la duas vezes no mesmo dia era um bocado entediante. Como seria de esperar, no regresso, já não vinha tão entusiasmada com a paisagem nem a tirar tantas fotografias pois tinha feito aquele percurso há poucas horas. Mas, mesmo assim, esta é a melhor opção. Ainda cheguei a equacionar levar carro para regressar de Fierza de carro, mas esta opção iria demorar 2 horas adicionais.

• Especialmente fora do verão, recomendo que vão agasalhados porque há partes do barco que podem estar à sombra. E tenho a certeza que vão querer aproveitar a paisagem do lado de fora do barco 😊
• O barco tem um minibar, mas vende muito poucos artigos, por isso recomendo que levem os vossos snacks.
• O barco tem casa de banho na parte inferior.
• Apesar do percurso ser belíssimo, infelizmente vi imenso lixo na água. Aliás, este é um problema que me pareceu ser estrutural em toda a Albânia.

💡 DICA EXTRA: Muitas pessoas usam este ferry para chegar a Fierza, de onde depois apanham um transfer até Valbona e daí fazem um dos mais conhecidos trilhos da Albânia que liga Valbona a Theth. Infelizmente não fiz este trilho pois era impossível encaixá-lo no roteiro (acreditem que não foi por falta de tentativa!) Mas se tiverem alguns dias para acrescentar ao vosso roteiro, sugiro vivamente esta experiência. Leiam mais sobre o trilho mais bonito da Albânia.

Apesar da viagem até Shkodër desde Komani ainda demorar 1h40, como regressámos cedo de Komani, ainda conseguimos aproveitar minimamente algumas horas em Shkodër. Sugiro, pois, que visitem o Forte Rozafa, especialmente mágico ao pôr do sol 🥰

Palavras para quê? Esta é claramente uma daquelas situações em que uma imagem vale mais do que mil palavras!

📝 INFORMAÇÃO ÚTIL: É possível chegar ao forte de carro, existindo um pequeno parque de estacionamento perto da entrada. O parque de estacionamento é gratuito, mas a entrada no forte é paga e custa 400 LEK (~ 3,4€).

Shkodër é uma excelente escolha de local para ficar no Norte da Albânia pois é um bom ponto de partida para explorar zonas como Theth ou o lago de Komani. Optei por ficar 2 noites em Shkodër e a guesthouse em que fiquei foi uma verdadeira surpresa – InTown Guesthouse 😊

O host era dos mais simpáticos que já encontrei em viagem. Com uma localização bastante central, a guesthouse resulta da renovação de uma casa com mais de 300 anos e tinha apenas meia dúzia de quartos disponíveis. Os quartos eram simples, mas amorosos. Além disso, a guesthouse tinha ainda um jardim interior, onde era serviço o pequeno-almoço todos os dias.

De qualquer forma, Shkodër tem várias opções de alojamento, sendo que deixo aqui algumas sugestões adicionais:

Lembram-se do trilho que liga Valbona a Theth e que é um dos mais populares na Albânia? Ora pois bem… não consegui encaixar o trilho no itinerário, mas tive de encaixar Theth porque tinha demasiada vontade de visitar aquela que é provavelmente uma das aldeias mais bonitas da Albânia.

Assim, saímos cedo de Shkodër em direção a Theth. A estrada é recente e está em excelentes condições, mas é uma estrada bastante estreita e com imensas curvas. Assim, é normal que o percurso ainda demore um pouco a ser percorrido. Mas prometo que valerá a pena 😉

Chegados a Theth, a verdade é que não há assim tanto para visitar. Fui direta ao primeiro ponto que mais curiosidade tinha em visitar! A famosa igreja de Theth!! É uma igreja do século XIX e está perfeitamente enquadrada pelas montanhas.

📝 INFORMAÇÃO ÚTIL: É possível conduzir quase até à igreja, apesar da última parte do percurso ter alguma gravilha. Estacionei o carro perto da igreja e fui explorá-la a pé.

Perto da igreja, podem aproveitar para também visitar a “Torre de Bloqueio”. Esta torre era usada para prender todos aqueles que tinham cometido crimes graves contra o Kanun – um conjunto de regras de conduta do século XV. O Kanun indicava que a pessoa só podia ser liberta quando a família da vítima perdoava ou quando algum membro da família do criminoso era morto como vingança. Tempos engraçados estes, não acham? 🤷

E, apesar de não estar inicialmente previsto no plano, convenceram-me a visitar a cascata Grunas que fica a cerca de 45 min a pé do “centro” de Theth. Confesso que não foi fácil chegar à cascata pois o percurso nem sempre está bem demarcado, mas acabamos por lá chegar. E, honestamente, apesar de a meio só me apetecer desistir porque não conseguimos encontrar a cascata, acabou por valer a pena 😉

💡 DICA EXTRA: Se estão em Theth e têm mais tempo disponível, podem também percorrer um trilho até ao Olho Azul de Theth. Mas deixo a nota que este trilho tem cerca de 17km ida e volta, pelo que não é um trilho propriamente rápido.

Conclusão: fui de propósito a Theth para ver uma igreja, uma torre e uma cascata? Fui pois e valeu 100% a pena! Theth é mesmo um local bem diferente de todos os outros que optei por visitar na Albânia e provavelmente um dos meus preferidos.

Acabámos por regressar a Shkodër para continuar a explorar esta cidade que tanto me surpreendeu. Depois de um pôr do sol incrível no forte Rozafa no dia anterior, aproveitamos para também visitar a Mesquita Ebu Bekr por fora e a Catedral de Shkodër onde conseguimos espreitar para admirar o seu interior (nada de impressionante) pois estava a decorrer uma missa.

Terminamos o nosso dia a passear pelas ruas e ruelas que têm imensa vida à noite (pelo menos durante o verão), tanto que nos juntámos aos locais para uma bebida depois de jantar 😊 Estas eram as que estavam mais animadas: Rruga Kolë Idromeno e Rruga G’juhadol!

Neste 5º dia a visitar a Albânia, vamos rumar novamente a sul, mas antes disso, sugiro que aproveitem o início da manhã para conhecer dois sítios em Shkodër. O primeiro é a ponte Mesi, situada a cerca de 5 km de Shkodër, construída no século XVIII com o objetivo de ligar Shkodër a outras cidades mais a norte. Infelizmente quando visitei não havia qualquer água a correr por debaixo da ponte, mas mesmo assim esta não deixa de ser incrível!

E por fim, não faria sentido visitar Shkodër sem visitar o lago que dá o nome à cidade. O lago Shkodër é na realidade partilhado entre a Albânia e Montenegro e é o maior lago no sul da Europa. Dado o tempo que tinha disponível acabei apenas por dar um pequeno passeio na estrada mesmo junto ao lago, que liga Shiroka a Zogaj.

💡 DICA EXTRA: Se estiverem com algum tempo disponível no vosso itinerário, podem acrescentar o castelo Petrela na vossa lista de locais a visitar neste dia já que fica quase a caminho do próximo ponto – Berat.

Berat é conhecida como a cidade das mil janelas e basta olhar para as suas casas brancas para perceber o motivo. Esta cidade é Património Mundial da UNESCO e é um local imperdível quando estiverem a visitar a Albânia.

A cidade divide-se em dois “bairros” separados pelo rio – Mangalem e Gorica. Gorica é o lado com menos pontos de interesse e também mais calmo, mas vale muito a pena deixarem-se deambular por lá um bocadinho. É deste lado do rio que vão conseguir a fotografia perfeita das casinhas com as centenas de janelas.

Atravessando a ponte Gorica, chegamos ao “bairro” mais movimentado – Mangalem. Podem explorar a famosa rua Bulevardi Republika, onde os locais se reúnem especialmente à noite. Ainda a não perder a mesquita Lead e, a poucos metros dali, a Catedral de S. Demétrio.

Mas o que realmente me deixou apaixonada por Berat foi a visita ao seu castelo. O complexo do castelo ainda é bastante grande, pelo que recomendo que reservem 1h a 1h30 para o visitar. É especialmente mágico ao pôr do sol 😊

Para além das vistas incríveis sobre Berat que não deixam ninguém indiferente, irão encontrar vestígios de outros tempos (como é o caso das ruínas da mesquita vermelha) ou ainda a igreja da Santíssima Trindade.

Fiquei alojada no Tradita e Beratit, um alojamento simplesmente adorável que resulta do restauro de uma casa típica da região com mais de 300 anos. É um alojamento muito pequeno, mas verdadeiramente acolhedor 🥰 Nada na decoração foi deixado ao acaso! 

Além disso, o Tradita e Beratit dispõe de um pequeno restaurante onde podemos experimentar um menu de degustação com produtos da região e ainda onde é servido o pequeno-almoço no dia seguinte.

Se forem a Berat, não vão querer perder este alojamento, garanto-vos. De qualquer forma, deixo-vos aqui mais algumas sugestões:

Saímos de uma cidade Património Mundial da UNESCO para outra. Gjirokastër é das cidades mais amorosas e que têm MESMO de visitar na Albânia.

É particularmente conhecida pelo seu Bazar Antigo do tempo do Império Otomano, que é regra geral o cartão de visita quando as pessoas chegam à cidade.

Mas Gjirokastër tem muito mais para visitar. Desde um túnel do tempo da Guerra Fria que pode ser visitado até casas autênticas (casa Skenduli e casa Zekate) onde podemos aprender mais sobre o estilo de vida dos albaneses no século XVIII.

Adicionalmente, podem também subir ao castelo da cidade, que nos oferece vistas incríveis de Gjirokastër.

Mas se procuram um roteiro mais completo de Gjirokastër, podem consultar o meu post dedicado às 8 coisas imperdíveis na cidade onde podem encontrar muitas mais dicas para visitar este tesourinho albanês.

O Olho Azul é um excelente desvio para incluir neste dia do roteiro 🥰 Trata-se de uma fonte de água natural que atrai milhares de visitantes devido à cor da sua água.

A água pode ser gelada, mas nem por isso as pessoas desistem de dar lá um ou outro mergulho (mesmo sendo tal proibido segundo um cartaz lá afixado).

📝 INFORMAÇÃO ÚTIL: É preciso pagar cerca de 0,5€/pax para entrar e o percurso demora cerca de 20 min (só ida) para chegar à zona com água. O percurso tem algumas subidas e descidas, mas é totalmente alcatroado. Caso pretendam visitar o Olho Azul sem carro, também é possível. Existem autocarros que ligam Gjirokastër a Sarandë, bastando pedir ao condutor para vos deixar no Olho Azul.

Depois de um dos dias mais exigentes no que diz respeito à condução, sugiro pernoitar em Sarandë, já localizada na famosa Riviera Albanesa. Sobre o que visitar em Sarandë, terão de continuar a ler o post 😋

Sarandë pode ser um bocadinho confuso e, por isso mesmo, escolhi um alojamento localizado numa zona calma, mas mesmo assim, muito bem localizado. O Hotel PortaNova é um hotel extremamente recente e tem a vantagem de ter praia à porta (literalmente!). Eu cronometrei e demorei 3minutos e 8 segundos a chegar do quarto à praia!

Para além desta mais-valia, as instalações são muito modernas, os quartos muito espaçosos e o hotel dispõe ainda de serviço de pequeno-almoço no terraço junto à entrada do hotel.

Esta é definitivamente uma excelente opção para quem procura alojamento em Sarandë. De qualquer forma, deixo aqui mais algumas recomendações para diferentes tipos de orçamento:

Depois de vários dias mais intensivos de sightseeing, segue-se o dia mais relaxado da viagem, com finalmente direito a um mergulhinho nas fantásticas praias da Albânia.

A apenas a 18 km de Sarandë, outro local que devem mesmo visitar na Albânia é o Parque Nacional de Butrint. O parque tem mais de 9 mil hectares contando com lagos, pântanos, planícies, ilhas, etc. Mas o que traz mais turistas a este parque é a sua zona arqueológica.

Butrint é Património Mundial da UNESCO pois contém vários artefactos desde a Idade do Ferro até à Idade Média. É impossível não visitarmos este local sem imaginar como seria a vida ali há tantos anos!

Um dos pontos mais imponentes da visita é sem dúvida o Teatro Romano, as ruínas da Basílica e a Porta do Leão. O espaço é bastante grande pelo que sugiro pelo menos 1h30 para visitarem todos estes vestígios arqueológicos. No entanto, se quiserem visitar o parque em maior detalhe, certamente que precisarão de mais horas.

Mas a visita a Butrint não é só marcada pelos artefactos que vamos observando ao longo do percurso. A paisagem circundante é belíssima! Alias, é especialmente bonita na parte final do percurso junto do Museu Arqueológico.

📝 INFORMAÇÃO ÚTIL: O bilhete de adulto custa 1000 LEK (~8.58€) e o parque pode ser visitado das 9h às 19h todos os dias. De qualquer forma, sugiro sempre que consultem a informação mais atualizada.

Se estão a viajar de carro, a melhor opção é estacionar o carro aqui. O parque estava um pouco congestionado, mas existia uma pessoa da organização a orientar os veículos para os lugares.

💡 DICA EXTRA: Se estão a percorrer este itinerário e têm algum tempo adicional disponível, podem também fazer uma breve paragem no castelo Ali Pasha, localizado entre Butrint e o próximo ponto deste roteiro. No entanto, no meu caso acabei apenas por observar este castelo da estrada que liga Butrint a Ksamil.

Depois de uma manhã bem preenchida, está na hora de finalmente experimentar as águas azulinhas da Riviera Albanesa. Existem várias praias que podem visitar, sendo que no meu caso acabei por optar pela praia de Bora Bora – provavelmente uma das mais famosas.

A praia é relativamente pequena e está toda concessionada. Apesar de já ter chegado perto da hora de almoço, tivemos a sorte de encontrar 2 lugares disponíveis mesmo junto à água. O valor de 2 espreguiçadeiras e 1 guarda-sol é de 1000 LEK (~8,5€) para o dia inteiro.

💡 DICA EXTRA: Eu fiquei logo na primeira praia mal se chega à praia de Bora Bora. No entanto, existem mais locais para ficar, tanto para a direita como para a esquerda. Quando saí da praia, caminhei para a esquerda (quem está de frente para o mar) e vi muitas mais zonas com espreguiçadeiras e até alguns bares de praia.

Existem alguns restaurantes na proximidade da praia e, então, acabei por almoçar uma pizza ali mesmo com aquela vista magnífica. A temperatura da água estava incrível e parecia um autêntico laguinho. Não queremos melhor do que isto, pois não? 🥰

💡 DICA EXTRA: Enquanto que em outras praias da Albânia, parece ser possível conseguir escapar a ter que pagar pelo guarda-sol/espreguiçadeira porque conseguimos estender a toalha uns metros ao lado, nesta aqui diria que é praticamente impossível.

Apesar de não ter ficado na praia até ao pôr do sol, dizem que Ksamil tem um dos mais bonitos da Albânia devido ao enquadramento perfeito das ilhas de Ksamil. Apesar de só ter visitado a praia de Bora Bora em Ksamil, deixo aqui outras sugestões de praias que me pareceram igualmente incríveis:

• Stela
• Lori
• Paradise

💡 DICA EXTRA: Outra opção incrível de praia nesta zona é a “Mirror Beach” (Plazhi i Pasqyrave em albanês). Acabei por não visitar esta praia, mas consta que é uma das mais populares.

E, para terminar o dia, sugiro uma visita à cidade costeira de Sarandë. A cidade em si não tem assim tanto para visitar, mas recomendo especialmente:

• Um passeio junto à rua Hasan Tahsini Boulevard;
• Uma visita rápida ao complexo da Antiga Sinagoga;
• Assistir ao pôr do sol no castelo Lëkurësi.

O pôr do sol no castelo foi um dos momentos mais bonitos da viagem. Os tons alaranjados do céu, a vista sobre a cidade de Sarandë, a ilha de Corfu (Grécia) ali tão perto. Ai, que saudades 😍

O castelo tem um restaurante e um bar onde podem apreciar este pôr do sol com ainda mais estilo 😊

💡 DICA EXTRA: Quando estava a preparar o meu roteiro para a viagem, li que também era interessante visitar o Mosteiro dos 40 Santos para vistas bonitas. No entanto, enquanto o castelo é grátis, aqui temos de pagar 200 LEK (~1.7€) e a vista é praticamente a mesma. Além disso, o mosteiro está bastante degradado. Por isso, sugiro que não cometam o mesmo erro que eu e visitem só o castelo.

O 8º dia deste roteiro para visitar a Albânia vai começar novamente em direção ao norte do país. Saindo de Sarandë, existem várias paragens que podem ser feitas pelo caminho até Dhërmi, onde sugiro pernoitar.

Infelizmente o tempo não era muito e acabei apenas por para aqui e ali para algumas fotografias, mas estes são os principais pontos de interesse até chegarmos a Dhërmi:

Borsh, onde podem visitar:

• Praia de Borsch – a mais extensa da Albânia
• Castelo de Borsch
• Bunkers

Porto Palermo e o seu castelo

Qeparo, onde podem visitar:

• Praia de Qeparo
• Upper Qeparo – aldeia antiga localizada nas encostas do Monte Gjivlash

Himarë, onde podem visitar:

• Castelo
• Centro histórico
• Praia Livadhi

Depois de umas quantas paragens para fotografias e de um almoço em Himarë, fomos finalmente em direção à praia de Gjipe. Esta era um dos locais que mais queria visitar na Albânia 😊

O motivo para esta praia ser tão popular é a paisagem de fundo da mesma! Muito impressionante, se me perguntarem.

Para chegarem à praia, existem algumas opções:

• Barco ou kayak desde a praia de Jale
• Estacionar o carro aqui (200 LEK) e percorrer um pequeno trilho até à praia. O trilho são cerca de 2km e demora 25 min (em cada sentido). É mais exigente no regresso (subida íngreme) e o piso é muito irregular pelo que recomendo calçado adequado.

A praia tem algumas espreguiçadeiras, mas foi bastante tranquilo arranjarmos um local para estender a toalha! Como em muitas praias da Albânia, esta praia não é de areia fina e, por isso, recomendo a utilização de sapatinhos próprios para ir ao mar.

Para além de uns quantos mergulhos no mar, ainda consegui explorar um bocadinho do canhão que marca tanto a paisagem desta praia. Li que podem existir algumas cobras venenosas por ali, pelo que se quiserem aventurar mais no interior do canhão, recomendo que façam uma pesquisa prévia mais intensiva.

Dhërmi é também outra excelente opção de paragem para quem está a percorrer este percurso, com o seu centro histórico fofo ou a praia de Dhërmi.

A última noite na Albânia foi passada em Dhërmi no Gogo’s Boutique Hotel. É um hotel muito recente na região. Para além do atendimento muito simpático, gostei particularmente da decoração exterior do hotel.

O terraço exterior oferece-nos um pôr do sol soberbo e as escadinhas floridas são também muito amorosas. É um espaço muito acolhedor, sem dúvida alguma 🥰

Além disso, o hotel dispõe também de um serviço de pequeno-almoço todos os dias que é servido no terraço exterior.

O último dia deste itinerário é mais em viagem do que a visitar locais, até porque no meu caso tinha voo de regresso neste dia às 19h em Tirana. No entanto, se este não é o vosso caso, ainda é possível acrescentarem alguns lugares à lista.

Esta é uma estrada que está integrada no Parque Nacional de Llogara e que serpenteia as Montanhas Ceraunian ao longo da Riviera Albanesa. Infelizmente tive azar e estava muito encoberto ao longo do percurso, mas esta estrada parece ter vistas incríveis.

💡 DICA EXTRA: Se este ainda não é o dia do vosso voo de regresso, é possível encaixar uma visita à cidade de Vlorë.

E o nosso último ponto a visitar na Albânia foi Apollonia. Trata-se uma colónia comercial da Grécia Antiga e também uma cidade importante durante o Império Romano.

É também Património Mundial da UNESCO e no recinto podem visitar algumas ruínas da cidade, tais como:

• Anfiteatro
• Acrópole
• Agora
• Muralha da cidade
• Museu Arqueológico
• Igreja de Santa Maria

📝 INFORMAÇÃO ÚTIL: A entrada custa 600 LEK (~5.15€) e o horário de funcionamento é das 9h às 18h de maio a 15 de outubro. A partir de outubro e até abril, está aberto até às 16h. Quanto ao estacionamento, apesar de existir um estacionamento aqui, há outro mais perto da entrada aqui.

• [Tirana] Era Blloku (€): pratos tradicionais albaneses saborosos e a preços muito em conta.
• [Tirana] Tartuf Shop (€€): especializado em pratos com trufa. Absolutamente delicioso e com preços acessíveis.
• [Durrës] Spaghetteria Luli (€): preços muito acessíveis e a especialidade é pasta. Espaço muito simples, mas estava tudo ótimo.

• [Shkodër] Tradita Geg & Tosk (€€): espaço exterior muito agradável. Restaurante típico com atendimento muito simpático e com música ao vivo.
• [Berat] Tradita e Beratit (€€): espaço exterior amoroso e com menu de degustação de produtos típicos de região. Estava tudo perfeito.
• [Gjirokastër] Check-in (€): pratos tradicionais albaneses incríveis. Provei o qifqi e a tarte de frango que estavam ótimos.

• [Sarandë] Oda e Babes (€€): uma verdadeira experiência gastronómica. Todas as refeições têm de ser iniciadas com um prato de 14 entradas típicas e depois existe o menu do dia. Atendimento simpático e comida saborosa.
• [Sarandë] Fish Restaurant Black Marlin (€€): provámos o risotto de camarão com trufa e outro de camarão com curgete e estavam ambos bastante saborosos. O espaço é moderno e os preços acessíveis.

• [Himarë] To Steki Sti Gonia (€): restaurante típico grego mesmo junto à praia e estava tudo ótimo.
• [Dhërmi] Luciano (€€€): apesar de ser a refeição mais cara na Albânia e o espaço ser um bocadinho de festa, a comida estava bastante saborosa. Experimentámos o risotto.

Confesso que ia com grandes expectativas sobre a gastronomia albanesa depois de tudo o que tinha ouvido e lido. E, muito sinceramente, não vim de lá desiludida. A comida albanesa é, de facto, excelente! E estes são alguns pratos que devem experimentar quando estiverem a visitar a Albânia:

• Byrek – uma espécie de pastel de massa folhada que pode ter vários recheios (o mais comum é de espinafres e ricotta).
• Qofte – é uma espécie de almondega, mas com um ligeiro sabor a menta.
• Imam Bajaldi – beringela recheada com vegetais, embora possa ser recheada com outros ingredientes. Muito bom 😉
• Sarme – couves recheadas com carne e arroz. Um dos meus pratos albaneses preferidos!
• Qifqi – tradicional de Gjirokastër e consiste numas bolinhas feitas com arroz.
• Tave Mishi – um prato de carnes grelhadas variadas.
• Tava e Kosit – um prato que vai ao forno a gratinar com carne de cordeiro, ovos e iogurte.
• Petulla – uma espécie de fartura. Muito servida ao pequeno-almoço.
• Baklava – uma sobremesa turca, mas também muito popular na Albânia. É bastante doce.
• Raki – bebida alcoólica típica da Albânia (uma espécie de bagaço).

E o prometido é devido e, por isso, deixo-vos aqui uma versão alternativa deste roteiro para 7 dias:

• Dia 1: Tirana
• Dia 2: Tirana – Durrës – Krujë – Lago Komani
• Dia 3: Lago Komani – Shkodër
• Dia 4: Shkodër – Berat
• Dia 5: Berat – Gjirokastër – Olho Azul – Sarandë 
• Dia 6: Sarandë – Butrint – Ksamil – Sarandë 
• Dia 7: Sarandë – Tirana

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